Redação #621963
Título: Sem Título
17/05/2021
No livro "Notas sobre a Pandemia", o autor best-seller Yuval N. Harari afirma que: "Esta tempestade passará. Mas as escolhas que faremos agora poderão mudar nossas vidas por muitos anos". Com efeito, a disseminação do vírus Sars-Cov-2 modificou não somente a forma como as pessoas enxergam o mundo, mas também suas vidas cotidianas - especialmente no que tange as questões laboriais. O home-office tornou-se, nesse contexto, a prova de que tanto as relações de trabalho, quanto as tendências do mundo capitalista e tecnológico, alteraram-se categoricamente.
A priori, faz-se cabível salientar que o trabalho remoto potencializa os atributos exigidos do trabalhador neoliberal, tais como: flexibilidade, disponibilidade, produtividade e extrema qualificação. Essas características, no entanto, são paradoxais ao momento de adaptações e incertezas vivido, uma vez que o empregado passa a lidar com um novo dilema: a conciliação psicológica e prática das vidas doméstica e profissional. Depreende-se, com isso, que mesmo sendo uma solução cabível num cenário pandêmico, o home-office reafirma o mundo VUCA - volátil, incerto, complexo e ambíguo - no qual se vive atualmente.
Não obstante, acredita-se que essa nova modalidade laborial, inevitavelmente, tornaria-se a realidade de muitas coorporações. A Google, por exemplo, é uma das multinacionais que expressou o anseio de permanecer com suas atividades remotas mesmo após a pandemia. Isso, por sua vez, ascentuará ainda mais as disparidades existentes entre empresas, visto que sem o aparato tecnológico necessário, decisões como essa são impensáveis. Entretanto, os maiores afligidos são os próprios trabalhadores - que sequer possuem poder opinatório sobre isso.
Logo, é inegável que o futuro trará consigo novos desafios profissionais. Por isso, cabe ao poder legislativo ampliar a Reforma Trabalhista de 2017 - que já inclui a modalidade remota de trabalho - de modo a incluir remunerações que compensem a intermitência desse serviço, como gratificações por horas-extras trabalhadas. Com isso, o empregado não mais será vítima da exploração servil. Ademais, os sindicatos trabalhistas devem garantir que a vontade dos trabalhadores seja cumprida, de maneira que parta deles a decisão de permanecer - ou não - em home-office. Assim, como dito por Yuval, essa tempestade passará, mas da forma menos catastrófica possível.
A priori, faz-se cabível salientar que o trabalho remoto potencializa os atributos exigidos do trabalhador neoliberal, tais como: flexibilidade, disponibilidade, produtividade e extrema qualificação. Essas características, no entanto, são paradoxais ao momento de adaptações e incertezas vivido, uma vez que o empregado passa a lidar com um novo dilema: a conciliação psicológica e prática das vidas doméstica e profissional. Depreende-se, com isso, que mesmo sendo uma solução cabível num cenário pandêmico, o home-office reafirma o mundo VUCA - volátil, incerto, complexo e ambíguo - no qual se vive atualmente.
Não obstante, acredita-se que essa nova modalidade laborial, inevitavelmente, tornaria-se a realidade de muitas coorporações. A Google, por exemplo, é uma das multinacionais que expressou o anseio de permanecer com suas atividades remotas mesmo após a pandemia. Isso, por sua vez, ascentuará ainda mais as disparidades existentes entre empresas, visto que sem o aparato tecnológico necessário, decisões como essa são impensáveis. Entretanto, os maiores afligidos são os próprios trabalhadores - que sequer possuem poder opinatório sobre isso.
Logo, é inegável que o futuro trará consigo novos desafios profissionais. Por isso, cabe ao poder legislativo ampliar a Reforma Trabalhista de 2017 - que já inclui a modalidade remota de trabalho - de modo a incluir remunerações que compensem a intermitência desse serviço, como gratificações por horas-extras trabalhadas. Com isso, o empregado não mais será vítima da exploração servil. Ademais, os sindicatos trabalhistas devem garantir que a vontade dos trabalhadores seja cumprida, de maneira que parta deles a decisão de permanecer - ou não - em home-office. Assim, como dito por Yuval, essa tempestade passará, mas da forma menos catastrófica possível.
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VICTÓRIA MARIA AKEL LEOS OLIVEIRA
Araxá -