De Seattle a Porto Alegre, contramovimentos espontâneos estariam emergindo pragmaticamente na esteira da nova onda de mercantilização causada pela globalização. Assim, somados, o aumento da feminilização, as diferentes formas de flexibilização e o aumento da informalidade verificados em escala global serviriam para aproximar objetivamente os interesses do proletariado do norte e sul globalizados, possibilitando uma retomada do processo de internacionalização das práticas solidárias.
BRAGA, R. A rebeldia do precariado: trabalho e neoliberalismo no sul global. São Paulo: Boitempo, 2017 (adaptado).
A unificação da pauta dos movimentos sociais internacionais, descrita no texto, tem como principal objetivo:
Ao longo da história, os movimentos sociais são produtores de novos valores e objetivos, criando novas normas para organizar a vida social. Os movimentos sociais exercem o contrapoder construindo-se mediante um processo de comunicação autônoma, livre do controle dos que detêm o poder institucional.
CASTELLS, M. Redes da indignação e esperança. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2013 (adaptado).
O contrapoder indicado no texto se expressa na
Há quinze anos, a média de cana cortada era de seis toneladas por trabalhador por dia. Hoje, os trabalhadores cortam dez toneladas. Intensificou-se o ritmo da jornada de trabalho para que o trabalhador seja competitivo. A referência dele passou a ser a máquina. As usinas, para terem um trabalhador com esse perfil, não podem tratar- -lhes como os migrantes de antigamente. Ele precisa de uma comida especial. Então, melhorou o padrão de alimentação. Precisa de descanso especial, por isso os alojamentos foram melhorados.
O paradoxo no mundo do trabalho. Disponível em: http://amaivos.uol.com.br. Acesso em: 19 maio 2013 (adaptado).
Na perspectiva apresentada no texto, as melhorias das condições de vida do trabalhador são explicadas pelo(a)
O mundo da produção material e do trabalho na contemporaneidade é cada vez mais marcado pela especialização flexível, isto é, pela assimilação da tecnologia da informação à atividade produtiva e pela adaptação da força de trabalho a essas novas circunstâncias. A flexibilidade possibilita a satisfação das demandas de grupos de consumidores cada vez mais diferenciados no mercado de massa. A reorganização produtiva do capitalismo permite diversificar produtos para nichos de mercado cada vez mais específicos.
FRIDMAN, L. C. Vertigens pós-modernas: configurações institucionais contemporâneas. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2000 (adaptado).
Sobre a flexibilidade, o ponto de vista apresentado no texto tem como fundamento uma
A charge, publicada em 1907, concorda com a ação do Estado ao considerar, preconceituosamente, determinada ocupação do espaço urbano como um
TEXTO I
Em suma, todos os elementos apresentados levam a encarar um banco central independente como um arranjo capaz de isolar a política monetária da política. O banco central é posto como uma entidade apolítica, com o alvo único de manutenção da estabilidade de preços, dado que possui maior aversão à inflação que a média da sociedade. A delegação da responsabilidade da formulação da política monetária a um banco central independente significa que o governo abre mão de um conjunto de instrumentos sob o qual a estabilidade de preços poderia ser sacrificada em detrimento de outros alvos.
GODIN. P. R. Prós e contras da autonomia do Banco Central. Disponível em: www.uninter.com. Acesso em: 6 out. 2021 (adaptado).
TEXTO II
Surgiu um grande debate nos últimos dias por conta da votação sobre a autonomia do Banco Central. Essa autonomia já vem sendo pensada há algum tempo, mas agora foi votada. A ideia central, segundo defensores, é “blindar” o Bacen de ser capturado pelos interesses governamentais. Além disso, para os defensores, essa autonomia é fundamental para melhorar o investimento externo e a percepção do que é feito dentro do Brasil, pois pode ajudar a controlar a inflação. Entretanto, esse argumento pode ser questionável já que, independentemente de o Bacen ter uma atuação mais ou menos conservadora, não significa necessariamente que não prejudicará os trabalhadores, as políticas de emprego e renda e de crédito mais acessível. Isso ocorre pois o que é bom para o mercado financeiro não necessariamente será bom para o restante da população.
BORGES, Y. F. F. Independência do Banco Central: teoria e prática. Disponível em: https://sapientia.pucsp.br. Acesso em: 6 out. 2021 (adaptado)
Os textos, mesmo apresentando distintos pontos de vista, se fundamentam na seguinte característica de um Banco Central autônomo/independente: