Redação #649245
A Constituição Federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, prevê em seu artigo 6°, o direito a saúde como inerente a todo cidadão brasileiro. Conquanto, tal prerrogativa não tem se reverberando com ênfase na prática quando se observa o risco das mutações durante o combate ao corona vírus, dificultando, deste modo, a universalização desse direito social tão importante. Diante dessa perspectiva, faz-se imperiosa a análise dos fatores que favorecem esse quadro.
Em uma primeira análise, deve-se ressaltar a ausência de medidas governamentais para combater o vírus e suas mutações. Nesse sentido, o atual governo torna-se um inimigo da saúde brasileira. Essa conjuntura, segundo as ideias do filósofo John Locke, configura-se como uma violação do "contrato social", já que o estado não cumpre sua função de garantir que os cidadãos desfrutem de direitos indispensáveis, como a saúde e segurança, o que infelizmente é evidente no país.
Ademais, é fundamental apontar a falta de responsabilidade dos próprios cidadãos em não utilizar máscaras corretamente, álcool em gel e em fazer aglomerações, como impulsionador do vírus no Brasil. Segundo a Folha de São Paulo, o governo ignorou 10 emails da Pfizer sobre vacinas, onde a proposta inicial era enviar de 30 a 70 milhões de doses para o Brasil em agosto de 2020. Diante de tal exposto, o governo tem uma grande parcela de culpa pelas mais de 450.000 mortes no país. Logo é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.
Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso, é imprescindível que o atual governo, por intermédio de pronunciamentos públicos nas emissoras brasileiras, se posicionem e apoiem a vacinação no país, a fim de que se diminua a quantidade de mortes causadas pelo vírus. Sendo assim, a sociedade estará segura contra o vírus e possíveis mutações dele, e voltaremos ao normal o quanto antes.
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