Redação #1258232
Previsão: 22/11/2022
O escritor inglês Thomas More retrata em sua obra "Utopia" uma sociedade perfeita, na qual há a ausência de conflitos e problemas. No entanto, o que se observa na atual realidade é o oposto do que o autor prega, uma vez que pacientes psiquiátricos são tratados de forma desumana nos manicômios, o que dificulta a realização dos planos de More. Esse cenário é preocupante tanto pela negligência do governo, quando pela desigualdade social que isso apresenta. Diante disso, torna-se indispensável a discussão desses aspectos.
Em uma primeira análise, é crucial apontar que a desumanização a qual muitos sofrem origina-se da baixa atuação do governo, no que diz respeito à criação de medidas para combatê-la. Nesse sentido, fica clara a razão dela persistir. Essa situação, segundo as ideias do filosófo John Locke, configura-se como uma violação do "contrato social", já que o Estado não cumpre sua função de garantir que os cidadãos desfrutem de direitos indispensáveis, como a igualdade social, o que infelizmente é evidente no país.
Ademais, é fundamental pontuar a desigualdade social como geradora da desumanização sofrida no Brasil. Segundo o artigo 5° da Constituição Federal, todos os cidadãos são iguais perante a lei, porém, isso não passa de apenas palavras escritas, visto que os pacientes psiquiátricos são tratados com enorme desrespeito. Perante a isso, é perceptível a gravidade dessa situação. Tudo isso retarda a resolução desse problema, já que contribui para a sua perpetuação.
Em vista do que foi mencionado, faz-se necessário a adoção de medidas que combatam a desumanização sofrida nos manicômios. Por conseguinte, cabe às autoridades e a população executarem devidamente as leis, promoverem paz e conforto social, para que todos possam desfrutar de seus direitos, por meio de mudanças de atitudes, principalmente do governo que comece a agir conforme a legislação, com o propósito de acabar com tamanha desigualdade. Dessa forma, a realidade escrita por Thomas More será possível.
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