Observe o texto abaixo:
Marque V (para verdadeiro) e F (para falso):
( ) Há erro, do ponto de vista gramatical, no emprego do artigo definido, em “O Will Smith”, pois tal emprego só é creditado como correto em discurso direto.
( ) O emprego do sinal da crase no “à” justifica-se por se tratar de uma contração da preposição “a” exigida pelo verbo “pedir”, com o artigo “a”, determinante do substantivo “Academia”.
( ) O emprego do “A”, maiúsculo, em “à Academia”, é inadequado, por ser esta palavra um substantivo comum, coletivo, concreto.
( ) As aspas, na fala de Will Smith, estão corretas, pois trata-se de uma citação da fala de outrem.
( ) Pontuando-se o trecho em pauta com vírgula após “Academia” e também após “Chris Rock”, haveria a possibilidade de interpretar-se o texto com mudança de sentido.
Assinale a alternativa que contém a sequência correta:
Há, sabemos, diversas técnicas de citação do discurso de outrem.
Dos trechos abaixo, todos do romance “Coivara da memória”, do escritor sergipano Francisco J. C. Dantas, assinale o único que NÃO segue os modelos tradicionais de discurso direto e indireto:
Leia as duas estrofes finais do poema “A flor e a náusea”, de Carlos Drummond de Andrade:
“Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.
Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da
| tarde
e lentamente passo a mão nessa forma insegura. Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se. Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico. É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.”
Analise as assertivas abaixo:
I. Há predominância de coordenação entre as orações, pois todas elas têm ausência de conectivo, e se fôssemos mentalmente imaginá-los, ainda assim seriam conectivos coordenativos.
II. A coordenação é o principal processo de montagem das orações nas estrofes citadas, mas não é o único, haja vista que podemos, por exemplo, imaginar o conectivo subordinativo “porque” entre a segunda e a primeira orações.
III. Do ponto de vista semântico, um conectivo possível, para ligar a última oração à sua antecedente, seria “tanto que”, o que justifica classificá-la como subordinada consecutiva.
IV. Pronomes possessivos, pronome demonstrativo, elipses, entre outros elementos, contribuem para a manutenção da coesão do excerto textual.
V. Há coesão entre todos os versos do texto, mas não coerência. Expressões como “galinhas em pânico” e “Furou o asfalto”, esta tendo como sujeito implícito “a flor”, tornam o texto de certa forma incoerente, pois uma flor não tem o poder de romper o asfalto.
Quanto às assertivas acima,
Observe a charge abaixo, divulgada em diversas mídias sociais.
Sobre ela, analise as assertivas abaixo:
I. Na pergunta, há um erro, do ponto de vista gramatical: a ausência do acento agudo (´) na palavra “doi”, uma vez que os ditongos abertos “ei”, “oi” e “eu”, nas oxítonas continuam recebendo acento, conforme o acordo ortográfico vigorando desde 2009.
II. Há um erro, na pergunta: o emprego de duas interrogações (??), pois essa duplicidade nada acrescenta, do ponto de vista semântico-pragmático, à sentença. O mesmo erro ocorre na resposta, com o emprego de duas exclamações (!!).
III. Há 3 (três) erros, do ponto de vista gramatical, na charge: o emprego duplo da interrogação, a exclamação duplicada e o emprego da inicial maiúscula em “Realidade”, pois esta palavra não é nome próprio.
IV. O humor, na charge em pauta, deriva da resposta, inaceitável, do ponto de vista pragmático, para a pergunta formulada, o que provoca a sensação de surpresa, tanto para o leitor, quanto para o primeiro locutor.
Após a observação das assertivas, conclui-se que
Observe o texto abaixo:
I. No primeiro quadrinho, há um erro, do ponto de vista gramatical, na forma verbal “veem”, pois, em se tratando da flexão do verbo “ver”, haveria necessidade de um acento circunflexo no primeiro “e”.
II. No terceiro quadrinho, não há erro no emprego do pronome “eu”, pois, segundo a gramática normativa, o sujeito do infinitivo derivado de verbos causativos (deixar, mandar, fazer) deve ser, quando pronominal, do caso reto.
III. O terceiro quadrinho revela uma crítica ácida ao sistema de consumo no Brasil, quando se denuncia a origem da pessoa pela roupa que ela veste, o que provoca uma crise de consciência no interlocutor.
IV. Do ponto de vista da gramática normativa, há 2 (dois) quadrinhos com erros gramaticais e 2 (dois) seguindo o padrão da norma culta.
Após a observação das assertivas, conclui-se que
Leia o texto a seguir:
O Lollapalooza responde à
Bolsonaro em nota:
"Informamos que não
conseguimos encontrar em lugar
algum um artista, intelectual,
músico ou banda de qualidade
que apoiasse o governo
Bolsonaro para estar no evento.
Também não conseguimos calar a
boca das milhares de pessoas,
att”,
Julgue as assertivas abaixo:
I. O emprego do sinal da crase no “à” de “à Bolsonaro” é inadequado, pois não se craseia, em nenhuma hipótese, artigo antes de nome próprio.
II. As aspas, no excerto acima, se justificam por tratarse de um discurso direto em que se evidencia a fala de outrem.
III. O excerto, não obstante correto quanto ao aspecto informacional, comete erro, do ponto de vista das gramáticas normativas, quanto à concordância nominal, em “as milhares de pessoas”.
IV. Por se tratar de um pleonasmo vicioso, constitui erro o emprego de “calar a boca”, mesmo em contextos informais.
Conclui-se que estão corretas apenas as assertivas: