“Já não tínhamos mais nem pão para comermos apenas o polvo impregnado de morcegos, que tinham lhe devorado toda a substância e que tinham um fedor insuportável por estar empapado em urina de rato. A água que nos víamos forçados a tomar era igualmente pútrida e fedorenta. Para não morrer de fome, chegamos ao ponto crítico de comer pedaços de couro com que se havia coberto o mastro maior, para impedir que a madeira roçasse as cordas. (...)
Relato do espanhol Antônio Pigafetta, integrante da expedição marítima comandada por Fernão de Magalhães no século XVI.
Fonte: AMADO, Janaina GARCIA, Leonidas Franca. Navegar é preciso. São Paulo: Atual, 1989. P. 33, 34.
O relato acima, associado ao imaginário do expansionismo marítimo da época moderna, expressa:
Os índios existiram apenas no Brasil Colônia? Essa prosaica pergunta de uma criança de 6 anos, merece uma aula inteira. (...) não só não desapareceram, como também não ficaram no passado. (...) Existem hoje, quase 250 etnias distintas, que falam seus dialetos próprios e tentam salvaguardar os seus elementos culturais (...).
Fonte: CASTRO, E. M. Aprendendo história indígena no Brasil atual. Rio de Janeiro, Edurj. 2014.
A partir do contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta por elas.
Considerar as populações indígenas como coisa do passado é uma forma de ignorar seus aspectos culturais e não reconhecer sua capacidade de adaptabilidade como qualquer outro povo.
PORQUE
Existe uma grande diversidade étnica entre os chamados índios, que lutam para sobreviver e se adaptar física e culturalmente nos tempos atuais.
Marque:
Pensem nas crianças mudas telepáticas
Pensem nas meninas cegas inexatas
Pensem nas mulheres rotas alteradas.
Pensem nas feridas como rosas cálidas
Mas oh! não se esqueçam da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária. A rosa radioativa estúpida inválida
A rosa com cirrose, a anti-rosa atômica
Sem cor, sem perfume, sem rosa, sem nada
(Conrad e Vinícius de Morais)
Fonte: www.letras.mus.br/vinicius-de-morais/49279/acesso 26/09/2015
O texto acima:
“No Ocidente Medieval, a unidade de trabalho é o dia (...) definido pela referência mutável ao tempo atual, do levantar ao pôr do sol. (...) O tempo do trabalho é o tempo de uma economia ainda dominada pelos ritmos agrários, sem pressas, sem preocupações de exatidão, sem inquietações de produtividade”.
Fonte: LE GOFF, Jacques. O tempo do trabalho na crise do século XIV. São Paulo: Cia. das Letras, 2001.
“Na verdade não havia horas regulares: patrões e administradores faziam conosco o que queriam. Normalmente os relógios das fábricas eram adiantados pela manhã e atrasados à tarde e em lugar de serem instrumentos de medida do tempo eram utilizados para o engano e a opressão”.
(Depoimento de um menino operário de Dundee, 1887)
Fonte: DEANE, Phyllis. A Revolução Industrial: Zahar, 1979 (Adaptado)
As formas como os documentos retratam as diferentes organizações do tempo e do trabalho explicitam que