Redação #253247
Título: Sem Título
23/11/2020
Tempo correção: 10 dias úteis
Previsão: 07/12/2020
Previsão: 07/12/2020
Segundo Sócrates, o conhecimento verdadeiro só pode ser alcançado pela indagação do óbvio, onde o comum deve ser questionado. Análogo a esse pensamento maiêutico, a realidade cultural vinda do linguajar formal se mostra contrária ao ideal socrático. Nesse sentido, é notório a quantidade de ditos populares que em sua origem trazem raízes de cunho racista, que até hoje são partilhados sem qualquer indagação de seu real significado por sua aparente obviedade. Sob essa ótica, pode-se afirmar que a escasso abordagem do problema e a ausente iniciativa para uma mudança linguística da população agravam ainda mais esta problemática.
Em primeira análise, é de relevância destacar que, o problema advém, e muito, do racismo estrutural impregnado no Brasil. Segundo a secretária da Justiça e Cidadania, o uso de expressões racistas visam desqualificar o povo negro, muitas delas ao comparar com qualidades que sempre foi visto como pertencentes à raça branca apenas. Em meio a esse infeliz cenário, faz-se mister que debates em volta do uso de novos ditos e expressões que não tenham nascido do uso popular de uma sociedade de séculos atrás que não representam o mundo de hoje e seus valores de diversidade e inclusão.
Além disso, em meio a um país cuja população que pouco procura se informar, o papel da mídia é essencial na divulgação da cultura negra e sua história. A partir desse ponto de vista, o filósofo francês Jean-Paul Sartre, no livro "Reflexões sobre o Racismo", afirma que é difícil escapar das armadilhas da linguagem. Pois apesar da profissão divulgadora da mídia, também é notável que é um grande ponto de origem para a popularização dessas expressões no cotidiano, que vem desde o uso "inocente" das palavras em suas programações diárias que, primordialmente, são grande partes da construção da cultura brasileira.
Depreende-se, portanto, que a estruturação da língua precisa ser revisada com base na valorização do respeito à população negra. Para que isso ocorra, é necessário que o Ministério da Educação e Cultura juntamente com os veículos de mídia façam uma parceria que vise o combate ao racismo estrutural, por meio da criação de campanhas publicitárias e espaços de debate e oficinas educacionais. Ademais, o ensino para as crianças sobre o que não falar é essencial como intermédio de prevenção para que esta contínua batalha não se estenda por muito mais tempo. Sendo assim, ao se utilizar da ideia de Sócrates de refletir sobre o "óbvio", começará a criação de uma sociedade que não cometa os mesmos erros de um passado imutável.
Em primeira análise, é de relevância destacar que, o problema advém, e muito, do racismo estrutural impregnado no Brasil. Segundo a secretária da Justiça e Cidadania, o uso de expressões racistas visam desqualificar o povo negro, muitas delas ao comparar com qualidades que sempre foi visto como pertencentes à raça branca apenas. Em meio a esse infeliz cenário, faz-se mister que debates em volta do uso de novos ditos e expressões que não tenham nascido do uso popular de uma sociedade de séculos atrás que não representam o mundo de hoje e seus valores de diversidade e inclusão.
Além disso, em meio a um país cuja população que pouco procura se informar, o papel da mídia é essencial na divulgação da cultura negra e sua história. A partir desse ponto de vista, o filósofo francês Jean-Paul Sartre, no livro "Reflexões sobre o Racismo", afirma que é difícil escapar das armadilhas da linguagem. Pois apesar da profissão divulgadora da mídia, também é notável que é um grande ponto de origem para a popularização dessas expressões no cotidiano, que vem desde o uso "inocente" das palavras em suas programações diárias que, primordialmente, são grande partes da construção da cultura brasileira.
Depreende-se, portanto, que a estruturação da língua precisa ser revisada com base na valorização do respeito à população negra. Para que isso ocorra, é necessário que o Ministério da Educação e Cultura juntamente com os veículos de mídia façam uma parceria que vise o combate ao racismo estrutural, por meio da criação de campanhas publicitárias e espaços de debate e oficinas educacionais. Ademais, o ensino para as crianças sobre o que não falar é essencial como intermédio de prevenção para que esta contínua batalha não se estenda por muito mais tempo. Sendo assim, ao se utilizar da ideia de Sócrates de refletir sobre o "óbvio", começará a criação de uma sociedade que não cometa os mesmos erros de um passado imutável.
Carregando as redações...
Aguarde um momento...
Allysson Souza
João Pessoa - PB