Muitos a Atenas, pátria criada pelos deuses, eu trouxe de volta, vendidos, este injustamente, aquele justamente; uns que fugiram por constrangedora necessidade, não mais falando a língua ática, enquanto vagavam por muitos lugares; e outros, que aqui mesmo tinham inconveniente escravidão tremendo diante do humor dos senhores; eu os tornei livres.
O excerto menciona uma das realizações do legislador Sólon na Atenas do século VI a.C., que consistiu
[A Revolução Industrial] de fato “explodiu” — usando a expressão como um axioma — antes que a Bastilha fosse assaltada. O que significa a frase “a revolução industrial explodiu”?
(Eric J. Hobsbawm. A era das revoluções, 1988. Adaptado.)
No contexto da Primeira Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra, a pergunta do historiador pode ser associada
É vital reconhecer que no 7 de setembro de 1822, nas margens do Ipiranga, nos arredores de São Paulo, quando Dom Pedro, herdeiro do trono português, gritou “Independência ou morte”, estava exagerando. A questão, em setembro de 1822, era apenas indiretamente a “independência”.
(Kenneth Maxwell. “Por que o Brasil foi diferente? O contexto da independência”. In: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem incompleta, 1999. Adaptado.)
A afirmação do historiador justifica-se na medida em que
“Quando o século XX começou”, escreveu Geoffrey Barraclough em meados da década de 1960, “o poder europeu na Ásia e na África estava em seu auge; parecia que nenhuma nação poderia resistir à superioridade das armas e do comércio da Europa. Sessenta anos depois, só restavam os vestígios do domínio europeu. [...] Nunca antes em toda a história humana, ocorreu uma inversão tão revolucionária com tamanha rapidez.” A mudança da posição dos povos da Ásia e da África “foi o sinal mais forte do advento de uma nova época”.
(Giovanni Arrighi. Adam Smith em Pequim: origens e fundamentos do século XXI, 2008.)
Entre os motivos que explicam essa “inversão tão revolucionária”, encontra-se
Podemos considerar a Constituição de 1988 como o marco que pôs fim aos últimos vestígios formais do regime autoritário. A abertura iniciada pelo general Geisel em 1974 levou mais de treze anos para desembocar em um regime democrático.
(Boris Fausto. História do Brasil, 2007.)
A demora na redemocratização brasileira, citada no texto, pode ser justificada