Redação #1252471
Previsão: 14/11/2022
De acordo com a Carta Magna de 1988, cidadão é aquele indivíduo a quem a mesma confere direitos e garantias - individuais, políticos, sociais, econômicos e culturais - e lhe dá o seu efetivo exercício. Conquanto, tal prerrogativa tem demonstrado inconsistência na prática quando se observa a exclusão étnica no Brasil, dificultando, deste modo, a universalização desses direitos e garantias. Diante dessa perspectiva, faz-se imperiosa a ánalise dos fatores que favorecem esse quadro.
Sob essa análise, deve-se ressaltar a negligência governamental como impulsionadora desse problema. Nesse sentido, a escassez de projetos estatais que visem a integração étnica no Brasil contribuiu para o aumento da desigualdade social, bem como o estigma social. Diante de tal conjuntura, segundo os ideais do filósofo contratualista John Locke, configura-se como uma violação do "contrato social", visto que o Estado não cumpre a sua função de garantir que todos os cidadãos desfrutem de direitos e garantias indispensáveis, como os culturais, o que infelizmente é evidente no país.
Outrossim, é fundamental apontar a desinformação da sociedade frente à situação. Assim, a ausência de informações nas redes midiáticas reforçam a marginalização de grupos minoritários, como também a desconstrução da identidade dos mesmos. Desse modo, a filósofa francesa Simone de Beauvoir já afirmou que "o mais escandaloso dos escândalos é que nos habituamos a eles", uma vez que mais escandaloso do que a ocorrência da problemática é o fato da sociedade se habituar a essa realidade.
Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso, cabe ao Ministério da Cultura - órgão responsável por formular e implementar políticas públicas no campo cultural - elaborar projetos e campanhas públicas. Tal medida deve ser realizada por meio das redes sociais, a fim de disseminar as ações de forma eficaz e atingindo um maior número de pessoas.
- ES