Para Hannah Arendt, os movimentos totalitários objetivam e conseguem organizar as massas, mas não as classes, como o faziam os partidos de interesses dos Estados nacionais do continente europeu, nem os cidadãos com suas opiniões peculiares quanto à condução dos negócios públicos, como o fazem os partidos dos países anglo-saxões. Todos os grupos políticos dependem da força numérica, mas não na escala dos movimentos totalitários, que dependem da força bruta.
ARENDT, Hannah. As origens do totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. p. 358. (Adaptado)
Considerando-se o texto acima, analise as características abaixo.
I. Incentivo à liberdade de expressão e à valorização da ética pública.
II. Poderes Judiciário e Legislativo são subordinados ao Executivo.
III. Formação da polícia política para controlar um enorme aparelho repressivo.
IV. Valorização da política pluripartidária para fortalecimento da democracia.
Assinale a alternativa que contempla as características do nazismo e do fascismo a partir da noção da organização social que objetiva a “força bruta” do totalitarismo.
Um dos conceitos mais importantes da obra de Karl Marx é o de ideologia que lhe permite dirigir uma crítica a Hegel para quem a realidade partia das ideais. Para Marx, deve-se analisar o modo de produção capitalista para compreender de que modo as ideias são produzidas.
Considerando-se o trecho acima, analise as afirmativas abaixo.
I. A ideologia camufla as diferenças de classes e os conflitos sociais, justificando as diferenças de condições de vida.
II. A ideologia pretende promover a coesão social por meio da aceitação e das críticas das desigualdades entre as classes.
III. A ideologia impede o domínio de uma classe social sobre a outra, levando, portanto, à reflexão sobre a realidade.
IV. A ideologia demonstra que a realidade social é consequência da natureza humana e, por isso, deve ser aceita.
Assinale a alternativa que apresenta as afirmativas corretas.
Em pesquisa sobre a participação política dos alunos da Unb, a cientista política Débora Messemberg apresentou os seguintes resultados: “assume destaque a baixíssima participação desses universitários em instituições associativas e representativas. Mais de 87% deles não participam de nenhuma associação nem são membros de algum conselho, sindicato ou movimento social.”.
MESSEMBERG, Débora. Civitas, Rev. Ciênc. Soc.[online]. 2015, Vol. 15, n.1, Jan-Mar, pp.1-23
O reduzido interesse por política é considerado um desafio para a democracia, já que a participação política nesse regime
“Apenas uma característica, associada à experiência brasileira, ressalta como uma singularidade: o Brasil é o único país que, além de combinar a proporcionalidade, o multipartidarismo e o "presidencialismo imperial", organiza o Executivo com base em grandes coalizões. [...] Fica evidente que a distinção se faz fundamentalmente entre um "presidencialismo imperial", baseado na independência entre os poderes, se não na hegemonia do Executivo, e que organiza o ministério com amplas coalizões, e um presidencialismo "mitigado" pelo controle parlamentar sobre o gabinete e que também constitui este gabinete, eventual ou frequentemente, através de grandes coalizões. O Brasil retorna ao conjunto das nações democráticas, sendo o único caso de presidencialismo de coalizão.”
ABRANCHES, S., 1988. Presidencialismo de Coalizão: o dilema institucional brasileiro. Dados, 31(1), pp.5-34.
De acordo com o texto, é correto afirmar que o presidencialismo de coalizão é caracterizado pelo(a)
“A Teologia da Prosperidade Neopentecostal [...] prega uma ética econômica voltada para o mundo, onde possuir e ascender são sinais de que Deus, e não o diabo, age em sua vida. Essa ascensão não se ancora especificamente na disciplina e na dedicação ao trabalho, mas em uma disposição empreendedora de quem almeja tornar-se o patrão nas relações de trabalho. Tal disposição de empreender é alimentada por ritos sacrificiais – como dar o dízimo – que geram expectativas de prosperidade material no futuro. Os riscos materiais do empreendimento são considerados atos de fé.”
ALMEIDA, Ronaldo de. A onda quebrada - evangélicos e conservadorismo. Cadernos Pagu (50), 2017:e175001.
Conforme a definição da Teologia da Prosperidade Neopentecostal, o vínculo entre a conduta econômica e a ética religiosa, nesse contexto,
“O controle social, algo mais amplo do que o controle da ordem pública, parece ter esgotado suas funções no interior de modelos tradicionais. Por um lado, os mecanismos de pressão social sobre o comportamento dos indivíduos, que operaram, sobretudo, na esfera da moralidade, pública e privada, não parecem suscitar nem o sentimento de medo, sequer o de angústia diante das possibilidades, sempre abertas, de violação das normas sociais. É como se operasse uma sorte de dissociação entre as imposições morais e as práticas sociais. [...] Por outro lado, as éticas vocacionais, muitas delas dotadas de forte inspiração religiosa, que, no passado, asseguravam o represamento das pulsões e do desejo, se não mais parecem mecanismos sólidos para conter os conflitos dos indivíduos entre si e com a sociedade, muito menos ainda o são para evitar as tensões entre coletivos sociais. Está-se em plena era das paixões, sem que quaisquer interditos ou freios morais subjetivos consigam objetivar a experiência social.”
ADORNO, Sérgio. Conflitualidade e violência: reflexões sobre a anomia na contemporaneidade. Tempo soc. [online]. 1998, vol.10, n.1, pp.19-47.
De acordo com os argumentos apresentados no texto, é correto afirmar que a resolução dos problemas sociais relativos à segurança pública no Brasil envolveria