Quando os espanhóis chegaram à América, estava em seu apogeu o império teocrático dos Incas, que estendia seu poder sobre o que hoje chamamos Peru, Bolívia e Equador, abarcava parte da Colômbia e do Chile e alcançava até o norte argentino e a selva brasileira; a confederação dos Astecas tinha conquistado um alto nível de eficiência no vale do México, e no Yucatán, na América Central, a esplêndida civilização dos Maias persistia nos povos herdeiros, organizados para o trabalho e para a guerra. Os Maias tinham sido grandes astrônomos, mediram o tempo e o espaço com assombrosa precisão, e tinham descoberto o valor do número zero antes de qualquer povo da história. No museu de Lima, podem ser vistos centenas de crânios que receberam placas de ouro e prata por parte dos cirurgiões Incas.
SALEANO, E Às veias abertas da América Latina. Porto Alegra L&PM 2012
As sociedades mencionadas deixaram como legado uma diversidade de
Para os Impérios Coloniais, o problema das doenças que atingiam os escravos era algo com que cotidianamente deparavam os senhores. Em vista disso, uma série de obras dedicadas à administração de escravos foi publicada com vista a implementar uma moderna gestão da mão de obra escravista em convergência com o Iluminismo. Nesse contexto, o saber médico adquiria um papel extremamente relevante. Este era encarado como um instrumento fundamental ao desenvolvimento colonial, dada a percepção do impacto que as doenças tropicais causavam na população branca e nos povos escravizados.
ABREU, J L N A Colônia enferma s a saude dos povos: a medicina das “luzes e as informações sobra as enfermidades da América portuguesa. História, Ciências, Saúde - Manguinhos, n. 3, jul.-set. 2007 (adaptado)
De acordo com o texto, a importância da medicina se justifica no âmbito dos objetivos
A história do Primeiro de Maio de 1890 — na França e na Europa, o primeiro de todos os Primeiros de Maio — é, sob vários aspectos, exemplar. Resultante de um ato político deliberado, essa manifestação ilustra o lado voluntário da construção de uma classe — a classe operária — à qual os socialistas tentam dar uma unidade política e cultural através daquela pedagogia da festa cujo princípio, eficácia e limites há muito tempo tinham sido experimentados pela Revolução Francesa.
PERROT M Os excluídos da história operários, mulheres e prisioneiros, Ro de Janero Paz e Terra. 1988
Com base no texto, a fixação dessa data comemorativa tinha por objetivo
O número cada vez maior de mulheres letradase interessadas pela literatura e pelas novelas, muitas divulgadas em capítulos, seções, classificadas comumente como folhetim, alçou a um gênero de ficção corrente já em 1840, fazendo parte do florescimento da literatura nacional brasileira, instigando a formação e a ampliação de um público leitor feminino, ávido por novidades, pelo apelo dos folhetins e “narrativas modernas” que encenavam “os dramas e os conflitos de uma mulher em processo de transformação patriarcal e provinciana que, progressivamente, começava a se abrir para modernizar seus costumes”. No Segundo Reinado, as mulheres foram se tornando público determinante na construção da literatura e da imprensa nacional. E não apenas público, porquanto crescerá o número de escritoras que colaboram para isso e emergirá uma imprensa feminina, editada, escrita e dirigida por e para mulheres.
ABRANTES, A Do álbum de familia à vitrine impressa; trajetos de retratos (PB, 1920), Revista Temas em Educação, r. 24, 2015 (adaptado)
O registro das atividades descritas associa a inserção da figura feminina nos espaços de leitura e escrita do Segundo Reinado ao(à)
Os caixeiros do comércio a retalho do Rio de Janeiro estiveram entre as primeiras categorias de trabalhadores a se organizar em associações e a exigir a intervenção dos poderes públicos na mediação de suas lutas por
direitos. Na década de 1880, os caixeiros participaram da arena politica e ganharam as ruas com vários outros, como os republicanos e os abolicionistas.
POPINIGIS, F. “Todas as liberdades são irmãs”: 05 caixeiros e as lutas dos trabalhadores por direitos entra o Império e a República. Estudos Históricos, n 58, set «dez 2016 (adaptado).
A atuação dos trabalhadores mencionados no texto representou, na capital do Império, um momento de
TEXTO I
Manda o Santo Ofício da Inquisição que ninguém, Seja qual for seu estado, idade ou condição, pare com carroça, caleça ou montaria nem atrapalhe com mesas “Ou cadeiras O centro das ruas, que vão da Inquisição a "São Domingos, nem atravesse a procissão em ponto “algum da ida ou da volta, amanhã, 19 do corrente, em “Que se celebrará auto de fé. E também que nem nesse dia nem nos dos açoites ouse alguém atirar nos réus maçãs, pedras, laranjas nem outra coisa qualquer.
PA-MA, R. Anais da Inquisição da Lima. São Paulo: Edusp Giordano, 1992 (adaptado)
TEXTO II
Como acontece em todos os ritos, o sentido do auto da fé é conferido pela sequência dos atos que o compõem. Os lugares, as posturas, os gestos, as palavras são fixados previamente em toda a sua complexidade. Por isso, 0 auto da fé apresenta momentos fortes — durante a preparação, a encenação, o ato e a recepção — que convém seguir em seus pormenores.
BETHENCOURT F. História das Inquisições: Portugal, Espanha e Itália — séculos XV-XIX. São Paulo: Cia. das Letras. 2000.
O rito mencionado nos textos demonstra a capacidade da Igreja em