Redação #1099549
Previsão: 05/08/2022
A ativista Maria da Penha é dona de uma história que marcou o Brasil, após um casamento conturbado com várias tentativas de homicídio por parte do marido Maria encontrou forças para lutar e obter justiça, essa luta se concretizou em 2006 quando foi promulgada uma lei com seu nome para proteger o direito das mulheres. Contudo, apesar dessa lei, ainda ocorre inúmeros casos de violência contra a mulher no Brasil. À vista disso, pode-se dizer, então que a ineficiência das leis existentes intensificam essa problemática.
Diante desse cenário, é importante destacar como a inaptidão das normas públicas potencializa a constante onda de violência. Nesse pensamento, se faz exemplo um levantamento feito pelo Datafolha em 2019 revelando que uma em cada quatro mulheres afirmam ter sofrido algum tipo de violência no Brasil. É preciso admitir, por mais que o código se faça notável sua ação na sociedade se torna inábil, haja vista, a escassez de verba destinada a amenizar esse óbice. Desse modo, há, constantemente, um aumento nos índices de agressão as mulheres.
Ademais, cabe ressaltar, como as brutalidades sofridas podem desencadear um ciclo repetitivo onde a vítima se vê presa, intimidada e sem forças para pedir ajuda. Sob esse viés, dilucida o livro da autora norte-americana Colleen Hoover "É assim que acaba" onde somos apresentados a vivência de Lily, uma jovem que cresceu vendo seu pai agredir fisicamente e mentalmente sua mãe, já adulta Lily sente na pele o que sua mãe passou ao entrar em um relacionamento abusivo e cheio de feridas, nessa perspectiva, a obra elucida perfeitamente a realidade do país, nela vemos como as agressões afetam o psicológico da vítima, fazendo com que ela fique acorrentada a relação. Como resultado, observa-se mais números de violência e menos de denúncias, já que sem o suporte necessário e perspectiva de mudança as mulheres se vêem obrigadas a continuar com a união.
Portanto, infere-se que é mister de todos os segmentos sociais unam-se em prol do combate desse impasse. Sendo assim, cabe ao Governo Federal efetivar de maneira mais límpida as leis existentes, com o objetivo de conceder segurança e dignidade a todas as mulheres. Concomitantemente, urge ao Ministério da Justiça e Segurança, enquanto órgão responsável pela aplicação das leis, por meio de realocação de recursos financeiros, destinar verbas para campanhas visando que as vítimas e o corpo social sintam-se seguros e encorajados a denunciar, afim de então superar os traumas e gozar ao máximo da vida com plena integridade e sem medo.
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