Redação #470101
Tempo correção: 10 dias úteis
Previsão: 05/02/2021
Previsão: 05/02/2021
Ao longo da história, milhões de pessoas sofreram e sofrem de doenças mentais, porém, além de suas próprias mentes, precisam enfrentar inimigos externos. Uma questão tão antiga quanto a humanidade e de enorme abrangência: segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 300 milhões vivem com depressão - uma das doenças mentais mais comuns no mundo. Enquanto da Idade Média a visão teocêntrica alicerçava acusações de possessão a aqueles com esquizofrenia, hoje a depressão - outra doença mental - encontra críticas agnósticas, tais como "ser uma frescura", ou como "falta de fé" por parte de alguns religiosos. Na mídia, existe o reforço de estereótipos e o escárnio. Para superar as sombras da ignorância no tema, deve-se cobrar das artes e dos meios de influência, como comunicação e templos, a irrecusável responsabilidade pela abordagem sem preconceitos.
A princípio, as fontes dos quais se originam deturpações das doenças mentais devem ser identificada para serem transformadas. Dito isso, a cosmovisão teológica - e medievalesca - de esquizofrenia, ansiedade e depressão como males espirituais - portanto, fora do escopo da medicina. De modo similar, são disseminados estereótipos, simplificações e caricaturas em programas humorísticos e jornalísticos da linha sensacionalista. Nestes, o portador é desumanizado ou visto como risível, carecendo da seriedade adequada a um diagnóstico tão generalizado na população. Sem seu combate, esses preconceitos permeiam o imaginário popular, retardam ou impedem a busca por profissionais qualificados para tratamentos segundo o estado-da-arte do conhecimento médico.
A arte pode ser empregada como excelente ferramenta no combate ao estima de doenças mentais. Por um lad, se mal empregada, reforça arquétipos como o Louco nos quadrinhos da Turma da Mônica, como figura caricata e ameaçadora às crianças. Por outro, sensibiliza e aproxima, como ocorre no jogo Shenua, na qual a protagonista sofre de psicose. Fruto de extenso trabalho com institutos, psiquiatras e pacientes, a narratiza permite ao jogador ter sua empatia explorada com a pessoa portadora e o quadro a partir da representação de seus sintomas. Além disso, um grande efeito popularizador sobre a temática da depressão e suicídio de jovens foi impulsionado pela série 13 Reason Why. Através desses, mostra-se um forte potencial da da arte como ferramenta de identificação e humanismo para com aqueles sob diferentes condições de saúde mental.
Dada a amplitude do acometimento das doenças psiquiátricas e a presença do preconceito, posturas devem ser exigidas de papéis sociais para responsabilização dos efeitos nocivos - potencialmente fatais - deste. Cabe cobrar capacitação de lideranças religiosas a partir de estudo ao menos introdutório de humanidades - tais como filosofia, sociologia e psicologia - através de seu processo de formação em Teologia, visando fugir do danoso obscurantismo. À mídia, cabe a inclusão de personagens com transtornos mentais e da abordagem séria à temática, por meio de seus diversos frutos - tais como séries, jogos e livros - a fim de permitir a construção da empatia. Deve o cidadão cobrar ações governamentais, através também de seu poder de voto em candidatos propositivos ao tema. E, por fim, compete ao governo federal - a partir do Ministéria da Saúde - estabelecer políticas nacionais não apenas de acompanhamento e tratamento, mas também de divulgação e conscientização sobre doenças psiquiátricas - tais como ansiedade, depressão e transtorno afetivo bipolar - a fim de cumprir adequadamente seu papel provedor de saúde a uma grande parte da população. Somente através de ações conjuntas será possível superar marcas duradouras, porém não irremediáveis, da perigosa visão popular a respeito dessas condições mentais.
A princípio, as fontes dos quais se originam deturpações das doenças mentais devem ser identificada para serem transformadas. Dito isso, a cosmovisão teológica - e medievalesca - de esquizofrenia, ansiedade e depressão como males espirituais - portanto, fora do escopo da medicina. De modo similar, são disseminados estereótipos, simplificações e caricaturas em programas humorísticos e jornalísticos da linha sensacionalista. Nestes, o portador é desumanizado ou visto como risível, carecendo da seriedade adequada a um diagnóstico tão generalizado na população. Sem seu combate, esses preconceitos permeiam o imaginário popular, retardam ou impedem a busca por profissionais qualificados para tratamentos segundo o estado-da-arte do conhecimento médico.
A arte pode ser empregada como excelente ferramenta no combate ao estima de doenças mentais. Por um lad, se mal empregada, reforça arquétipos como o Louco nos quadrinhos da Turma da Mônica, como figura caricata e ameaçadora às crianças. Por outro, sensibiliza e aproxima, como ocorre no jogo Shenua, na qual a protagonista sofre de psicose. Fruto de extenso trabalho com institutos, psiquiatras e pacientes, a narratiza permite ao jogador ter sua empatia explorada com a pessoa portadora e o quadro a partir da representação de seus sintomas. Além disso, um grande efeito popularizador sobre a temática da depressão e suicídio de jovens foi impulsionado pela série 13 Reason Why. Através desses, mostra-se um forte potencial da da arte como ferramenta de identificação e humanismo para com aqueles sob diferentes condições de saúde mental.
Dada a amplitude do acometimento das doenças psiquiátricas e a presença do preconceito, posturas devem ser exigidas de papéis sociais para responsabilização dos efeitos nocivos - potencialmente fatais - deste. Cabe cobrar capacitação de lideranças religiosas a partir de estudo ao menos introdutório de humanidades - tais como filosofia, sociologia e psicologia - através de seu processo de formação em Teologia, visando fugir do danoso obscurantismo. À mídia, cabe a inclusão de personagens com transtornos mentais e da abordagem séria à temática, por meio de seus diversos frutos - tais como séries, jogos e livros - a fim de permitir a construção da empatia. Deve o cidadão cobrar ações governamentais, através também de seu poder de voto em candidatos propositivos ao tema. E, por fim, compete ao governo federal - a partir do Ministéria da Saúde - estabelecer políticas nacionais não apenas de acompanhamento e tratamento, mas também de divulgação e conscientização sobre doenças psiquiátricas - tais como ansiedade, depressão e transtorno afetivo bipolar - a fim de cumprir adequadamente seu papel provedor de saúde a uma grande parte da população. Somente através de ações conjuntas será possível superar marcas duradouras, porém não irremediáveis, da perigosa visão popular a respeito dessas condições mentais.
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Jose Ld
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