Redação #1268543
Previsão: 07/02/2023
O presente artigo tentará diagnosticar como a segurança pública no Brasil é tratada como
questão de segurança nacional, envolvendo, destarte, os militares, e desenrolando
ultimamente numa disseminação da violência racista e sexista presente no militarismo.
De acordo com dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em novembro de 2020, negros são 79,1% das vítimas de intervenções policiais que resultam em morte.
"Precisamos apurar a fundo a carta branca dada pelo Estado para a polícia em operações com poucos mecanismos de controle. Sobretudo, colocando a população negra em mais risco, porque é a que mais morre nessas circunstâncias", defendeu a pesquisadora.
A militarização da polícia, que é apontada por uma parcela da população como a principal responsável pela violência, de acordo com Glauco Carvalho, não é o único problema. "Dois terços da população da Europa é policiada por polícias militarizadas e não há problemas de violência como no Brasil.
A violência contra policiais tem tanto uma dimensão "objetiva", como as mortes e lesões, que serão comentadas aqui, como "subjetiva", como preconceito, ameaça, assédio moral e sexual. Profissionais de segurança são vítimas de ameaças (75,6% em serviço e 53,1% fora de serviço), são vítimas de assédio moral ou humilhação no ambiente de trabalho (63,5%) e foram discriminados por serem profissionais de segurança pública (65,7% e 73,8% entre policiais militares), segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
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