Redação #1073229
Previsão: 05/07/2022
O jornalista Gilberto Dimenstein, ao produzir a obra " O cidadão de papel", afirmou que a consolidação de uma sociedade democrática exige a garantia dos direitos fundamentais de um povo.No entanto, ao observar o caminho para reduzir o consumo de plástico no Brasil, constata-se que a tese do escritor não tem sido praticamente assegurada, haja vista o aumento de lixo que podem causar doenças graves na população.Com efeito é imprescindível enunciar os aspectos socioculturais e a insuficiência legislativa como pilares fundamentais da chaga.
É importante considerar, antes de tudo, o fator grupal.Conforme o pensador Jurgen Habermas, à razão comunicativa- ou seja, o diálogo- constitui etapa fundamental do desenvolvimento social.Nesse interim, a falta de estímulo ao debate a respeito do impasse, todavia, coíbe o poder transformador da deliberação e, consequentemente, ocasiona o crescimento de pessoas mal informados sobre as consequências do uso excessivo de plástico para a saúde.Destarte, discorrer criticamente a problemática é o primeiro passo para consolidação do progresso sociocultural habermaseano.
Além disso, merece destaque o quesito constitucional.Segundo Jean - Jacques Rousseau, os cidadãos cedem a parte da liberdade adquirida na circunstância natural para que o Estado garanta direitos intransigentes. O problema, entretanto contrasta a concepção do pensandor na medida em que, embora a constituição garanta o direito à saúde e ao saneamento básico, isso não tem sido assegurado na prática.Dessa forma, ações precisam ser executadas pelas autoridades competentes com o fito de dirimir o revés.
Entende-se, portanto, a temática como sendo um problema intrínseco de raízes culturais e legislativas. Logo, a mídia, por intermédio de programas televisivos de grande audiência irá discutir o assunto com profissionais especialistas nessa área, com o objetivo de mostrar as reais consequências do problema, apresentar visão crítica e orientar os expectadores a respeito do impasse. Essa medida ocorrerá por meio da elaboração de um projeto estatal, em parceria com o Ministério das Comunicações. Em adição, o Congresso Nacional, por meio de emendas e modificações legislativas, deve fazer uma reforma nas leis, códigos, matérias que versam sobre o invés para que se trate a questão com o rigor que é necessário. Desse modo, com a razão comunicativa de Habermas e a justiça de Rousseau, a sociedade brasileira deixará de ser uma comunidade de papel, como enfatizou Dimenstain.
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