Redação #1159811
No filme "Deus não está morto" é representada a vida de uma professora que levada ao tribunal, após citar um versículo bíblico em sua aula. De maneira análoga a isso, os desafios para manter a liberdade religiosa no Brasil. Nesse prisma, destacam-se dois aspectos importantes: o racismo estrutural e as campanhas políticas que enfraquecem o título de "país laico".
Em primeira análise, evidencia-se uma grande intolerância religiosa com religiões de matriz africana. Sob essa ótica, é importante lembrar que de acordo com a Constituição Federal de 1988, todos tem a liberdade de exercer livremente cultos religiosos, o problema é que religiões que tiveram seu início no Brasil através dos escravos africanos apresentam muito mais dificuldade de aceitação do que outras promovidas por europeus. Dessa forma, percebe-se como o racismo estrutural faz com que a cultura e descendência negra ainda seja vista como "suja" e "errada".
Consequentemente, as campanhas políticas que enfraquecem o título de "país laico". Desse modo, foi visto recentemente a campanha para a presidência de Jair Messias Bolsonaro que teve como marco a fala "Brasil acima de tudo e Deus acima de todos", a problemáica está em permitir que seus preceitos religiosos sejam considerados superiores que o de outros cidadãos. Consoante a isso, é difícil promover a ideia de uma país laico, pois o chefe de Estado promove campanhas que exaltam sua religião e não a liberdade religiosa, contrinuindo pro preconceito.
Depreende-se, portanto, a adoção de medidas que venham ampliar a liberdade religiosa. Dessa maneira, cabe ao governo federal promover campanhas de conhecimento da cultura africana e também a conscietização de políticos que desmereçam outras crenças, por meio de verbas governamentais, a fim de que todos possam exercer sua religião. Somente assim, não existirá mais casos como o da professora no filme "Deus não está morto".
Rio de Janeiro - RJ