Redação #1014165
Previsão: 04/05/2022
Durante as Grandes Navegações houve a chegada da esquadra portuguesa no Brasil, que trouxe consigo sua visão eurocêntrica, de superioridade em relação aos nativos. Mesmo com séculos de diferença, esse tipo de visão se perpetua na sociedade brasileira. Tal descriminação pode ser pela classe social, religião, sexualidade ou raça, destacando-se o primeiro, segundo o Datafolha. Os moradores de comunidade e negros são os mais afetados por essa discriminação, que deve ser extinguida, afim de fazer cumprir o que está prescrito na Constituição, todos são iguais perante a lei.
Com o desenvolvimento de uma sociedade escravista do café, essa intolerância se fez mais presente. O país foi o último a abolir a escravidão, e além disso não houveram políticas de inclusão, portanto essas populações ficaram excluídas socialmente. A população negra compõe 78% dos 10% mais pobres do Brasil, de acordo com o IBGE, tal dado expõe a persistência da divisão racial e socioeconômica.
Simultaneamente, há a vinda da Família Real portuguesa, com o intuito de maior acolhimento, o Rio de Janeiro sofre uma tentativa de ser transformado em uma cidade europeia, para isso é feita a demolição dos cortiços. Os indivíduos de classe inferior que ali habitavam, foram expulsos de seus lares e com medo da repetição desse processo, subiram os morros, dando início ao processo de favelização. Cerca de 2 milhões de habitantes vivem nas comunidades do Rio atualmente, segundo o IBGE, se submetendo a maiores riscos, menor nível de escolaridade e menos acesso a estruturas básicas, como saneamento e água encanada.
Em suma, são necessárias medidas que deem fim a estrutura desigual na qual a sociedade brasileira está inserida. O Governo Federal deve voltar sua atenção às comunidades, para que os seus moradores tenham um acesso igualitário à educação, saúde e saneamento, dessa forma os indivíduos que ali habitam terão um mesmo tratamento em relação ao resto da população. A ajuda da mídia é imprescindível, com propagandas nos meios de comunicação, é possível advertir a população de que todos são iguais, não importa sua classe social, cor ou gênero.
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