Redação #1023979
Previsão: 13/05/2022
A constituição federal de 1988, documento jurídico mais importante do país prevê em seu artigo 5°, o direito a igualdade como inerente a todo cidadão brasileiro. Conquanto, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática quando se observa a falta de apoio e reconhecimento de mulheres na área da ciência, dificultando deste modo, a universalização desse direito social tão importante. Diante dessa perspectiva, faz-se imperiosa a análise dos fatores que favorecem esse quadro.
Em primeira análise, deve-se ressaltar a ausência de medidas governamentais para apoiar a mulher em pesquisas essenciais para a saúde. Nesse sentido, é notável que tal problema é consequência de um machismo estrutural que assola diversos aspectos da vida de uma mulher, inclusive no profissional, onde órgãos de extrema importância subestimam a competência da mulher por preconceito de gênero. Essa conjuntura segundo as ideias do filósofo contratualista John Locke, configura-se como uma violação do "contrato social", já que o estado não cumpre sua função de garantir que os cidadãos desfrutem de direitos indispensáveis, como a igualdade, o que infelizmente é evidente no país.
Ademais, é fundamental apontar o descaso com profissionais da saúde como impulsionador da falta de reconhecimento de mulheres na área da saúde no Brasil. Segundo Voltaire, filósofo francês "A sociedade depende das mulheres.Todas as nações que as isolem são insociáveis". Diante de tal exposto, é comum a vida de milhares de mulheres que saem do conforto do seu lar e se submetem a situações de perigo, como na onda do novo corona vírus, onde muitas mulheres morreram para salvar vidas. Logo, é inadmissível que este cenário continue a pendurar.
Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos, para isso, é imprescindível que o governo, por intermédio de apoio financeiro, apoie pesquisas médicas conduzidas por mulheres a fim de que a mulheres possam ganhar seu espaço no mundo científico e campanhas por meio da mídia para valorizar as profissionais da saúde a fim de que as mulheres sejam reconhecidas e apoiadas. Assim se consolidará uma sociedade mais justa, onde o estado desempenha corretamente seu "contrato social", tal como afirma John Locke.
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