Redação #1049094
Previsão: 22/06/2022
A falta de saneamento básico é um problema que coloca em risco a segurança de muitos brasileiros, principalmente aos que habitam regiões mais carentes do país. Doenças transmissíveis por meio do contato com águas contaminadas, como a leptospirose, possuem taxas de contagio ampliadas em locais sem acesso a tratamentos de esgoto, o que evidencia a insuficiência das polítcas públicas de saúde por não oferecem disponibilidade iqualitária a esse direito essencial, responsável não apenas pelo índice de qualidade de vida, mas pelo funcionamento biológico do organismo humano.
Primeiramente, é preciso compreer que a parcela social mais afetada por saneamentos precários ou inexitentes, é a de baixa renda. Sendo assim, ocorre um aumento dos fatores que reassaltam a desigualdade no Brasil, privilegiando poucos em detrimento de muitos, alicerçada na negligência do poder público, que não executa ações equiparáveis à dimensão da questão. Dessa forma, contraria-se o conceito de Platão, que aponta os governantes como responsáveis pelo controle e distribuição dos recursos de maneira justa, a fim de evitar acúmulos ou ausências extremas e prejudiciais aos cidadãos.
Por conseguinte, tem-se a exposição das comunidades às infecções decorrentes da insalubridade gerada no gerenciamento incorreto dos recursos hídricos. Nesse contexto, as consequências primárias alcançam,emsuamaioria, àqueles que vivem nas regiões diretamente afetadas. Mas a poluição das reservas naturais acaba por afetar toda a nação, à medida que os dejetos avançam para os rios e infiltram nos lençóis freáticos, contaminando águas antes potáveis. O fato de não existir saneamento para todos os brasileiros, em união aos perígos para a saúde que não se restringem a lugares próximos de onde se eliminam o material indevidamente, comprovam a negligência do Estado, que não cumpre sua responsabilidade de atender todas as necessidades dos indivíduos sob sua gestão, descrita pela filosofia aristotélica.
Portanto, urge a tomada de providências que eliminem o revés. Cabendo, assim, ao Ministério da Saúde, em união ao Ministério da Infraestrutura, o direcionamento de verbas para a construção de redes de saneamento básico, com prazo máximo de três anos para atender 90% dos habitantes do país. Ademais, cabe ao Ministério da Cidadania, a criação de um auxílio sanitário, destinando-se aos moradores de locais de difícil acesso das vias de tratamento, para que seja adquirido pelas famílias vulneráveis o sistema de fossas sépticas, assim como deve ser garantido por esse projeto uma periódica e devida manutenção e higienização do armazenador de esgotos, em função da segurança das pessoas e do meio ambiente. Para que a questão seja revertida, é indispensável que os representantes do país cumpram seus papéis, assegurando justiça e igualdade social. O desenvolvimento do Brasil deve se iniciar com a solução de todas as carências do povo, partindo do que é primordial para sobrevivência humana: água limpa.
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