Redação #641661
Embora o negacionismo pareça característico dos dias atuais, inflamados pela polarização política, resgata a filosofia sofista, nascida na Grécia Antiga, que além de negar a existência de uma verdade, privilegiava a retórica. Assim, vencer um debate era mais importante que a troca de ideias.
Ainda que a tecnologia e a ciência tenham avançado, o negacionismo mascarado por teorias conspiratórias cresce vertiginosamente. No âmbito cultural, têm-se o revisionismo histórico que busca amenizar ou recontar fatos, como o de que violações aos Direitos Humanos e regimes totalitários foram necessários ou benéficos. Na ciência, vê-se o descrédito à Instituições de renome, como o Instituto Butantã,grande produtor de vacinas e soros.
O negacionismo, mostra-se então, uma arma letal a própria sociedade, tendo em vista que toda a sua retórica e argumentação, busca defender ideologias e grupos que irão se beneficiar dele e não o bem-estar coletivo. No Brasil, o resultado da contestação à grandes autoridades sanitárias como a OMS (Organização Mundial da Saúde), é vista no aumento do número de mortos e a demonstrações públicas por parte do executivo de desinteresse em cumpri-las como a recusa no uso de máscaras,desrespeito ao isolamento social e no incentivo a aglomerações.
Fica evidente que o revisionismo e o negacionismo só podem ser combatidos com a adoção de uma postura crítica por parte da sociedade civil e de veícuos propagadores de informações. É necessário que os realizadores das redes sociais juntamente com a delegacia de crimes virtuais, busquem localizar e punir usuários que busquem disseminar desinformações além de criar ferramentas que evitem o engajamento desses conteúdos.
São Paulo - SP