Leia o texto de Renan Truffi para responder a questão.
Sem qualquer aviso ou pedido de permissão, o Facebook, maior rede social ativa hoje, decidiu manipular o conteúdo visto por cerca de 700 mil usuários durante uma semana. Em uma espécie de experiência científica, a empresa expôs as pessoas selecionadas a diferentes mensagens e analisou suas reações.
O experimento foi feito em 2012, quando a companhia de Mark Zuckerberg quis analisar se o conteúdo gerado pelos amigos de alguém poderia levá-los a deixar de usar a rede social. Para isso, examinou 3 milhões de postagens com mais de 120 milhões de palavras. O conteúdo foi, então, classificado em duas categorias: “positivo” e “negativo”. Depois disso, por meio de um algoritmo, um conjunto de regras que define o que uma pessoa vai ver ao acessar a rede, a empresa expôs as publicações “positivas” apenas para uma parcela das pessoas, e as “negativas” para o restante.
Na prática, isso quer dizer que, durante o período, as pessoas do grupo “positivo” só tinham acesso a textos que o Facebook considerou positivos. Mensagens tidas como negativas foram omitidas.
Os responsáveis pelo estudo descobriram depois de sete dias que os destinatários de mensagens “positivas” tinham comportamento emocional similar. Já o grupo que leu somente as postagens “negativas” publicou textos, ou compartilhou assuntos, com palavras negativas.
“Esses resultados indicam que as emoções expressas pelos outros no Facebook podem influenciar nossas próprias emoções, constituindo evidência experimental de contágio massivo de larga escala através das redes sociais”, explica o texto do estudo.
O estudo, no entanto, recebeu críticas que recaem sobre o fato de o Facebook não ter consultado ou informado os usuários selecionados de que eles participariam de um experimento. A rede social defende-se afirmando que toda pessoa que faz um perfil deveria saber que essa possibilidade existe, dada a política de uso de dados do Facebook descrita no momento da inscrição.
(Carta Capital, 07.07.2014. Adaptado.)
“Os responsáveis pelo estudo descobriram depois de sete dias que os destinatários de mensagens ‘positivas’ tinham comportamento emocional similar.” (4º parágrafo)
Em relação à oração do verbo “descobriram”, o segmento destacado tem função de
Leia o texto de Renan Truffi para responder a questão.
Sem qualquer aviso ou pedido de permissão, o Facebook, maior rede social ativa hoje, decidiu manipular o conteúdo visto por cerca de 700 mil usuários durante uma semana. Em uma espécie de experiência científica, a empresa expôs as pessoas selecionadas a diferentes mensagens e analisou suas reações.
O experimento foi feito em 2012, quando a companhia de Mark Zuckerberg quis analisar se o conteúdo gerado pelos amigos de alguém poderia levá-los a deixar de usar a rede social. Para isso, examinou 3 milhões de postagens com mais de 120 milhões de palavras. O conteúdo foi, então, classificado em duas categorias: “positivo” e “negativo”. Depois disso, por meio de um algoritmo, um conjunto de regras que define o que uma pessoa vai ver ao acessar a rede, a empresa expôs as publicações “positivas” apenas para uma parcela das pessoas, e as “negativas” para o restante.
Na prática, isso quer dizer que, durante o período, as pessoas do grupo “positivo” só tinham acesso a textos que o Facebook considerou positivos. Mensagens tidas como negativas foram omitidas.
Os responsáveis pelo estudo descobriram depois de sete dias que os destinatários de mensagens “positivas” tinham comportamento emocional similar. Já o grupo que leu somente as postagens “negativas” publicou textos, ou compartilhou assuntos, com palavras negativas.
“Esses resultados indicam que as emoções expressas pelos outros no Facebook podem influenciar nossas próprias emoções, constituindo evidência experimental de contágio massivo de larga escala através das redes sociais”, explica o texto do estudo.
O estudo, no entanto, recebeu críticas que recaem sobre o fato de o Facebook não ter consultado ou informado os usuários selecionados de que eles participariam de um experimento. A rede social defende-se afirmando que toda pessoa que faz um perfil deveria saber que essa possibilidade existe, dada a política de uso de dados do Facebook descrita no momento da inscrição.
(Carta Capital, 07.07.2014. Adaptado.)
Segundo o texto,
Leia o texto de Renan Truffi para responder a questão.
Sem qualquer aviso ou pedido de permissão, o Facebook, maior rede social ativa hoje, decidiu manipular o conteúdo visto por cerca de 700 mil usuários durante uma semana. Em uma espécie de experiência científica, a empresa expôs as pessoas selecionadas a diferentes mensagens e analisou suas reações.
O experimento foi feito em 2012, quando a companhia de Mark Zuckerberg quis analisar se o conteúdo gerado pelos amigos de alguém poderia levá-los a deixar de usar a rede social. Para isso, examinou 3 milhões de postagens com mais de 120 milhões de palavras. O conteúdo foi, então, classificado em duas categorias: “positivo” e “negativo”. Depois disso, por meio de um algoritmo, um conjunto de regras que define o que uma pessoa vai ver ao acessar a rede, a empresa expôs as publicações “positivas” apenas para uma parcela das pessoas, e as “negativas” para o restante.
Na prática, isso quer dizer que, durante o período, as pessoas do grupo “positivo” só tinham acesso a textos que o Facebook considerou positivos. Mensagens tidas como negativas foram omitidas.
Os responsáveis pelo estudo descobriram depois de sete dias que os destinatários de mensagens “positivas” tinham comportamento emocional similar. Já o grupo que leu somente as postagens “negativas” publicou textos, ou compartilhou assuntos, com palavras negativas.
