Redação #469168
No clássico "Anna Karenina ", a personagem Anna é levada a deixar o seu país de origem após ser rechaçada de todos os eventos sociais, em decorrência da elucidação pública do seu caso extraconjugal . Nesse sentido , a realidade nacional se aproxima do cenário retratado por Tolstói, na medida em que o desenvolvimento de uma cultura do cancelamento sem limites bem definidos , amparada pela facilidade de propagação de informações na era digital , permite a crescente vulnerabilidade psicossocial dos cidadãos. Desse modo , a inadequação metodológica das escolas e a omissão do governo acentuam tal problemática .
Em primeira análise , entende-se que a restrição da matriz curricular reduz a mobilização social em prol da garantia dos limites da cultura do cancelamento . Nessa lógica , Hanna Arendt afirma que , na modernidade , são permitidos comportamentos de banalização do mal . Sob tal perspectiva , a carência de formação moral , itegrada com as diciplinas tradicionais nas escolas , permite a formação de cidadãos que não reconhecem como problemáticos comportamentos de linchamento coletivo. Por conseguinte , a mentalidade individual , que reconhece a possibilidade de tornar-se vítima do ostracismo por quaisquer ação que seja díspare dos pensamentos concretizados por determinado grupo , provoca a anomia e instiga psicopatologias tais quais a ansiedade e fobias sociais .Dessa maneira , o ensino tecnicista dificulta o reconhecimento dos limites do cancelamento de indivíduos e promove a fragilização psicológica dos cidadãos .
Outrossim , a negligência governamental incita nos cidadãos uma lógica que defende a necessidade da distensão dos limites na cultura do cancelamento . Nesse âmbito ,embora Friedrich Hegel tenha atribuido ao estado , diante da sua função primordial de zelar pelo bem estar dos cidadãos , um ideal de infalibilidade , tal preceito não pôde ser reproduzido no contexto contemporâneo . Isso porque , ainda que contido no artigo primeiro da Constituição Federal, o direito à dignidade não é garantido a todos os cidadãos , em razão da falta de preparo , por parte do governo , para lidar com denúncias exibidas por meio das manifestações na internet . A partir disso ,embora o indivíduo reconheça como problemática a forma como é exposto determinado posicionamento online , a aparente impunidade de um agente infrator incita ímpetos individuais , como o movimento de cancelamento , que visam , através de linguagens mais agressivas , chamar atenção à determinada temática negligenciada pelas estruturas estatais . Dessa forma , a indiligência do governo promove a exponencialização da cultura do cancelamento que se faz valer do debate violento e dificulta a garantia de um ambiente cibernético saudável .
Portanto , é notório que a defasagem escolar e a displicência governamental dificultam o reconhecimento dos limites da cultura do cancelamento e comprometem a harmonia social . Logo ,visando reduzir o cancelamento desmedido e a consequente fragilização psicológica de indivíduos , é necessário que as Escolas , incentivem , por meio da nova Base Nacional Comum Curricular , a participação de alunos em palestras e projetos extra curriculares -os quais concedam potuações no currículo escolar- que abordem o princípio da tolerância . Além disso, com o fito de reduzir radicalizações que busquem suprir a lacuna governamental , o Poder Executivo deve aprimorar os centros de apuração de denúncias online, por intermédio de investimentos na contratação e treinamentos de profissionais. Assim será possível atenuar realidades de vulnerabilidade , como as resultantes da difamação , tal qual a que qual Tolstói evidencia .
Em primeira análise , entende-se que a restrição da matriz curricular reduz a mobilização social em prol da garantia dos limites da cultura do cancelamento . Nessa lógica , Hanna Arendt afirma que , na modernidade , são permitidos comportamentos de banalização do mal . Sob tal perspectiva , a carência de formação moral , itegrada com as diciplinas tradicionais nas escolas , permite a formação de cidadãos que não reconhecem como problemáticos comportamentos de linchamento coletivo. Por conseguinte , a mentalidade individual , que reconhece a possibilidade de tornar-se vítima do ostracismo por quaisquer ação que seja díspare dos pensamentos concretizados por determinado grupo , provoca a anomia e instiga psicopatologias tais quais a ansiedade e fobias sociais .Dessa maneira , o ensino tecnicista dificulta o reconhecimento dos limites do cancelamento de indivíduos e promove a fragilização psicológica dos cidadãos .
Outrossim , a negligência governamental incita nos cidadãos uma lógica que defende a necessidade da distensão dos limites na cultura do cancelamento . Nesse âmbito ,embora Friedrich Hegel tenha atribuido ao estado , diante da sua função primordial de zelar pelo bem estar dos cidadãos , um ideal de infalibilidade , tal preceito não pôde ser reproduzido no contexto contemporâneo . Isso porque , ainda que contido no artigo primeiro da Constituição Federal, o direito à dignidade não é garantido a todos os cidadãos , em razão da falta de preparo , por parte do governo , para lidar com denúncias exibidas por meio das manifestações na internet . A partir disso ,embora o indivíduo reconheça como problemática a forma como é exposto determinado posicionamento online , a aparente impunidade de um agente infrator incita ímpetos individuais , como o movimento de cancelamento , que visam , através de linguagens mais agressivas , chamar atenção à determinada temática negligenciada pelas estruturas estatais . Dessa forma , a indiligência do governo promove a exponencialização da cultura do cancelamento que se faz valer do debate violento e dificulta a garantia de um ambiente cibernético saudável .
Portanto , é notório que a defasagem escolar e a displicência governamental dificultam o reconhecimento dos limites da cultura do cancelamento e comprometem a harmonia social . Logo ,visando reduzir o cancelamento desmedido e a consequente fragilização psicológica de indivíduos , é necessário que as Escolas , incentivem , por meio da nova Base Nacional Comum Curricular , a participação de alunos em palestras e projetos extra curriculares -os quais concedam potuações no currículo escolar- que abordem o princípio da tolerância . Além disso, com o fito de reduzir radicalizações que busquem suprir a lacuna governamental , o Poder Executivo deve aprimorar os centros de apuração de denúncias online, por intermédio de investimentos na contratação e treinamentos de profissionais. Assim será possível atenuar realidades de vulnerabilidade , como as resultantes da difamação , tal qual a que qual Tolstói evidencia .
Carregando as redações...
Aguarde um momento...
Beatriz Araujo
Niteroi - rj