Redação #706227
Previsão: 06/07/2021
A sociedade atual passa por um dos momentos mais dramáticos das últimas décadas: a presente pandemia de corona vírus, a qual já causou quinhentas mil mortes. Ainda assim, há quem acredite que os impactos econômicos das medidas preventivas adotadas pela maioria dos países afetados, em conformidade com orientações da Organização Mundial de Saúde, justificaram o relaxamento imediato destas medidas.
É necessário reconhecer que estas pessoas não estão de toda erradas. As principais medidas preventivas são o distanciamento social e a quarentena. Desde Adam Smith e David Ricardo, sabe-se que a origem de toda riqueza é o trabalho. Se as pessoas estão afastadas do trabalho, não há produção de riqueza, não há renda e não há consumo a movimentar a economia. É um ciclo vicioso cujo impacto é claro: uma crise econômica com amplo desemprego e empobrecimento geral da população.
Entretanto, a superlotação das unidades de tratamento intensivo devido a esta pandemia já é fato nas maiores cidades do mundo: de Nova Iorque a São Paulo. Sem UTIS disponíveis, dezenas de milhares de pessoas a mais morrerão pela simples impossibilitados de tratamento, e as únicas medidas comprovadamente eficazes para evitar que isto aconteça são o distanciamento social e a quarentena. Ora, ninguém em sã consciência ousaria sacrificar as vidas de seus entes queridos para evitar alguns anos de recessão.
É evidente, portanto, que a vida é insubstituível e muito mais valiosa do que qualquer bem ou serviço que possa ser provido pelo mercado. Assim, é fundamental que todos façam a sua parte no combate ao corona vírus: o Estado, por um lado, deve atuar na conscientização da população e no desenvolvimento de políticas de assistência social para amenizar a crise econômica; e a sociedade, por outro, deve manter o distanciamento social e a quarentena a fim de não sobrecarregar o sistema de saúde.
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