Redação #1097699
Previsão: 25/07/2022
Em 02 de fevereiro de 1987, o então presidente da Assembleia Nacional Constituinte disse as seguintes palavras em seu discurso de posse: "A nação quer mudar. A nação deve mudar. A nação vai mudar." Todavia, até hoje, o povo brasileiro ainda clama por mudanças, como em relação a intolerância religiosa. Nesse sentido, dois pontos se destacam no debate acerca desse assunto: a obsolescência das políticas públicas e a inoperância dos cidadãos do país em torno dessa situação de preocupação nacional.
Primariamente, a preocupação com a intolerância religiosa é consequência de ações governamentais ineficazes. Afinal, como alertou o escritor Gilberto Dimenstein, em sua obra "O cidadão de papel" (1993), nem sempre as leis presentes nos documentos oficiais são cumpridas, estabelecendo-se, assim, a garantia apenas teórica dos direitos dos cidadãos, vide a obsolescência da carta Magna ante a intolerância. Isso é explícito a partir da observação de que as políticas públicas de prevenção e até mesmo, de combate à está intolerância não são prioridades nos planos de governo - quase sempre são ações pontuais e isoladas. Logo, a mudança que a nação almeja é cada vez mais improvável, devido a uma "legislação apenas simbólica".
Portanto, sendo a intolerância religiosa uma preocupação nacional, a mudança deve ser alcançada por meio do estado. Então, a sociedade civil precisa organizar manifestações coletivas e públicas contra esta intolerância. Essa ação pode ser realizada com a divulgação das pautas do movimento e a indicação do horário e dos locais de concentração, tudo publicado é compartilhado em redes sociais, como o Instagram, o Facebook e o Twitter, pois são plataformas de amplo alcance nacional. Destarte, a população será operante na mudança que deseja, pressionando os governantes a executarem com eficiência as leis de garantia à cidadania do país.
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