Redação #1073409
Previsão: 05/07/2022
No livro "o cidadão de papel", de Gilberto Dimenstein, o autor disserta a cerca dos direitos constitucionais e como os mesmos são ineficientes, pois nem sempre são cumpridos. No Brasil, milhões de pessoas sofrem com a insegurança alimentar, o que evidencia a ineficiência desses direitos constitucionais visto que a alimentação é um direito de todo cidadão. Esse problema se dá, principalmente, devido à alta inflação dos produtos e da má administração do dinheiro público, impedindo que o mesmo consiga chegar às classes inferiores.
Sob esse viés, a alta inflação dos produtos impede que pessoas de classes economicamente baixas tenham acesso a alimentos básicos como arroz e feijão devido ao seu alto valor no mercado. No livro "Quarto de despejo", de Carolina Maria de Jesus, a autora narra seus diversos problemas enfrentados sendo o pior a fome, a a autora relata que "o povo brasileiro só é feliz quando dorme" pois assim não sofre com a fome. Fato é que com o surgimento da pandemia de covid-19 a inflação aumentou e a fome se agravou, consequentemente, os mais afetados foram os pobres que em sua maioria trabalham apenas para conseguir se alimentar, recebendo salário insuficiente para suprir suas necessidades básicas.
Nessa perspectiva, a má administração do dinheiro público reflete diretamente no bem-estar da população que, consequentemente, sofre com a baixa atuação do Governo na criação de mecanismos que ajudem esses cidadãos economicamente vulneráveis. A constituição federal de 1988 relata que todo cidadão tem direito a alimentação, no entanto, isto está longe de ser uma realidade. Segundo Instituto Brasileiro de geografia e estatística (IBGE) há atualmente 84,9 milhões de pessoas no mapa da Fome o que evidencia ainda mais a ineficiência do Direito Constitucional defendido pelo autor Gilberto Dimenstein.
Urge, portanto, a necessidade de campanhas agentes que levem alimentos nas casas de cidadãos economicamente vulneráveis e uma melhor administração do governo com o dinheiro público, auxiliando os que mais carecem de ajuda, além de programas e auxílios que garantam assistência e apoio à famílias de baixa renda para que assim a insegurança alimentar venha a ser erradicada e os seus direitos efetivamente garantidos.
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