Redação #1049793
Previsão: 22/06/2022
Segundo dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA),entre os anos de 2008 a 2018, mais de 600 mil pessoas foram assassinadas no Brasil. Diante dessa estatística, é perceptível que a violência urbana,reflexo da desigualdade social, é um problema a ser enfrentado pelos brasileiros. Nesse sentido, faz-se necessário o combate a essa condição em dois caminhos: investir em seguridade social, bem como atenuar as disparidades sociais.
Nesse viés, a sociedade brasileira, herdeira de um modelo escravista e autoritário, formou-se concomitantemente às desigualdades sócio-econômicas. Assim, convém lembrar que desde os anos 80, com o acelerado exôdo rural e consequentemente, o crescimento desordenado das cidades, houve um aumento da delinquência nas urbes do país. Dessa maneira, a marginalização e a criminalização tornaram-se recorrentes nas cidades, se revelando na forma de roubos, homicídios, tráfico de drogas, o que representa um problema público. Nesse ínterim, o vandalismo atinge toda a sociedade e é uma ameaça aos insdivíduos. Portanto, urge-se medidas eficientes para atenuar essas ações e garantir a segurança a todos.
Outrossim, é sabido que a violência é um fenômeno sócio-histórico, fundante e estrutural na constituição social. Nesse sentido,é inegável que ela é decorrente da desigualdade social, visto que a má distribuição dos recursos -saúde, educação, oportunidades de trabalho- gera revoltas entre os desfavorecidos. Desse modo, um histórico escravocrata e injusto somado a um problema de gestão, exclui esses indivíduos da sociedade, resultando na invisibilidade social desses. Com isso, sem opção para reverter o quadro,encontram no vandalismo uma medida para superar as injustiças e ascender socialmente. Logo, a injustiça social aumenta a violência nas cidades e precisa ser dirimida.
Impende, pois, que a violência urbana seja mitigada no país. Para isso, cabe ao Ministério da Justiça, em parceria com os órgãos de segurança municipais, aumentar a circulação de policiais, por meio de rondas em toda a cidade, além da instalação de unidades de segurança em pontos específicos, a fim de diminuir a marginalização, garantindo a seguridade social. Ademais, cabe ao Governo Federal, em associação aos órgãos públicos, promover o acesso aos direitos previstos na Contituição a toda sociedade, além de aumentar a oferta de emprego nas cidades, visando dirimir a desidualdade e, consequentemente, ações que contrariam a ordem pública nas urbes. A partir de tais medidas, esse problema será controlado.
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