IFPE 2020/1 Superior
55 Questões
Leia o TEXTO para responder à questão.
TEXTO
A MELHOR REPORTAGEM DO MUNDO
Pela primeira vez na história do jornalismo, o maior repórter em linha reta da revista mais arrojada da Rua do Veiga investiga as origens da megalomania local
(1) O Recife já não tem mais o maior shopping nem a mais longa avenida em linha reta da América Latina, Caruaru pode perder o posto de maior feira ao ar livre para uma concorrente do Equador e o Galo da Madrugada tem um bloco no Rio de Janeiro no seu encalço, querendo rifá-lo do Guinness Book. Mas quem se importa com isso em Pernambuco, uma terra superlativa, onde o “maior”, o “melhor” ou o “primeiro” parecem preceder qualquer coisa, mesmo que ela não seja positiva?
(2) O pesquisador e chefe do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Marcos Galindo, explica que o talento do pernambucano para maximizar sua própria história remonta ao período da Proclamação da República, em 1889. “A gente teve que criar uma nobreza que não tinha” (com a saída na monarquia portuguesa).
(3) Depois de transferir para a academia um assunto que só se falava em rodas de amigos, Marcos Galindo dividiu o estilo pernambucano de autopromoção em três expressões distintas: ufanismo, fanfarronice e megalomania:
(4) “Ufanismo tem uma função social superimportante de autoafirmação e de construção da identidade. Quem está embaixo quer ir para cima. E no discurso só se consegue isso levantando seu moral e dizendo que tudo o que você faz é o maior ou o melhor. É quando você diz, por exemplo, que a música de Chico Science é a melhor do mundo”.
(5) “Fanfarronice é quando a gente diz que o Recife é o lugar onde os rios Capibaribe e Beberibe se juntam para formar o Oceano Atlântico. Essa é uma ideia sofismática, que tem uma base lógica. Mas é uma lógica que é feita para causar uma resposta que não é verdadeira. É uma mentira”.
(6) “Megalomania é quando você quer ser maior do que você é. O cara faz acreditando que é verdadeiro. É quando alguém diz que a Avenida Caxangá é a maior em linha reta do mundo. É algo patológico, que a gente cria. É uma macaquice que a gente utiliza para rir da gente mesmo”.
(7) Dizem que o Aníbal Bruno é a maior penitenciária da América Latina e que o Recife é a cidade com mais ataques de tubarão no mundo. Tem até campanha de supermercado que diz ter orgulho de ser nordestino. Enquanto toma o tradicional chá das 5 da tarde e saboreia uma fatia de bolo de rolo com seus colegas imortais, o membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), Marcos Vilaça, costuma fazer uma “pequena-grande” correção sobre a tal mania de grandeza do pernambucano: “Não temos essa mania. O que temos é a grandeza mesmo”.
DUARTE, André. A Melhor Reportagem do Mundo. Revista Aurora [Diário de Pernambuco]. Disponível em: https://felipegabriele.wordpress.com/2011/03/17/nao-diga-que-e-pernambucano-nao-se-deve-humilhar-ninguemmeu-filho/. Acesso em: 18 out. 2019 (adaptado).
De acordo com o TEXTO, é CORRETO afirmar que
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TEXTO
A MELHOR REPORTAGEM DO MUNDO
Pela primeira vez na história do jornalismo, o maior repórter em linha reta da revista mais arrojada da Rua do Veiga investiga as origens da megalomania local
(1) O Recife já não tem mais o maior shopping nem a mais longa avenida em linha reta da América Latina, Caruaru pode perder o posto de maior feira ao ar livre para uma concorrente do Equador e o Galo da Madrugada tem um bloco no Rio de Janeiro no seu encalço, querendo rifá-lo do Guinness Book. Mas quem se importa com isso em Pernambuco, uma terra superlativa, onde o “maior”, o “melhor” ou o “primeiro” parecem preceder qualquer coisa, mesmo que ela não seja positiva?
(2) O pesquisador e chefe do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Marcos Galindo, explica que o talento do pernambucano para maximizar sua própria história remonta ao período da Proclamação da República, em 1889. “A gente teve que criar uma nobreza que não tinha” (com a saída na monarquia portuguesa).
(3) Depois de transferir para a academia um assunto que só se falava em rodas de amigos, Marcos Galindo dividiu o estilo pernambucano de autopromoção em três expressões distintas: ufanismo, fanfarronice e megalomania:
(4) “Ufanismo tem uma função social superimportante de autoafirmação e de construção da identidade. Quem está embaixo quer ir para cima. E no discurso só se consegue isso levantando seu moral e dizendo que tudo o que você faz é o maior ou o melhor. É quando você diz, por exemplo, que a música de Chico Science é a melhor do mundo”.
