Redação #465805
"Escritores da Liberdade", é um filme que relata os desafios de uma professora de português que busca alterar a realidade de seus alunos, brutalmente marcada pela pobreza e pela violência. Em paralelo à essa realidade evidenciada na obra, a formação de leitores no Brasil, esbarra em uma diversidade de impasses seja por questões de ordem socioeconômica, seja pelo modelo educaional arcaico presente nas escolas do país. Nesse sentido, convém avaliar os fatores que permeiam esse cenário e as suas perspectivas.
Em primeiro lugar, é importante salientar a como temáticas de ordem socioeconômicas interferem na possibilidade de um hábito de leitura mais evidente entre os brasileiros. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, a carga horária semanal no Brasil é de 44 horas. Entretanto, ao se aprodundar nessa prerrogativa, verifica-se que esse tempo tende a ser muito maior, pois tal avaliação desconsidera questões logísticas e da dinâmica presente no mercado informal, um setor em expansão no país. Dessa maneira, o ócio do trabalhador, no geral, é gasto integralmente para o descanso físico e mental, tornando o ato de ler uma prática desconexa da realidade. Esse cenário reverbera dados sintomáticos no país: segundo uma pesquisa do Instituto Pró-Livro, quanto mais abastada a classe de um indivíduo maior será a quantidade de livros lidos por ano.
Além disso, destaca-se o modelo educacional arcaico presente nas escolas brasileiras como fator de tonificação da problemática. Segundo a psicóloga Viviane Senna, idealizadora do Instituto Ayrton Senna, o sistema de educação no Brasil prepara jovens para um mundo que já não existe mais. Essa realidade é claramente observada quando se avalia a persistência na imposição de obras obrigatórias na grade curricular dos estudantes do ensino médio que, muitas vezes, não estão preparados para leituras extremamente críticas como os célebre autores do século XIX. Assim, uma gama de outras possibilidades são excluídas, causando um sentimento crescente de apatia à essa prática, cada vez menos presente entre os jovens no país.
É evidente, portanto, que o filme "Escritores da Liberdade" reverbera realidades comuns no Brasil, também fortemente marcado por desigualdades. O Ministério da Educação, por conta disso, deve iniciar a contrução de bibliotécas comunitárias móveis em locais de grande circulação, sobretudo dos trabalhadores de períferias, como as estações de metrô e as praças públicas e, a partir disso, buscar desenvolver gradualmente o hábito da leitura no país. Só assim, haverá meios concretos para consolidação de um projeto mais democrático e cidadão no país.
Em primeiro lugar, é importante salientar a como temáticas de ordem socioeconômicas interferem na possibilidade de um hábito de leitura mais evidente entre os brasileiros. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, a carga horária semanal no Brasil é de 44 horas. Entretanto, ao se aprodundar nessa prerrogativa, verifica-se que esse tempo tende a ser muito maior, pois tal avaliação desconsidera questões logísticas e da dinâmica presente no mercado informal, um setor em expansão no país. Dessa maneira, o ócio do trabalhador, no geral, é gasto integralmente para o descanso físico e mental, tornando o ato de ler uma prática desconexa da realidade. Esse cenário reverbera dados sintomáticos no país: segundo uma pesquisa do Instituto Pró-Livro, quanto mais abastada a classe de um indivíduo maior será a quantidade de livros lidos por ano.
Além disso, destaca-se o modelo educacional arcaico presente nas escolas brasileiras como fator de tonificação da problemática. Segundo a psicóloga Viviane Senna, idealizadora do Instituto Ayrton Senna, o sistema de educação no Brasil prepara jovens para um mundo que já não existe mais. Essa realidade é claramente observada quando se avalia a persistência na imposição de obras obrigatórias na grade curricular dos estudantes do ensino médio que, muitas vezes, não estão preparados para leituras extremamente críticas como os célebre autores do século XIX. Assim, uma gama de outras possibilidades são excluídas, causando um sentimento crescente de apatia à essa prática, cada vez menos presente entre os jovens no país.
É evidente, portanto, que o filme "Escritores da Liberdade" reverbera realidades comuns no Brasil, também fortemente marcado por desigualdades. O Ministério da Educação, por conta disso, deve iniciar a contrução de bibliotécas comunitárias móveis em locais de grande circulação, sobretudo dos trabalhadores de períferias, como as estações de metrô e as praças públicas e, a partir disso, buscar desenvolver gradualmente o hábito da leitura no país. Só assim, haverá meios concretos para consolidação de um projeto mais democrático e cidadão no país.
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Edgar Albuquerque
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