Redação #639512
Nicolau Copérnico, astrônomo polonês, criou a teoria do heliocentrismo, que ia de encontro ao geocentrismo defendido pela igreja católica. Por isso, foi duramente perseguido e sua tese foi descredibilizada. Entretanto, anos mais tarde, comprovou-se a teoria de Copérnico e hoje ela é uma verdade incontestável. Infelizmente, a corrente anticientificista ainda exite e é um impedimento ao progresso do país. Essse fato decorre de discursos manipuladores feitos para atender interesses específicos e também pela negligência do governo.
Em primeiro lugar é importante salientar alguns dos principais movimentos negacionistas veiculados atualmente e a quem eles beneficiam. Os ''antivacinas''; os que condenam o estudo da evolução na escola; os que pregam que o homem não impacta o meio ambiente a ponto de influenciar no clima são exemplos de correntes negacionistas atuais. Cada um desses pode ser interpretado como uma justificativa das ações de grupos da sociedade, ou mesmo, como uma ferramenta de lucros. A indústria farmacêutica ganha com a não imunização da população; os dogmas da igreja são confrontados pelo conhecimento das ideias de Darwin; os setores industriais - grandes emissores de gases poluentes - sentem-se prejudicados pela comprovação do aquecimento global. Dessa forma, tais grupos financiam a divulgação de notícias falsas (fake news) e de argumentos que não passaram pelo crivo da sistematização que é a produção científica.
Somado a esses incentivos privados ao negacionismo científico há a despreocupação do governo em solucionar o problema. É sabido que todo cidadão tem direito ao acesso à informação, segundo a Consituição Federal de 1988. Então, a negligência estatal é um desrepeito à Carta Magna e uma das principais causas da perseverança de ''fake news'' nos dias atuais. Falta uma punição aos autores e compartilhadores de falácias, além de um investimento em educação, visto que o senso crítico desenvolvido na escola pode ajudar a população a não acreditar e não ser adepta a movimento como o Antivacina.
Portanto, cabe à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal - órgãos legislativos da união - criar leis que favoreçam a ciência. Isso pode ser feito por meio de uma lei que puna todos os envolvidos em compartilhamento de inverdades. Além disso, o Ministério da Educação pode criar uma plataforma digital que contenha informações verdadeiras sobre os principais assuntos da atualidade e dicas de como identificar uma notícia sensacionalista. O objetivo de tais medidas é barrar o avanço dos negacionistas e não permitir que suas ideias ganhem adeptos.
Felixlândia - MG