Redação #251367
Título: A verdadeira realidade do genocídio da população negra
21/11/2020
Em minha opnião, o genocídio do povo negro, não é um problema atual, e ainda que seja um problema extremamente sério, somente agora está tendo "evidência e reconhecimento" de sua existência, nas esferas: nacional, internacional, estatal, governamental e política. O Brasil já registrou 10 mil 136 assassinatos de jovens entre 11 e 19 anos em 2013, em média 28 mortos por dia. De acordo com o sociólogo Júlio Jacobo Waiselfisz, autor do estudo Mapa da Violência e coordenador da Área de Estudos sobre Violência da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), o número equivale a 3,5 chacinas da Candelária perpetradas diariamente o que é um completo absurdo! E eu não estou dizendo nenhum "mimimi"! As estatísticas mostram o índice de assassinatos ocorridos no país, e, além disso, se consigue ver de perto, as consequências desses acontecimentos, sendo pobre ou negra. É triste ver pessoas que conheço vivenciando isso por conta de sua cor. O Brasil está diante de uma matança generalizada da sua população jovem, notadamente os rapazes negros, que são as principais vítimas da violência letal. Em 2016, segundo apontam os dados do Atlas da Violência 2018, houve um aumento de 7,4% em relação a 2015 no número de jovens mortos de forma violenta. Já no período de dez anos, entre 2006 e 2016, o aumento registrado foi de 23,3%. O número de mortes violentas é também um retrato da desigualdade racial no país, onde 71,5% das pessoas assassinadas são negras ou pardas, com baixa escolaridade e não possuem o ensino fundamental concluído. A violência letal intencional no Brasil cresce contra negros (pretos e pardos) e regride contra não negros (brancos, amarelos e indígenas), a taxa de homicídios de indivíduos não negros diminuiu 6,8%. No mesmo período, a taxa entre a população negra saltou 23,1% e foi a maior registrada desde 2006. Esse quadro é ainda mais aterrador para a juventude negra: 77% dos jovens assassinados no Brasil são negros. A cada 23 minutos, um jovem negro é assassinado no Brasil. São 63 mortes por dia, que totalizam 23 mil vidas negras perdidas pela violência letal por ano. O Racismo é um crime contra a coletividade e não contra uma pessoa ou grupo específico e está previsto em lei específica, a cruel realidade é que desde 2015 o Brasil vem reduzindo os investimentos em políticas de direitos humanos Infere-se, portanto, a necessidade de medidas que visem apoiar a luta negra contra o genocídio e promovam a igualdade racial. Dessa forma, compete ao governo federal, por meio do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos realizar ações nas escolas brasileiras que preguem contra o preconceito.
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Giovanna Marcela Rodrigues de Castro
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