Trecho I
Era uma velha sequinha que, doce e obstinada, não parecia compreender que estava só no mundo. Os olhos lacrimejavam sempre, as mãos repousavam sobre o vestido preto e opaco, velho documento de sua vida. No tecido já endurecido encontravam-se pequenas crostas de pão coladas pela baba que lhe ressurgia agora em lembrança do berço. (...) O corpo era pequeno, escuro, embora ela tivesse sido alta e clara. Tivera pai, mãe, marido, dois filhos. Todos aos poucos tinham morrido. Só ela restara com os olhos sujos e expectantes quase cobertos por um tênue veludo branco.
Clarice Lispector. Viagem a Petrópolis.
Trecho II
Por que Mocinha não dormiu na noite anterior? À ideia de uma viagem, no corpo endurecido o coração se desenferrujava todo seco e descompassado, como se ela tivesse engolido uma pílula grande sem água. Em certos momentos nem podia respirar.
Idem.
Considerando esses trechos do conto Viagem a Petrópolis, de Clarice Lispector, e a partir do entendimento de que a ansiedade, conforme demonstrada no trecho II, provoca diversas alterações fisiológicas, julgue o item.
O átrio direito do coração humano
Trecho I
Era uma velha sequinha que, doce e obstinada, não parecia compreender que estava só no mundo. Os olhos lacrimejavam sempre, as mãos repousavam sobre o vestido preto e opaco, velho documento de sua vida. No tecido já endurecido encontravam-se pequenas crostas de pão coladas pela baba que lhe ressurgia agora em lembrança do berço. (...) O corpo era pequeno, escuro, embora ela tivesse sido alta e clara. Tivera pai, mãe, marido, dois filhos. Todos aos poucos tinham morrido. Só ela restara com os olhos sujos e expectantes quase cobertos por um tênue veludo branco.
Clarice Lispector. Viagem a Petrópolis.
Trecho II
Por que Mocinha não dormiu na noite anterior? À ideia de uma viagem, no corpo endurecido o coração se desenferrujava todo seco e descompassado, como se ela tivesse engolido uma pílula grande sem água. Em certos momentos nem podia respirar.
Idem.
Considerando esses trechos do conto Viagem a Petrópolis, de Clarice Lispector, e a partir do entendimento de que a ansiedade, conforme demonstrada no trecho II, provoca diversas alterações fisiológicas, julgue o item.
Uma forte emoção faz com que o sistema nervoso estimule a glândula suprarrenal a liberar adrenalina.
Trecho I
Era uma velha sequinha que, doce e obstinada, não parecia compreender que estava só no mundo. Os olhos lacrimejavam sempre, as mãos repousavam sobre o vestido preto e opaco, velho documento de sua vida. No tecido já endurecido encontravam-se pequenas crostas de pão coladas pela baba que lhe ressurgia agora em lembrança do berço. (...) O corpo era pequeno, escuro, embora ela tivesse sido alta e clara. Tivera pai, mãe, marido, dois filhos. Todos aos poucos tinham morrido. Só ela restara com os olhos sujos e expectantes quase cobertos por um tênue veludo branco.
Clarice Lispector. Viagem a Petrópolis.
Trecho II
Por que Mocinha não dormiu na noite anterior? À ideia de uma viagem, no corpo endurecido o coração se desenferrujava todo seco e descompassado, como se ela tivesse engolido uma pílula grande sem água. Em certos momentos nem podia respirar.
Idem.
Considerando esses trechos do conto Viagem a Petrópolis, de Clarice Lispector, e a partir do entendimento de que a ansiedade, conforme demonstrada no trecho II, provoca diversas alterações fisiológicas, julgue o item.
A contração do diafragma e da musculatura intercostal faz que saia ar dos pulmões.
Trecho I
Era uma velha sequinha que, doce e obstinada, não parecia compreender que estava só no mundo. Os olhos lacrimejavam sempre, as mãos repousavam sobre o vestido preto e opaco, velho documento de sua vida. No tecido já endurecido encontravam-se pequenas crostas de pão coladas pela baba que lhe ressurgia agora em lembrança do berço. (...) O corpo era pequeno, escuro, embora ela tivesse sido alta e clara. Tivera pai, mãe, marido, dois filhos. Todos aos poucos tinham morrido. Só ela restara com os olhos sujos e expectantes quase cobertos por um tênue veludo branco.
Clarice Lispector. Viagem a Petrópolis.
Trecho II
Por que Mocinha não dormiu na noite anterior? À ideia de uma viagem, no corpo endurecido o coração se desenferrujava todo seco e descompassado, como se ela tivesse engolido uma pílula grande sem água. Em certos momentos nem podia respirar.
Idem.
Considerando esses trechos do conto Viagem a Petrópolis, de Clarice Lispector, e a partir do entendimento de que a ansiedade, conforme demonstrada no trecho II, provoca diversas alterações fisiológicas, julgue o item.
A contração muscular ocorre porque os íons Ca2+ espalham-se pelo citosol, o que provoca a contração das miofibrilas.
O morcego
Meia-noite. Ao meu quarto me recolho.
Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede:
Na bruta ardência orgânica da sede,
Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.
[5] “Vou mandar levantar outra parede ...”
— Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho
E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho,
Circularmente sobre a minha rede!
Pego de um pau. Esforços faço. Chego
[10] A tocá-lo. Minh’alma se concentra.
Que ventre produziu tão feio parto?!
A Consciência Humana é este morcego!
Por mais que a gente faça, à noite, ele entra
Imperceptivelmente em nosso quarto!
Augusto dos Anjos. Internet: dominiopublico.gov.br.
No poema O morcego, Augusto dos Anjos retrata o morcego como uma criatura feia, que causa medo aos humanos; no entanto, o morcego é um exemplo da diversidade dos mamíferos e de sua especialização. Considerando esse poema bem como aspectos relacionados ao morcego e à evolução, julgue o item.
O lamarckismo defende a seleção natural como base do processo evolutivo.
O morcego
Meia-noite. Ao meu quarto me recolho.
Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede:
Na bruta ardência orgânica da sede,
Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.
[5] “Vou mandar levantar outra parede ...”
— Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho
E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho,
Circularmente sobre a minha rede!
Pego de um pau. Esforços faço. Chego
[10] A tocá-lo. Minh’alma se concentra.
Que ventre produziu tão feio parto?!
A Consciência Humana é este morcego!
Por mais que a gente faça, à noite, ele entra
Imperceptivelmente em nosso quarto!
Augusto dos Anjos. Internet: dominiopublico.gov.br.
No poema O morcego, Augusto dos Anjos retrata o morcego como uma criatura feia, que causa medo aos humanos; no entanto, o morcego é um exemplo da diversidade dos mamíferos e de sua especialização. Considerando esse poema bem como aspectos relacionados ao morcego e à evolução, julgue o item.
A estrutura óssea da asa do morcego é semelhante às do braço e da mão humanos, o que constitui uma evidência de que morcegos e seres humanos descendem de uma espécie ancestral comum.