Redação #1036483
Previsão: 27/05/2022
Há muito se especula o futuro da educação superior no Brasil. É uma constante que persegue a todos os que dão valor ao saber desde a antiguidade, onde Sócrates e Platão travavam disputas com os sofistas pelo futuro da educação dos jovens. Tal discussão se reflete hoje no Brasil com o triste e falacioso discurso de que as faculdades públicas são nada mais do que centros de doutrinação do pensamento comunista e de esquerda.
A real justificativa para tais acusações, as quais ocasionam na diminuição de verba para as devidas instituições, se mostram evidentes quando colocados em frente a pontos de vista como o de uma senhora negra, a primeira professora preta do país, que escreveu para Henry Bugalho, redator da revista carta capital, onde ela faz questão de ressaltar que os jovens deveriam ter mais oportunidades e acesso a educação para que não venham a sofrer como ela sofreu e que jovens devem apenas se preocupar com isso, em exercer os seus direitos de educação.
O relato dessa senhora ajuda a compreender que ataques como os citados acima às universidades públicas são apenas uma forma de negar o direito da população de ter acesso à educação, garantido pela Constituição Federal, para que venhamos a desempenhar apenas as funções básicas e necessárias à sociedade, mas não desejada pelas classes superiores, as que possuem poder econômico suficiente para financiar tal educação.
Falas em ataque às universidades devem ser veementemente repreendidas pelo poder judiciário, garantindo a valorização desse direito básico, ainda que as verbas a tais instituições diminuam.
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