Redação #1059116
Previsão: 27/06/2022
O período de maior importância na formação de uma pessoa compreende-se em sua infância e adolescência. Nessa fase o jovem se prepara para a vida adulta, aprendendo sobre o mundo e sobre si. Contudo, com os avanços tecnológicos e a "democratização" de aparelhos celulares e dispositivos eletrônicos, a exposição de menores nos mais diversos meios sociais se manifestou como uma problemática hodierna.
Não é incomum que pais criem perfis em redes sociais para recém-nascidos ou utilizem de seus filhos para engajar. Um caso recente, que retrata as consequências disso, foi o da "Bel para meninas", onde uma garota tinha sua vida exposta em vídeos por sua mãe, além de passar por situações desagradáveis em vídeos para o Youtube. Bel teve ainda mais exposição com a repercussão do caso, e desde nova teve que se adaptar às telas.
Ainda não se mede os danos que essas atividades provocarão no futuro dessas crianças, contudo, há, ainda, um lado positivo nesse contexto: a internet é rentável, e muitas famílias alçaram estabilidade graças a crianças superexpostas, produzindo conteúdo.
Tendo em vista esse cenário, é lícito postular que a internet deve ser de acesso multi-etário, todavia, é necessária a preservação e valorização da fase desses menores, como garantido no ECA, sem que seu desenvolvimento seja comprometido. Para tal, é justo a implementação de normas e restrições de uso da imagem de crianças e adolescentes; tais, que devem ser garantidas pela Secretaria dos Direitos da Criança e do Adolescente, visando o cumprimento do Estatuto e resguardando os menores.
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