Redação #1267386
Previsão: 16/12/2022
Na obra "Banalidade do mal", a escritora Hannah Arendt afirma que a alienação é um fenômeno da recusa de caráter humano, alicerçado na negativa da reflexão e na tendência em não assumir seus próprios atos. Paralelamente quando se observa os desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil, nota-se que tal raciocínio é corroborado, não só em virtude do alheamento da população brasileira, mas também da passividade existente. Nessa ótica, é fundamental destacar a negligência governamental e o eurocentrismo na população brasileira como fomentadores do problema.
Primeiramente, vale salientar como a negligência governamental promove a continuidade da problemática, visto que as leis são ineficientes, não auxiliando esses povos como deveriam. Acerca disso é vital trazer o debate do filósofo Jurgen Habermas, o qual define a ação comunicativa como um elemento que consiste na capacidade de uma pessoa exercer sua cidadania e combater os empecilhos da sociedade. No entanto embora seja um pensamento ideal, percebe-se que, ao observar a falta de valorização de comunidades e povos tradicionais na nação verde-amarelo, isso não é firmado na prática, sendo uma consequência direta da irresponsabilidade do governo e da alienação na "Banalidade".
Outrossim, é importante ressaltar que, de acordo com Emmanuel Kant, o princípio da ética é agir de forma que essa ação possa ser uma prática universal. Conjuntamente, a presença do eurocentrismo na população brasileira vai de encontro à ética Kantiana, na medida em que os brasileiros não conhecem suas culturas sem vestígios da colonização. Desse modo, os desafios da valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil tornou-se uma ocorrência prejudicial à ordem social.
Portanto, são necessárias medidas capazes de mitigar esse entrave. Para tanto, os agentes governamentais precisa fazer cumprir as leis e des-estereotipar essas comunidades e os povos, por meio de inclusão e igualdade social. Isso pode ser potencializado com levar a educação até esses povos, fazer cumprir as leis de direitos às terras e ensinar a cultura desses povos em salas de aulas, a fim de incluir a verdadeira cultura brasileira. Feito isso, além de manter uma ordem social, o conflito vivenciado na literatura de Hannah Arendt não se tornará uma realidade no país.
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