EMESCAM 2021/2
60 Questões
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a regra geral de concordância verbal determina que o verbo deva concordar com o sujeito em número e pessoa. Para além dessa regra, há casos específicos a serem considerados.
Analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa incorreta.
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Em busca dos pais biológicos, brasileiro muda regra de adoção na Holanda
Patrick foi levado do Brasil recém-nascido, por casal de holandeses que não podia ter filhos; 40 anos depois, governo holandês reconhece erros e suspende adoção internacional.
Ana Estela de Sousa Pinto
Foram tantas mentiras, golpes de sorte, reveses e perseverança que a história de Patrick Noordoven, 41, vai virar um livro na Holanda. Neste mês, dois novos fatos acrescentaram reviravoltas à vida desse brasileiro que saiu recém-nascido de seu país natal, adotado por um casal holandês, e um dia resolveu conhecer sua família biológica.
A primeira novidade chegou no dia 8 deste mês. Um comitê criado na Holanda após repetidas denúncias de Patrick apontou responsabilidade do Estado em “vários tipos de abuso que ocorreram estruturalmente”, e o governo interrompeu os processos de adoção internacional no país. [...]
Dos anos 1960, quando começaram a crescer, até os anos 1990, adoções internacionais eram vistas como um benefício para crianças, principalmente quando elas deixavam países pobres em direção aos mais ricos. Essa mentalidade mudou, porém, na virada do século, quando surgiu legislação internacional para nortear o assunto — a Convenção dos Direitos da Criança, em 1989, e a Convenção de Haia sobre Adoção Internacional, em 1993.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2021/02/em-busca-dos-pais-biologicosbrasileiro-muda-regra-de-adocao-na-holanda.shtml?origin=folha. Acesso em: 27 fev. 2021. [Fragmento]
Na composição desse texto, identifica-se a função
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Nós humanos às vezes somos histéricos
Luciano Magalhães Melo
No pronto-socorro de um hospital, um jovem recebia atendimento por se debater continuamente. Aparentava estar inconsciente, de olhos quase sempre cerrados. Por vezes deixava de balançar seus braços para agarrar e agitar as grades da maca. Os que tentavam socorrê-lo não se recordavam de outra convulsão tão dramática. Para agravar a situação, as tentativas de medicar quase sempre eram rechaçadas por chutes e socos. E os espasmos continuavam...
Andares acima, uma mulher dizia estar com as pernas paralisadas. Vigiada por familiares, tentava exaustivamente mover seus membros inferiores, mas não conseguia contrair um único músculo abaixo da cintura. Horas após, incentivada pelo médico, levantou-se e caminhou cambaleante até a porta de seu quarto. Em nenhum momento perigou cair.
Esses dois casos supostamente diferentes têm algo em comum, a inconsciência. Pois é impossível a alguém, inconsciente durante uma crise epiléptica, conseguir agarrar algo e agredir a quem se aproxima de seringa na mão. E também ninguém incapaz de mover minimamente as pernas conseguirá caminhar. Inconsistência é uma pista para o diagnóstico de transtorno funcional, a condição que faz os sintomas iludirem pela falsa sugestão de haver uma doença específica que não existe.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/luciano-melo/2020/09/nos-humanos-asvezes-somos-histericos.shtml. Acesso em: 27 fev. 2021.
Com base na relação entre o título e a progressão temática desse texto, considerando-se os dois casos apresentados, conclui-se que “nós humanos às vezes somos histéricos”
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MPM/Divulgação
Com base nos recursos verbais e não verbais utilizados na construção desse texto, conclui-se que o emprego dos parênteses
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Quem teve Covid deve aguardar para ser operado, aponta estudo
Pacientes que tenham sido diagnosticados com Covid-19 e que precisem fazer uma cirurgia, se possível, devem adiar os planos em pelo menos sete semanas. Esse é o período que leva para que a mortalidade em até 30 dias se equipare à de quem não teve a doença, de acordo com uma pesquisa que reuniu mais de 15 mil anestesistas e cirurgiões de 116 países, incluindo o Brasil.
