IFSudMinas 2015/1
45 Questões
Leia, atentamente, o texto para responder à questão.
TEXTO
Redução da idade penal: 'pérola' do popularismo penal
Tais como os abutres, aproveitam-‐se dos cadáveres das vítimas e da dor das suas famílias para defender soluções milagreiras
Pedro Montenegro
Todas as vezes em que ocorrem homicídios com o envolvimento de adolescentes reacende o debate acerca da redução da maior idade penal. As vozes rancorosas dos popularistas penais ecoam em generosos espaços da grande mídia, bradando pela redução da maior idade penal como sendo a salvação para a barbárie brasileira.
Ensina o festejado professor Eugenio Raúl Zaffaroni que o popularismo penal é uma demagogia que explora o sentimento de vingança das pessoas, mas, politicamente falando, é uma nova forma de autoritarismo. A violência aumenta porque aumentou a miséria. Os anos 1990 foram os anos do festival do mercado: os pobres ficaram mais pobres e alguns ricos, nem todos, mais ricos. Os mesmos autores dessa política de polarização da sociedade são os que hoje pedem mais repressão sobre os setores vulneráveis da população. Querem mais mortos e, entre os infratores e policiais, mais “guerra”. No final, eles são invulneráveis a essa violência. A “guerra” que pedem é a “guerra” entre pobres e/ou contra os pobres. Os males do popularismo penal são devastadores na vida social.
[...]
Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/sociedade/reducao-‐da-‐idade-‐penal-‐e-‐a-‐perola-‐do-‐popularismo-‐ penal/>. Acesso: 17/09/2014. Adaptado.
De acordo com o texto, a redução da idade penal é a “pérola” do popularismo penal porque:
Leia, atentamente, o texto para responder à questão.
TEXTO
Redução da idade penal: 'pérola' do popularismo penal
Tais como os abutres, aproveitam-‐se dos cadáveres das vítimas e da dor das suas famílias para defender soluções milagreiras
Pedro Montenegro
Todas as vezes em que ocorrem homicídios com o envolvimento de adolescentes reacende o debate acerca da redução da maior idade penal. As vozes rancorosas dos popularistas penais ecoam em generosos espaços da grande mídia, bradando pela redução da maior idade penal como sendo a salvação para a barbárie brasileira.
Ensina o festejado professor Eugenio Raúl Zaffaroni que o popularismo penal é uma demagogia que explora o sentimento de vingança das pessoas, mas, politicamente falando, é uma nova forma de autoritarismo. A violência aumenta porque aumentou a miséria. Os anos 1990 foram os anos do festival do mercado: os pobres ficaram mais pobres e alguns ricos, nem todos, mais ricos. Os mesmos autores dessa política de polarização da sociedade são os que hoje pedem mais repressão sobre os setores vulneráveis da população. Querem mais mortos e, entre os infratores e policiais, mais “guerra”. No final, eles são invulneráveis a essa violência. A “guerra” que pedem é a “guerra” entre pobres e/ou contra os pobres. Os males do popularismo penal são devastadores na vida social.
[...]
Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/sociedade/reducao-‐da-‐idade-‐penal-‐e-‐a-‐perola-‐do-‐popularismo-‐ penal/>. Acesso: 17/09/2014. Adaptado.
No trecho, “...o popularismo penal é uma demagogia que explora o sentimento de vingança das pessoas...”, pode-se inferir o seguinte significado para a palavra destacada:
Leia, atentamente, o texto para responder à questão.
TEXTO
Redução da idade penal: 'pérola' do popularismo penal
Tais como os abutres, aproveitam-‐se dos cadáveres das vítimas e da dor das suas famílias para defender soluções milagreiras
Pedro Montenegro
Todas as vezes em que ocorrem homicídios com o envolvimento de adolescentes reacende o debate acerca da redução da maior idade penal. As vozes rancorosas dos popularistas penais ecoam em generosos espaços da grande mídia, bradando pela redução da maior idade penal como sendo a salvação para a barbárie brasileira.
Ensina o festejado professor Eugenio Raúl Zaffaroni que o popularismo penal é uma demagogia que explora o sentimento de vingança das pessoas, mas, politicamente falando, é uma nova forma de autoritarismo. A violência aumenta porque aumentou a miséria. Os anos 1990 foram os anos do festival do mercado: os pobres ficaram mais pobres e alguns ricos, nem todos, mais ricos. Os mesmos autores dessa política de polarização da sociedade são os que hoje pedem mais repressão sobre os setores vulneráveis da população. Querem mais mortos e, entre os infratores e policiais, mais “guerra”. No final, eles são invulneráveis a essa violência. A “guerra” que pedem é a “guerra” entre pobres e/ou contra os pobres. Os males do popularismo penal são devastadores na vida social.
[...]
Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/sociedade/reducao-‐da-‐idade-‐penal-‐e-‐a-‐perola-‐do-‐popularismo-‐ penal/>. Acesso: 17/09/2014. Adaptado.
Em “No final, eles são invulneráveis a essa violência.”, a palavra destacada refere-se:
Assinale a alternativa em que a palavra destacada foi empregada em sentido figurado.
“Os anos 1990 foram os anos do festival do mercado: os pobres ficaram mais pobres e alguns ricos, nem todos, mais ricos.” (2º parágrafo)
A relação de sentido explícita entre as orações coordenadas assindéticas é de:
O texto refere‐se à questão.
TEXTO
O Sermão do Mandato
O primeiro remédio que dizíamos, é o tempo. Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba. Atreve-‐se o tempo a colunas de mármore, quanto mais a corações de cera! São as afeições como as vidas, que não há mais certo sinal de haverem de durar pouco, que terem durado muito. São como as linhas que partem do centro para a circunferência, que, quanto mais continuadas, tanto menos unidas. Por isso os antigos sabiamente pintaram o amor menino, porque não há amor tão robusto, que chegue a ser velho. De todos os instrumentos com que o armou a natureza o desarma o tempo. Afrouxa‐lhe o arco, com que já não tira, embota-lhe as setas, com que já não fere, abre‐lhe os olhos, com que vê o que não via, e faz-lhe crescer as asas, com que voa e foge. A razão natural de toda esta diferença, é porque o tempo tira a novidade às coisas, descobre-lhes os defeitos, enfastia-lhes o gosto, e basta que sejam usadas para não serem as mesmas. Gasta-se o ferro com o uso, quanto mais o amor? O mesmo amar é causa de não amar, e o ter amado muito, de amar menos.
VIEIRA, Antônio. Sermão do Mandato. In: Sermões. 8ª ed. Rio de Janeiro: Agir, 1980.
No trecho “...porque não há amor tão robusto, que chegue a ser velho.”, a palavra destacada exprime, no contexto, relação de: