Redação #471516
A Constituição Federal de 1988 - norma de maior hierarquia no sistema judiciário - prevê, em seu artigo 6o , o direito à saúde como inerente a todo cidadão brasileiro. Apesar disso, tal garantia não tem se manifestado de forma eficaz na prática quando se observa a existência de um grande estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira, o que gera prejuízos psíquicos, pessoais e emocionais para seus portadores. Diante dessa perspectiva, faz-se imperiosa a análise dos fatores que favorecem esse quadro, como a falha legislativa e a opressão midiática.
Em primeiro lugar, deve-se ressaltar a ineficácia das medidas governamentais vigentes ao se tentar combater o preconceito e a falta de informação que rondam o universo das doenças psiquiátricas. Essa conjuntura, de acordo com os ideais do filósofo contratualista John Locke, representa uma violação do "Contrato Social", uma vez que o Estado não cumpre sua função de garantir que todos os cidadãos desfrutem de maneira integral do direito à saúde, eixo social tão importante. Nesse sentido, a principal falha está na pouca divulgação do tema, o que, deploravelmente, acontece no Brasil. Segundo Schopenhauer, o campo de visão do indivíduo é limitado pelo conhecimento que ele tem a respeito do mundo, logo, é preciso que informações concretas sobre transtornos mentais e suas consequencias sejam debatidas, pois não há como a sociedade deixar de fomentar seus preconceitos sem que se haja informações acessíveis suficientes para tal.
Ademais, é fundamental apontar a opressão midiática como fator impulsionador do problema, haja vista que no meio virtual o ideal de padronização de uma vida perfeita não abre espaço para que a realidade de sofrimneto psiquiátrico - muito presente na população brasileira - se manifeste. Quando alguém de grande visibilidade nas redes sociais revela possuir algum transtorno mental, como o humorista Whindersson Nunes fez ao expor sua depressão, é atacado rapidamente e se torna vítima da desinformação populacional sobre o tema. Para Pierre Bourdieu, um aparelho de democratização, como é a mídia, não deve ser opressor, o que contraria a situação atual. É válido lembrar que, assim como preconiza o sociólogo Talcott, a família é uma máquina de produzir personalidades, ou seja, se a sociedade atual age com intolerância, as próximas gerações também o farão se nada for feito a respeito. Então, depreende-se que o problema seja resolvido com urgência.
Portanto, medidas devem ser tomadas de imediato. Consoante a Schopenhauer, Habermas prega que a linguagem é o maior meio de ação e que, para isso, deve-se haver debates. Seguindo sua filosofia, o Poder Público, principalmente o que tange sua esfera legislativa, deve, por meio de mudanças nas leis, promover um amplo debate sobre o tema, inserindo-o de forma contundente na Base Nacional Comum Curricular e colocando-o como pauta obrigatória em todos os veículos midiáticos, a fim de gerar conhecimento e discussões esclarecedoras sobre a presença de doenças mentais na população brasileira e seus desdobramentos, de modo a mitigar o estigma a elas associado. Assim, haverá a possibilidade de construção de uma sociedade permeada pela efetivação dos elementos elencados na Magna Carta.
Em primeiro lugar, deve-se ressaltar a ineficácia das medidas governamentais vigentes ao se tentar combater o preconceito e a falta de informação que rondam o universo das doenças psiquiátricas. Essa conjuntura, de acordo com os ideais do filósofo contratualista John Locke, representa uma violação do "Contrato Social", uma vez que o Estado não cumpre sua função de garantir que todos os cidadãos desfrutem de maneira integral do direito à saúde, eixo social tão importante. Nesse sentido, a principal falha está na pouca divulgação do tema, o que, deploravelmente, acontece no Brasil. Segundo Schopenhauer, o campo de visão do indivíduo é limitado pelo conhecimento que ele tem a respeito do mundo, logo, é preciso que informações concretas sobre transtornos mentais e suas consequencias sejam debatidas, pois não há como a sociedade deixar de fomentar seus preconceitos sem que se haja informações acessíveis suficientes para tal.
Ademais, é fundamental apontar a opressão midiática como fator impulsionador do problema, haja vista que no meio virtual o ideal de padronização de uma vida perfeita não abre espaço para que a realidade de sofrimneto psiquiátrico - muito presente na população brasileira - se manifeste. Quando alguém de grande visibilidade nas redes sociais revela possuir algum transtorno mental, como o humorista Whindersson Nunes fez ao expor sua depressão, é atacado rapidamente e se torna vítima da desinformação populacional sobre o tema. Para Pierre Bourdieu, um aparelho de democratização, como é a mídia, não deve ser opressor, o que contraria a situação atual. É válido lembrar que, assim como preconiza o sociólogo Talcott, a família é uma máquina de produzir personalidades, ou seja, se a sociedade atual age com intolerância, as próximas gerações também o farão se nada for feito a respeito. Então, depreende-se que o problema seja resolvido com urgência.
Portanto, medidas devem ser tomadas de imediato. Consoante a Schopenhauer, Habermas prega que a linguagem é o maior meio de ação e que, para isso, deve-se haver debates. Seguindo sua filosofia, o Poder Público, principalmente o que tange sua esfera legislativa, deve, por meio de mudanças nas leis, promover um amplo debate sobre o tema, inserindo-o de forma contundente na Base Nacional Comum Curricular e colocando-o como pauta obrigatória em todos os veículos midiáticos, a fim de gerar conhecimento e discussões esclarecedoras sobre a presença de doenças mentais na população brasileira e seus desdobramentos, de modo a mitigar o estigma a elas associado. Assim, haverá a possibilidade de construção de uma sociedade permeada pela efetivação dos elementos elencados na Magna Carta.
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CAROLINA ARAÚJO SILVA
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