A pesquisa, publicada este mês na revista científica Anaesthesia, constatou que pacientes operados que não tinham sido infectados pelo novo coronavírus tinham mortalidade de 1,5% após 30 dias. Por sua vez, aqueles operados entre zero e duas semanas morriam em 4,1% dos casos, praticamente a mesma cifra daqueles operados após três ou quatro semanas (3,9%).
Entre os infectados, o risco se mantém alto da quinta à sexta semana, em 3,6%, e só cai a partir da sétima, voltando ao patamar de 1,5%. Ao todo, informações de 140.231 cirurgias foram coletadas ao longo do mês de outubro de 2020 e analisadas pelo consórcio CovidSurg. Mesmo fazendo ajustes por idade, sexo e complexidade da cirurgia, a conclusão se manteve.
Com o risco de morte mais do que duas vezes no caso de quem teve diagnóstico de Covid-19 entre zero e seis semanas antes do procedimento, a conclusão dos autores não poderia ser outra a não ser recomendar o adiamento dessas cirurgias sempre que a situação permitir.
“Claro, há situações em que não se pode esperar, como, por exemplo, em certos pacientes com câncer. É uma questão de customizar. Em relação a uma doença benigna o risco de óbito chega ao dobro. E, às vezes, não dá para esperar sete semanas, sob risco de a doença progredir rapidamente. Aí a gente tenta postergar o máximo que for possível”, afirma Glauco Baiocchi Neto, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica e um dos coordenadores do estudo no Brasil.
ALVES, Gabriel. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2021/03/quemteve-covid-deve-aguardar-sete-semanas-para-ser-operado-aponta-estudo.shtml. Acesso em: 31 mar. 2021. [Fragmento adaptado]
De acordo com a pesquisa publicada na revista Anaesthesia,
Leia o texto a seguir.
Quem teve Covid deve aguardar para ser operado, aponta estudo
Pacientes que tenham sido diagnosticados com Covid-19 e que precisem fazer uma cirurgia, se possível, devem adiar os planos em pelo menos sete semanas. Esse é o período que leva para que a mortalidade em até 30 dias se equipare à de quem não teve a doença, de acordo com uma pesquisa que reuniu mais de 15 mil anestesistas e cirurgiões de 116 países, incluindo o Brasil.
A pesquisa, publicada este mês na revista científica Anaesthesia, constatou que pacientes operados que não tinham sido infectados pelo novo coronavírus tinham mortalidade de 1,5% após 30 dias. Por sua vez, aqueles operados entre zero e duas semanas morriam em 4,1% dos casos, praticamente a mesma cifra daqueles operados após três ou quatro semanas (3,9%).
Entre os infectados, o risco se mantém alto da quinta à sexta semana, em 3,6%, e só cai a partir da sétima, voltando ao patamar de 1,5%. Ao todo, informações de 140.231 cirurgias foram coletadas ao longo do mês de outubro de 2020 e analisadas pelo consórcio CovidSurg. Mesmo fazendo ajustes por idade, sexo e complexidade da cirurgia, a conclusão se manteve.
Com o risco de morte mais do que duas vezes no caso de quem teve diagnóstico de Covid-19 entre zero e seis semanas antes do procedimento, a conclusão dos autores não poderia ser outra a não ser recomendar o adiamento dessas cirurgias sempre que a situação permitir.
“Claro, há situações em que não se pode esperar, como, por exemplo, em certos pacientes com câncer. É uma questão de customizar. Em relação a uma doença benigna o risco de óbito chega ao dobro. E, às vezes, não dá para esperar sete semanas, sob risco de a doença progredir rapidamente. Aí a gente tenta postergar o máximo que for possível”, afirma Glauco Baiocchi Neto, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica e um dos coordenadores do estudo no Brasil.
ALVES, Gabriel. Disponível em:https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2021/03/quem-tevecovid-deve-aguardar-sete-semanas-para-ser-operado-aponta-estudo.shtml. Acesso em: 31 mar. 2021. [Fragmento adaptado]
De acordo com as regras de pontuação prescritas na Gramática Normativa da Língua Portuguesa, o emprego de vírgula no trecho destacado está incorretamente justificado em: