Redação #1254260
Insegurança alimentar é um termo que sintetiza a situação em que milhares de brasileiros se encontram atualmente.No país em que antes comemorava a sua saída do mapa da fome, hoje volta a ser atormentado pelo problema, já que de acordo com dados divulgados este ano pelo IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas) 33 milhões de pessoas passam fome no Brasil.Com base nesse contexto é necessário analisar as causas deste apuro e sua ligação com a manutenção da dignidade humana.
Com a pandemia, crise econômica e uma consequente onda de demissões fica cada dia mais difícil pôr comida na mesa.Conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) 10 milhões de brasileiros estão desempregados, sem uma renda fixa é praticamente impossível acompanhar os preços do mercado.Muitos recorrem a práticas contraindicadas por profissionais de saúde, como por exemplo pular refeições ou até mesmo substituir por alimentos mais baratos e com baixo valor nutritivo.Mas existem também os casos mais extremos em que as pessoas simplesmente não tem a perspectiva nem a certeza de qual e quando vai ser sua próxima refeição.
Ademais, sendo o alimento um item imprescindível para a existência da vida, na ausência dele o homem faz o que se torna necessário para consegui-lo, podendo até mesmo ir contra os próprios padrões e valores para saciar sua necessidade, como no poema "O bicho", no qual o escritor pernambucano Manuel Bandeira compara um homem em seu estado de miséria, catando comida no lixo, com um mísero animal.
Em virtude dos fatos mencionados se torna indispensável que o Estado aja por meio de incentivos fiscais às empresas a fim de diminuir o desemprego, dando as pessoas um maior poder de compra e caminhando mais uma vez em direção da erradicação da fome no Brasil.
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