Leia a matéria jornalística sobre caso de racismo, sofrido por expoente jogador de futebol, no Rio de Janeiro.
Gabigol depõe ao TJD e diz que não pretende deixar caso de racismo passar impune.
O jogador do Flamengo Gabriel Barbosa, o Gabigol, prestou depoimento de forma virtual ao Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ), na tarde desta sexta-feira (18), no inquérito que investiga as ofensas racistas contra o jogador. O atleta falou por cerca de uma hora, se mostrou indignado e afirmou que não pretende deixar o caso passar impune. No depoimento, ao qual a CNN teve acesso, Gabigol narrou os fatos ocorridos na partida, realizada no dia 6 de fevereiro, contra o Fluminense, no estádio Nilton Santos, o Engenhão. Ele disse que “no intervalo da partida, ainda em direção ao túnel que dá acesso ao vestiário, ouviu diversos xingamentos e palavras ofensivas, em especial gritos de ‘macaco”, direcionados a ele.
https://www.cnnbrasil.com.br/esporte/gabigol-depoe-ao-tjd-e-diz-que-nao-pretende-deixar-caso-de-racismo-passar-impune
Ao relacionar o caso recente de racismo, apresentado na matéria jornalística, à interpretação do sociólogo Florestan Fernandes de que a sociedade brasileira não se configura como uma democracia racial, é correto afirmar que
Leia o seguinte fragmento para responder a questão.
Custou a ir à cidade: quando foi demorou-se algumas semanas, e quando chegou, entregou a meu pai uma folha de papel escrita, dizendo-lhe:
– Toma, e guarda, com cuidado, é a carta de liberdade de Joana. Meu pai não sabia ler, de agradecido beijou as mãos daquela fera. Abraçou-me, chorou de alegria, e guardou a suposta carta de liberdade.
Então furtivamente eu comecei a aprender a ler, com um escravo mulato, e a viver com alguma liberdade.
Isso durou dois anos. Meu pai morreu de repente, e, no dia imediato, meu senhor disse a minha mãe:
– Joana que vá para o serviço, tem já sete anos, e eu não admito escrava vadia.
Minha mãe, surpresa e confundida, cumpriu a ordem sem articular uma palavra.
Nunca a meu pai passou pela ideia, que aquela suposta carta de liberdade era uma fraude; nunca deu a ler a ninguém; mas, minha mãe, à vista do rigor de semelhante ordem, tomou o papel, e deu-o a ler, àquele que me dava as lições. Ah! Eram umas quatro palavras sem nexo, sem assinatura, sem data! Eu também a li, quando caiu das mãos do mulato. Minha pobre mãe deu um grito, e caiu estrebuchando.
Reis, Maria Firmina dos, 1825-1917. Úrsula e outras obras [recurso eletrônico] / Maria Firmina dos Reis. – Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2018. – (Série prazer de ler; n. 11 e-book).
Os discursos sexista e escravocrata, manifestações da sociedade patriarcal, denunciadas por Maria Firmina, em A Escrava, se fazem representados no trecho
Para Hannah Arendt, o racismo é o fenômeno de fortalecimento da ideologia política do imperialismo europeu do século XVIII até o século XX, confirmado, principalmente, pela corrida territorial europeia para África. Esse predomínio da raça branca no território africano foi fundamentado a partir da utilização de teorias científicas que justificassem a aplicação da política imperialista e totalitarista na prescrição de uma ideologia supremacista.
A relação darwinismo e racismo, segundo Hannah Arendt, foi produzida, a partir da contribuição da teoria do darwinismo que
A filósofa americana Angela Davis, discípula de Theodor Adorno e de Herbert Marcuse, desenvolveu uma filosofia prática para a transformação da realidade pela militância no combate às injustiças, principalmente, ao racismo aplicado às mulheres negras, constituído pelo capitalismo que produz um sistema discriminatório negativo a esse grupo.
O pensamento feminista de Angela Davis está contemplado na seguinte assertiva:
Segundo Silvio Almeida, em O que é Racismo estrutural?, existem três aspectos do racismo: o individual, o institucional e o estrutural. O racismo individual são atos efetivados pelos indivíduos que discriminam outras pessoas de raça diferente; o racismo institucional é a discriminação racial de instituições privadas e públicas dominadas por um tipo de raça, em ambiente institucional, no qual o poder de um grupo persevera; o racismo estrutural já é mais abrangente, caracterizando-se por uma sociedade que tem toda sua estrutura social, pessoas e instituições, de modo a privilegiar, apenas, uma classe.
A relação adequada entre tipo de racismo e a situação de discriminação é a seguinte:
O Tambor de Crioula do Maranhão é uma forma de expressão de matriz afro-brasileira que envolve dança circular, canto e percussão de tambores. Seja ao ar livre, nas praças, no interior de terreiros, ou associado a outros eventos e manifestações. [...] Reconhecido em 2007 como Patrimônio Imaterial da Cultura Brasileira pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). [...] Trazida para o estado por escravizados de diversas regiões africanas nos séculos XVIII e XIX, como divertimento ou uma forma de louvor e de pagar promessa a São Benedito. Ao ser reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, pelo Iphan, o Tambor de Crioula conquistou um lugar de destaque, dentre as expressões culturais brasileiras.
https://portalcapoeira.com/geral/cultura-e-cidadania/tambor-de-crioula-do-maranhao-e-reconhecido-como-patrimonio-imaterial/
Essa manifestação cultural maranhense foi reconhecida como cultura imaterial por