Crianças são as principais vítimas da crise
Mais de 17 milhões de brasileiros até 14 anos de idade sobreviveram em 2020 abaixo da linha de pobreza, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nesse contingente equivalente a 38,6% da população nessa faixa etária , 3,9 milhões estavam em situação extrema, a de miséria. Além dos mais jovens, a pobreza atinge com mais força as pessoas de cor preta ou parda. São quase três vezes mais negros do que brancos na extrema pobreza. Cerca de 8,8 milhões abaixo da linha de miséria são pretos ou pardos, o que representa quase 75% do total de pessoas nessa condição. Os brancos na miséria, em 2020, totalizavam 3,2 milhões. Entre os brasileiros abaixo da linha de pobreza, 36,8 milhões eram negros, enquanto os brancos somavam quase 13,6 milhões.
Internet: economia.uol.com.br (com adaptações).
Programas sociais que priorizem o combate à exclusão social da população negra não se justificam, na medida em que há também brancos em situação de exclusão.
O Brasil não tem sorte com seus centenários. O primeiro, em 1922, teve de conviver com os restos da devastação causada pela gripe espanhola, chegada ao país em 1918. O ano foi ainda marcado pela primeira revolta tenentista e pela decretação do estado de sítio. O segundo centenário, a ocorrer neste ano, virá na cauda de outra pandemia. As mudanças nesses 200 anos foram enormes. No entanto, os analistas que se encarregaram do tema de nossa trajetória reconhecem que há mais continuidades do que rupturas.
José Murilo de Carvalho. 200 anos de Brasil: pouco a celebrar, muito a questionar. In: O Estado de S. Paulo, 1.º/1/2022, p. D20 (com adaptações).
Infere-se do texto que, em dois séculos de vida nacional independente, não foi expressiva a transformação ocorrida no país: mantiveram-se a economia agroexportadora, a baixa taxa de urbanização e o pequeno acesso à educação, embora se tenha reduzido significativamente o problema da desigualdade.
O Brasil não tem sorte com seus centenários. O primeiro, em 1922, teve de conviver com os restos da devastação causada pela gripe espanhola, chegada ao país em 1918. O ano foi ainda marcado pela primeira revolta tenentista e pela decretação do estado de sítio. O segundo centenário, a ocorrer neste ano, virá na cauda de outra pandemia. As mudanças nesses 200 anos foram enormes. No entanto, os analistas que se encarregaram do tema de nossa trajetória reconhecem que há mais continuidades do que rupturas.
José Murilo de Carvalho. 200 anos de Brasil: pouco a celebrar, muito a questionar. In: O Estado de S. Paulo, 1.º/1/2022, p. D20 (com adaptações).
A partir do Estado Novo e da Segunda Guerra Mundial, o Brasil avançou na industrialização e na acelerada urbanização, tendo vivenciado, entre 1946 e 1964, significativa experiência democrática, ainda que acompanhada de diversas crises políticas.
Os indígenas macuxi radicados em Roraima contam que o kanaimé pode transformar-se em diferentes animais e ser um predador mortal. A série A Guerra dos Kanaimés 1 (2020), do artista macuxi Jaider Esbell, evoca a ideia de espíritos que provocam a morte de quem os encontra e projeta essa ideia sobre os conflitos contemporâneos vividos pelo seu povo, confrontado por ofensivas que visam explorar predatoriamente as suas terras.
Internet: 34.bienal.org.br/artistas/ (com adaptações).
O artista utiliza a figura do kanaimé para personificar seu povo e sua força nas ações de resistência às investidas colonizadoras contra a etnia macuxi.
Como visitante e fora da lista de artistas convidados, Denilson Baniwa realizou uma performance na Bienal de São Paulo de 2018. Ele circulou pelo espaço expositivo com máscara e manto de onça, evocando cantos. Comprou um livro sobre a história da arte na livraria e, enquanto rasgava o livro comprado, fez um discurso-manifesto, declarando que a arte mantém os indígenas presos no passado, sem direito a um futuro.
Internet: enciclopedia.itaucultural.org.br (com adaptações).
As obras de Denilson Baniwa e de Jean-Baptiste Debret revelam a miscigenação cultural dos povos que constituíram a população brasileira.
Áreas de risco são regiões muito sujeitas a desastres naturais, como desabamentos e inundações, por isso não se recomenda a construção de moradias nessas áreas. O aumento de desastres naturais em áreas de riscos expõe as fragilidades do uso e ocupação do território brasileiro.
No Brasil, o crescimento da urbanização e da desigualdade social acentua a incidência de áreas de risco e dos impactos dos desastres naturais.