Redação #1069859
Previsão: 01/07/2022
Em 1990, foi implantado o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a fim de garantir e segurar direitos como segurança, respeito e educação a toda criança e adolescente. No Brasil, milhares de crianças e adolescentes têm sido vítimas da superexposição na internet, indo de encontro ao estatuto o que, consequentemente, acaba afetando a vida desses inviduos. Esse problema se dá, principalmente, ao desejo de fama dos pais e da falta de controle da internet com seus usuários.
Nessa perspectiva, é importante ressaltar que os pais, motivados pela fama, negligênciam a proteção de seus filhos os expondo na internet seja com fotos ou vídeos. No livro "Sociedade do espetáculo", de Guy Debord, o autor disserta cerca da influência das imagens midiáticas e afirma que as mesmas exercem um papel Central nas relações sociais, surgindo assim uma necessidade de tornar público momentos íntimos, sem se preocupar com os efeitos negativos de tal exposição. Sob essa ótica, a superexposição de crianças e adolescentes na internet prejudica não só seu amadurecimento, mas também a sua segurança os expondo a diversos tipos de usuários, ferindo assim seus direitos mencionados no estatuto de 1990, podendo fazer com que sofram com diversos tipos de abuso como a pedofilia.
Além disso, o mau monitoramento de usuários na internet é um fator que contribui ainda mais para que tal superexposição aconteça. De acordo com o comitê gestor de internet no Brasil, cerca de 24,3 milhões de crianças e adolescentes são usuários de internet e 82% utilizam perfis nas redes sociais que, na maioria das vezes, há idade mínima de uso. Portanto, fica claro que há um fraude no relato das idades cadastradas, sendo esse um dos fatores para que o público infantil permaneça. Com isso, a falta de controle com seus usuários torna a Internet um lugar perigoso, uma vez que a super exposição como vídeo de danças sensuais por crianças como na plataforma "Tik Tok" podem alimentar comportamentos criminosos.
Urge, portanto, a necessidade de levar o conhecimento do problema da superexposição na vida das crianças e adolescentes por meio de palestra nas escolas e da mídia, além da necessidade de leis mais rigorosas e um maior monitoramento com os usuários, afim de evitar perfis falsos e a circulação de criminosos, para que assim os direitos citados no ECA sejam cumpridos.
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