(5) “Fanfarronice é quando a gente diz que o Recife é o lugar onde os rios Capibaribe e Beberibe se juntam para formar o Oceano Atlântico. Essa é uma ideia sofismática, que tem uma base lógica. Mas é uma lógica que é feita para causar uma resposta que não é verdadeira. É uma mentira”.
(6) “Megalomania é quando você quer ser maior do que você é. O cara faz acreditando que é verdadeiro. É quando alguém diz que a Avenida Caxangá é a maior em linha reta do mundo. É algo patológico, que a gente cria. É uma macaquice que a gente utiliza para rir da gente mesmo”.
(7) Dizem que o Aníbal Bruno é a maior penitenciária da América Latina e que o Recife é a cidade com mais ataques de tubarão no mundo. Tem até campanha de supermercado que diz ter orgulho de ser nordestino. Enquanto toma o tradicional chá das 5 da tarde e saboreia uma fatia de bolo de rolo com seus colegas imortais, o membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), Marcos Vilaça, costuma fazer uma “pequena-grande” correção sobre a tal mania de grandeza do pernambucano: “Não temos essa mania. O que temos é a grandeza mesmo”.
DUARTE, André. A Melhor Reportagem do Mundo. Revista Aurora [Diário de Pernambuco]. Disponível em: https://felipegabriele.wordpress.com/2011/03/17/nao-diga-que-e-pernambucano-nao-se-deve-humilhar-ninguemmeu-filho/. Acesso em: 18 out. 2019 (adaptado).
Considere o que se afirma sobre a coesão referencial e a sequencial do TEXTO e marque a única alternativa CORRETA.
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TEXTO
A MELHOR REPORTAGEM DO MUNDO
Pela primeira vez na história do jornalismo, o maior repórter em linha reta da revista mais arrojada da Rua do Veiga investiga as origens da megalomania local
(1) O Recife já não tem mais o maior shopping nem a mais longa avenida em linha reta da América Latina, Caruaru pode perder o posto de maior feira ao ar livre para uma concorrente do Equador e o Galo da Madrugada tem um bloco no Rio de Janeiro no seu encalço, querendo rifá-lo do Guinness Book. Mas quem se importa com isso em Pernambuco, uma terra superlativa, onde o “maior”, o “melhor” ou o “primeiro” parecem preceder qualquer coisa, mesmo que ela não seja positiva?
(2) O pesquisador e chefe do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Marcos Galindo, explica que o talento do pernambucano para maximizar sua própria história remonta ao período da Proclamação da República, em 1889. “A gente teve que criar uma nobreza que não tinha” (com a saída na monarquia portuguesa).
(3) Depois de transferir para a academia um assunto que só se falava em rodas de amigos, Marcos Galindo dividiu o estilo pernambucano de autopromoção em três expressões distintas: ufanismo, fanfarronice e megalomania:
(4) “Ufanismo tem uma função social superimportante de autoafirmação e de construção da identidade. Quem está embaixo quer ir para cima. E no discurso só se consegue isso levantando seu moral e dizendo que tudo o que você faz é o maior ou o melhor. É quando você diz, por exemplo, que a música de Chico Science é a melhor do mundo”.
(5) “Fanfarronice é quando a gente diz que o Recife é o lugar onde os rios Capibaribe e Beberibe se juntam para formar o Oceano Atlântico. Essa é uma ideia sofismática, que tem uma base lógica. Mas é uma lógica que é feita para causar uma resposta que não é verdadeira. É uma mentira”.
(6) “Megalomania é quando você quer ser maior do que você é. O cara faz acreditando que é verdadeiro. É quando alguém diz que a Avenida Caxangá é a maior em linha reta do mundo. É algo patológico, que a gente cria. É uma macaquice que a gente utiliza para rir da gente mesmo”.
(7) Dizem que o Aníbal Bruno é a maior penitenciária da América Latina e que o Recife é a cidade com mais ataques de tubarão no mundo. Tem até campanha de supermercado que diz ter orgulho de ser nordestino. Enquanto toma o tradicional chá das 5 da tarde e saboreia uma fatia de bolo de rolo com seus colegas imortais, o membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), Marcos Vilaça, costuma fazer uma “pequena-grande” correção sobre a tal mania de grandeza do pernambucano: “Não temos essa mania. O que temos é a grandeza mesmo”.
DUARTE, André. A Melhor Reportagem do Mundo. Revista Aurora [Diário de Pernambuco]. Disponível em: https://felipegabriele.wordpress.com/2011/03/17/nao-diga-que-e-pernambucano-nao-se-deve-humilhar-ninguemmeu-filho/. Acesso em: 18 out. 2019 (adaptado).
