Redação #1097622
Previsão: 25/07/2022
Na Antiga Grécia, os atenienses tinham o costume de reunir-se em local público para uma discussão coletiva sobre os problemas da pólis. Ao observar o Brasil, na contemporaneidade, isso não ocorre, uma vez que existem problemas eminentes pouco discutidos como a ausência da universalização do saneamento básico, esta perdura em razão da negligência governamental e gera graves consequências na saúde brasileira.
Em primeiro plano, é importante considerar a má condução de políticas públicas com fator agravante. A transposição do rio São Francisco, iniciada no governo Lula e com sua interrupção após o impeachment da ex-presidente Rousseff, tinha como objetivo abastecer de água potável centenas de cidades nordestinas. Estas sofrem com ausência de água e saneamento básico, comprometendo bem-estar de seus habitantes que necessitam da continuidade do projeto. No entanto, desde a transição para o novo governo, este como outros projetos foram abandonados, visto que o presidente possui outras prioridades.
Além disso, é importante ressaltar as consequências do viés na saúde dos afetados. A Constituição de 1988, documentos intrínseco da legislação brasileira, prevê a saúde como dever estatal e direito humano, este não é exercido por uma parcela que lida com doenças providas da falta de saneamento. A cólera é uma bacteriose que se se espalha através de rios de água contaminada por degetos fecais, esta, por sua vez, é o único meio de higiene e consumo para habitantes de regiões livres de saneamento, na qual tendem a contrair a doença, como consequência.
É inadmissível, portanto, que este cenário perdure. Urge que o presidente Jair bolsonaro, juntamente ao ministro da saúde, por meio de debates e liberação de verbas, promovam programas destinados à democratização do acesso ao saneamento básico na nação, a fim de priorizar a saúde do brasileiro, assumindo com responsabilidade o cargo contemplado. E também, por fim, retomar a transposição do rio São Francisco, disponibilizando água potável e tratamento de esgoto aos desprovidos destes, mitigando a transmissão de doenças e garantir, assim, o direito à saúde, previsto na constituição de 1988.
São Paulo - SP