Redação #1103561
No filme Wall-E, animação produzida pela Pixar, retrata um cenário caótico do planeta Terra, dominada pelo lixo. No contraste entre essa animação e o mundo contemporâneo, evidencia-se uma aproximação acerca da superlotação do lixo, uma vez que a sociedade consome desenfreadamente objetos polimerizados. Dessa forma, torna-se inegável analisar os caminhos para reduzir o consumo de plástico no Brasil, uma barreira impulsionada não só pela omissão governamental, mas também pelo consumismo social.
Diante desse cenário, é fundamental apontar que as ações da máquina pública se tornam insuficientes para a resolução desse revés. Nesse sentido, essa conduta ineficaz do Poder Público simboliza a quebra do Contrato Social do filósofo Hobbes-já que é dever do Estado interferir nas relações sociais que geram desordem- haja vista que não propicia,diversas vezes, mecanismos físicos, de maneira funcional, como uma devida reciclagem do lixo plástico, além de promover a insustentabilidade do descarte desses lixos, que ocorre,normalmente, sem uma preocupação ambiental. Dessa maneira, desde que a inobservância estatal seja uma realidade no Brasil, o imbróglio garantirá a sua reverberação dentro do espaço social.
Além disso, é importante frisar a expoente participação social na pertinência dessa problemática. Nesse viés, percebe-se uma forte alienação consumista adepta ao consumo de plástico, presente em embalagens e em objetos descartáveis,sendo propagada descontroladamente pela mídia, uma das responsáveis por corromper os indivíduos acerca de suas aquisições, por objetivar o lucro, sem haver uma preocupação legítima na destinação final de seus produtos. Em síntese, a sociedade com um ideal consumista configura-se como propulsor dessa realidade desafiante ao cenário nacional.
Infere-se, portanto, que medidas são imprescindíveis para concretizar caminhos para minimizar a presença de plásticos. Para tanto, cabe ao Ministério do Meio Ambiente promover uma conduta de sustentabilidade, por meio de instalações de coletivas seletivas de lixos, alimentando a reutilização de objetos plástificados, com o intuito de mitigar os efeitos maléficos que o plástico traduz. Paralelamente, urge às escolas suplementar uma educação ambiental e social, mediante às palestras elucidativas sobre os impactos que advém do consumo desenfreado. Consequentemente, o Brasil romperá vínculos com o drama fictício.
São Luís - MA