O surto de peste bubônica em 1348, após mais de meio milênio de intervalo, não poderia ter ocorrido em momento pior. A peste bubônica de 1348-1352 provavelmente reduziu a população da França em 30 a 40%. Paris perdeu talvez cinquenta mil pessoas. Embora a cidade tenha inicialmente se recuperado, o crescimento populacional foi interrompido por outras epidemias importantes na década de 1360, e de novo em 1374 e em 1400. [...] Como se isso não bastasse, outras doenças epidêmicas ceifaram muitas vidas, por exemplo: tac (caxumba) em 1414, escarlatina em 1418, dando (gripe) em 1427 e varíola em 1438.
COLIN, Jones. Paris: biografia de uma cidade. Porto Alegre: L&PM, 2013, p. 96. Adaptado.
A ocorrência de epidemias foi frequente durante a Idade Média. A alta mortalidade limitava o crescimento populacional e as atividades econômicas.
A constância das epidemias no período estava relacionada à
César, além de ter reescrito o calendário, também se tornou parte dele. Talvez tenha sido apenas depois do seu assassinato que o mês Quintilis foi renomeado Julius, nosso julho, em sua homenagem; os escritores romanos nem sempre deixam a cronologia clara. Mas foram honras pretensiosas dessa natureza, votadas durante o seu tempo de vida, por um congresso complacente, combinadas com o fato de ter encampado de maneira mais ou menos oficial os processos democráticos, o que provocou a oposição mortífera. Tais coisas foram muito além da cunhagem de sua cabeça nas moedas. [...] Ao que parece foram prometidos também templos e um sacerdócio em sua homenagem, e sua estátua foi colocada em todos os templos de Roma. Havia planos de decorar sua residência particular com um frontão triangular, para dar-lhe um aspecto de templo, o lar de um deus.
BEARD, Mary. SPQR: uma história da Roma Antiga. São Paulo: Planeta, 2017, pp. 348-349. Adaptado.
A ascensão de Júlio César ao poder representou um novo momento para história romana.
A resistência dos senadores à expansão do poder de César e as homenagens ao líder representavam
Os muçulmanos desembarcaram na península Ibérica em 711, onde permaneceram, em distintas regiões, até 1492. Introduziram inovadoras técnicas agrícolas, desenvolveram as atividades comerciais, cunharam moedas, construíram estradas e edificaram cidades que foram autênticos símbolos da riqueza da sociedade urbana andaluza, como Granada, Sevilha, Córdoba e Toledo. A longa permanência dos conquistadores muçulmanos deixaria marcas definitivas no Ocidente
YAZBEK, Mustafa. A Espanha muçulmana. São Paulo: Ática, 1987. Adaptado.
A cultura muçulmana, presente na península Ibérica desde o século VIII, agiu no Ocidente como uma força sintetizadora, levando para as regiões conquistadas o que havia de mais significativo no conhecimento árabe, chinês, indiano e grego.
Sobre a herança deixada pelos islâmicos medievais para a cultura ocidental, leia as afirmativas abaixo.
I. Introduziram no Ocidente os algarismos hindus, hoje chamados arábicos, desenvolveram a álgebra e a astronomia.
II. Imortalizaram nomes como os dos médicos e filósofos Averróis e Avicena, sendo que este teve sua obra enciclopédica utilizada durante muito tempo nas escolas europeias de Medicina.
III. Traduziram e difundiram o conhecimento clássico grego, recuperando e entregando aos europeus da Idade Média, um vasto saber.
IV. As divisões sociais e religiosas estabelecidas pelos muçulmanos na península Ibérica medieval impediram que o conhecimento científico lá produzido se propagasse pelas demais regiões da Europa.
Está CORRETO o que se afirma em:
Minas Gerais nunca foi apenas a mineração. Se o principal da fisionomia produtiva da Capitania é marcado pela mineração do ouro e dos diamantes, a região também acolheu atividades manufatureiras e comerciais e extensa pecuária. Não se deduza daí que a mineração deva ser secundarizada na história de Minas, mas sim que tenha sido uma atividade nuclear, decisiva, responsável pela especificidade do processo de constituição histórica da região.
PAULA, José Antonio de. “A mineração de ouro em Minas Gerais no século XVIII”, in RESENDE, Maria E. L. de e VILLALTA, Luiz C. História de Minas Gerais. Vol. I. Belo Horizonte: Autêntica Editora, Companhia do Tempo, 2007, p.279. Adaptado.
Dentre os fatores que determinaram o desenvolvimento, em Minas Gerais, de uma estrutura urbana e de uma vida política e cultural, responsáveis pela “especificidade do processo de constituição” da região está(ão):
A importância da descoberta da América repousa não nos metais preciosos que ela forneceu, mas no novo e inesgotável mercado que propiciou às mercadorias europeias. Um de seus efeitos principais foi o de ‘elevar o sistema mercantil a um grau de esplendor e glória que de outro modo nunca teria sido alcançado’. O comércio mundial alcançou um crescimento sem precedentes.
WILLIAMS, Eric. Capitalismo e escravidão. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p. 89.
No século XVIII, a Inglaterra era o maior império colonial de então, dominando o tráfico de escravizados e explorando suas colônias na África e na América, por meio do comércio triangular.
Esse sistema estimulava três vezes as manufaturas britânicas pois
Foi na segunda metade do século XIX, especialmente depois da proibição do tráfico, em 1850, que o debate sobre a abolição da escravidão se intensificou no Brasil. [...] A movimentação dos escravos teve repercussão política e influenciou decisivamente o processo da abolição. [...] Diante desse quadro de tensões crescentes, a princesa regente promulgou a Lei de 13 de Maio de 1888, que extinguiu em definitivo a escravidão no Brasil. Com dois artigos apenas, a lei colocava fim a uma instituição de mais de três séculos. Por ela os senhores não seriam indenizados, nem se cogitou qualquer forma de reparação aos ex-escravos. Entretanto, a escravidão foi extinta no auge de um movimento popular de grandes proporções.
ALBUQUERQUE, WLAMYRA R. e FILHO, Walter F. Uma história do negro no Brasil. Salvador, Brasília: Centro de Estudos Afro-Orientais, Fundação Cultural Palmares, 2006, p. 194. Adaptado
Sobre o protagonismo dos negros no processo de abolição da escravidão e a figura da princesa Isabel na memória deste período, leia as afirmativas abaixo:
I. Os escravizados tomaram iniciativas que aceleraram o fim da escravidão, como as fugas, a formação de quilombos e a rebeldia cotidiana.
II. A partir da década de 1980, os movimentos sociais negros passaram a questionar a versão oficial da Abolição que exaltava muito mais a bondade e a caridade da princesa Isabel do que a luta dos escravizados para conquistar a liberdade.
III. Com o objetivo de resgatar o espírito de luta e enaltecer a resistência, as organizações negras passaram a exaltar o 13 de maio, pois a data era importante para irmandades religiosas, cultos afrobrasileiros e comunidades quilombolas, dentre outros grupos.
IV. Depois do centenário da Abolição, diversos grupos do movimento negro passaram a incorporar o 13 de maio ao calendário das discussões sobre racismo no Brasil e o 20 de Novembro, data da morte de Zumbi de Palmares, foi instituído como Dia Nacional da Consciência Negra.
Está CORRETO o que se afirma em: