Redação #1267307
Em 1889, o filósofo brasileiro Raimundo Teixeira Mendes adaptou o lema positivista "Ordem e Progresso" não só para a Bandeira Nacional, mas também para a nação que, no contexto hodierno, enfrenta obstáculos significativos para o seu desenvolvimento. Nesse sentido, os desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil representa uma antítese à máxima do símbolo pátrio, uma vez que tal empecilho resulta na desordem e no retrocesso do desenvolvimento social. Esse cenário é calcado na inoperância estatal e na desvalorização da natureza na contemporaneidade.
Nessa conjuntura, há de se constatar a débil atuação do Poder Público na condição de mantenedora da problemática. Sobre isso, o filósofo inglês Thomas Hobbes, na sua obra "Leviatã", defende a incumbência do Estado em proporcionar meios que auxiliem o progresso da coletividade. As autoridades, entretanto, vão de encontro com tal ideia de Hobbes, visto que, ao manter uma legislação deficitária que ameaça as populações tradicionais, não colaboram para o avanço do corpo social. Esse panorama decorre do fato de que, assim, como pontuou o economista norte-americano Murray Rothbard, uma parcela dos representantes governamentais, ao se orientar por um viés individualista e visar a um retorno de capital político, negligencia a conservação de direitos sociaiis indispensáveis, como o direito à cultura e o direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado. Logo, é notório que a omissão desses governantes perpetua o problema no Brasil.
Ademais, a desvalorização da natureza na contemporaneidade contribui para o não reconhecimetno da importância desses povos e comunidades. Essas populações, geralmente, possuem um modo de desenvolvimento sustenável. Nessa direção, o filósofo britânico Francis Bacon disserta sobre a necessidade desse modo de desenvolvimeto sustentável para que seja possível o avanço social. Assim sendo, tendo em vista que essas populações defendem o meio ambiente, é necessária uma política de conscienteização que busque a valorização da natureza, ressaltando a importância de comunidades tradicionais, para que, assim, consigam reconhecimento dos brasileiros.
Depreende-se, portanto, que é mister a atuação governamental para superar os desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais. Desse modo, com o objetivo de preservar tais formas de organização social, cabe ao Poder Executivo Federal, mais especificamene ao ministério da Cidadania, realizar campanhas de conscientização que destaquem a importância das populações tradicionais para a preservação da natureza. Isso deve ser feito através das mídias televisivas, radiofônicas e digitais, que são os princiapis meios de propagação de informação na atualidade. Além disso, é importante que o Poder Legislativo acrescente leis que beneficiem tais populações e a natureza, a fim de protegê-los.
Montes Claros - MG