Com relação à transitividade e à regência verbais, analise as afirmativas seguintes.
I. Em “O Galo da Madrugada tem um bloco no Rio de Janeiro no seu encalço, querendo rifá-lo do Guinness Book” (1º parágrafo), o verbo “rifar” é transitivo indireto e o pronome “lo” funciona como objeto indireto.
II. No trecho “Mas quem se importa com isso em Pernambuco [...]” (1º parágrafo), o verbo “importarse” é transitivo indireto e, nesse caso, rege preposição “com”.
III. Na frase “Marcos Galindo, explica que o talento do pernambucano” (2º parágrafo), o verbo “explicar” é transitivo indireto e rege a preposição “que”.
IV. No período “Depois de transferir para a academia um assunto que só se falava em rodas de amigos” (3º parágrafo), o verbo destacado é transitivo direto e indireto e “para a academia” funciona como objeto indireto. V. No trecho “Quem está embaixo quer ir para cima.” (4º parágrafo), há um desvio de regência, uma vez que, nesse caso, o verbo “ir” rege a preposição “a”.
Estão CORRETAS, apenas, as afirmativas
TEXTO
Considerando-se os elementos verbais e visuais do TEXTO, é CORRETO afirmar que o que contribui de forma mais efetiva para a construção do humor é
Leia o TEXTO para responder às questão.
TEXTO
LEÃO DO NORTE
Sou o coração do folclore nordestino
Eu sou Mateus e Bastião do Boi Bumbá
Sou um boneco do Mestre Vitalino
Dançando uma ciranda em Itamaracá
Eu sou um verso de Carlos Pena Filho
Num frevo de Capiba, ao som da Orquestra Armorial
Sou Capibaribe num livro de João Cabral
Sou mamulengo de São Bento do Una
Vindo num baque solto de um Maracatu
Eu sou um auto de Ariano Suassuna
No meio da Feira de Caruaru
Sou Frei Caneca no Pastoril do Faceta
Levando a flor da lira pra Nova Jerusalém
Sou Luiz Gonzaga, eu sou do mangue também
Eu sou mameluco, sou de Casa Forte
Sou de Pernambuco, eu sou o Leão do Norte
Eu sou mameluco, eu sou de Casa Forte
Sou de Pernambuco, eu sou o Leão do Norte
Sou Macambira de Joaquim Cardoso
Banda de Pife no meio do Canavial
Na noite dos Tambores Silenciosos
Sou a Calunga revelando o Carnaval
Sou a folia que desce lá de Olinda
O Homem da Meia Noite puxando esse cordão
Sou jangadeiro na festa de Jaboatão
LENINE; PINHEIRO P.C. Leão do Norte. Disponível em: https://www.letras.mus.br/lenine/88967/. Acesso em: 18 out. 2019 (adaptado).
A música Leão do Norte, escrita por Paulo César Pinheiro e Lenine, é um texto
Leia o TEXTO para responder às questão.
TEXTO
LEÃO DO NORTE
Sou o coração do folclore nordestino
Eu sou Mateus e Bastião do Boi Bumbá
Sou um boneco do Mestre Vitalino
Dançando uma ciranda em Itamaracá
Eu sou um verso de Carlos Pena Filho
Num frevo de Capiba, ao som da Orquestra Armorial
Sou Capibaribe num livro de João Cabral
Sou mamulengo de São Bento do Una
Vindo num baque solto de um Maracatu
Eu sou um auto de Ariano Suassuna
No meio da Feira de Caruaru
Sou Frei Caneca no Pastoril do Faceta
Levando a flor da lira pra Nova Jerusalém
Sou Luiz Gonzaga, eu sou do mangue também
Eu sou mameluco, sou de Casa Forte
Sou de Pernambuco, eu sou o Leão do Norte
Eu sou mameluco, eu sou de Casa Forte
Sou de Pernambuco, eu sou o Leão do Norte
Sou Macambira de Joaquim Cardoso
Banda de Pife no meio do Canavial
Na noite dos Tambores Silenciosos
Sou a Calunga revelando o Carnaval
Sou a folia que desce lá de Olinda
O Homem da Meia Noite puxando esse cordão
Sou jangadeiro na festa de Jaboatão
LENINE; PINHEIRO P.C. Leão do Norte. Disponível em: https://www.letras.mus.br/lenine/88967/. Acesso em: 18 out. 2019 (adaptado).
Releia o refrão da música Leão do Norte, reproduzido a seguir, e marque a única alternativa CORRETA quanto à predicação dos versos.
Eu sou mameluco, sou de Casa Forte
Sou de Pernambuco, eu sou o Leão do Norte