“Esses resultados indicam que as emoções expressas pelos outros no Facebook podem influenciar nossas próprias emoções, constituindo evidência experimental de contágio massivo de larga escala através das redes sociais”, explica o texto do estudo.
O estudo, no entanto, recebeu críticas que recaem sobre o fato de o Facebook não ter consultado ou informado os usuários selecionados de que eles participariam de um experimento. A rede social defende-se afirmando que toda pessoa que faz um perfil deveria saber que essa possibilidade existe, dada a política de uso de dados do Facebook descrita no momento da inscrição.
(Carta Capital, 07.07.2014. Adaptado.)
O texto alerta para uma questão de ordem ética, que pode ser, assim, resumida:
Leia o texto de Renan Truffi para responder a questão.
Sem qualquer aviso ou pedido de permissão, o Facebook, maior rede social ativa hoje, decidiu manipular o conteúdo visto por cerca de 700 mil usuários durante uma semana. Em uma espécie de experiência científica, a empresa expôs as pessoas selecionadas a diferentes mensagens e analisou suas reações.
O experimento foi feito em 2012, quando a companhia de Mark Zuckerberg quis analisar se o conteúdo gerado pelos amigos de alguém poderia levá-los a deixar de usar a rede social. Para isso, examinou 3 milhões de postagens com mais de 120 milhões de palavras. O conteúdo foi, então, classificado em duas categorias: “positivo” e “negativo”. Depois disso, por meio de um algoritmo, um conjunto de regras que define o que uma pessoa vai ver ao acessar a rede, a empresa expôs as publicações “positivas” apenas para uma parcela das pessoas, e as “negativas” para o restante.
Na prática, isso quer dizer que, durante o período, as pessoas do grupo “positivo” só tinham acesso a textos que o Facebook considerou positivos. Mensagens tidas como negativas foram omitidas.
Os responsáveis pelo estudo descobriram depois de sete dias que os destinatários de mensagens “positivas” tinham comportamento emocional similar. Já o grupo que leu somente as postagens “negativas” publicou textos, ou compartilhou assuntos, com palavras negativas.
“Esses resultados indicam que as emoções expressas pelos outros no Facebook podem influenciar nossas próprias emoções, constituindo evidência experimental de contágio massivo de larga escala através das redes sociais”, explica o texto do estudo.
O estudo, no entanto, recebeu críticas que recaem sobre o fato de o Facebook não ter consultado ou informado os usuários selecionados de que eles participariam de um experimento. A rede social defende-se afirmando que toda pessoa que faz um perfil deveria saber que essa possibilidade existe, dada a política de uso de dados do Facebook descrita no momento da inscrição.
(Carta Capital, 07.07.2014. Adaptado.)
“Depois disso, por meio de um algoritmo, um conjunto de regras que define o que uma pessoa vai ver ao acessar a rede, a empresa expôs as publicações ‘positivas’ apenas para uma parcela das pessoas, e as ‘negativas’ para o restante.” (2º parágrafo)
No período transcrito, o segmento destacado
Leia o texto de Antonio Candido para responder a questão.
O ponto de vista preponderante nos estudos filosóficos e sociais quase até os nossos dias foi, para usar uma expressão corriqueira, o do adulto, branco, civilizado, que reduz à sua própria realidade a realidade dos outros. O mundo das crianças, por exemplo, ou o dos povos estranhos – sobretudo os chamados primitivos – era passado por este crivo deformante. Quando lembramos que Rousseau discerniu há mais de duzentos anos que o menino não é um adulto em miniatura, mas um ser com problemas peculiares, devendo o adulto esforçar-se por compreendê-lo em função de tais problemas, não dos seus próprios; e que, no entanto, depois de dois séculos a maioria dos brancos, civilizados, continua a tratar os seus filhos e alunos como se esta verdade não estivesse consagrada pelos teóricos e pela observação de todo dia, – quando pensamos nisso podemos, comparativamente, avaliar a força da chamada ilusão antropocêntrica.
O mais curioso é que, se desejarmos evitá-la, podemos ir ao erro oposto e exagerar as diferenças que há entre os indivíduos, os grupos, as idades, as civilizações. Querendo, por exemplo, fugir ao erro de considerar a criança um modelo reduzido, que deve ser ajustado o mais depressa possível às normas da gente grande, podemos acentuar as suas peculiaridades ao ponto de considerá-la uma espécie de ser diferente, que é preciso tratar como se vivesse à parte, num mundo também diferente, – sem norma nem barreira, guiado por uma lei obscura da própria evolução, que acabaria por domesticá-lo.
Em relação aos povos primitivos, a oscilação de atitude é igualmente acentuada. Nos quatro ou cinco séculos que decorreram da sua entrada mais ou menos direta para o convívio dos povos civilizados, eles têm sido considerados pendularmente como brutos e como seres privilegiados, através de concepções que assumem diversos matizes. Há cerca de meio século apareceu um modo renovado de encará-los como bichos, com todas as ressalvas da ciência e da filosofia. É a teoria famosa de Lévy-Bruhl, segundo a qual a mentalidade do primitivo seria, por assim dizer, qualitativamente diversa, na medida em que subordina a visão do mundo, não a princípios lógicos, como nós, mas a uma espécie de indiferenciação entre sujeito e objeto, entre as categorias e os corpos, de modo a definir um espírito “pré-lógico”, incapaz de abstrair e de observar o princípio de contradição.
(Literatura e sociedade, 2008. Adaptado.)
No primeiro parágrafo, ilustra a expressão “ilusão antropocêntrica” o fato de
Leia o texto de Antonio Candido para responder a questão.
O ponto de vista preponderante nos estudos filosóficos e sociais quase até os nossos dias foi, para usar uma expressão corriqueira, o do adulto, branco, civilizado, que reduz à sua própria realidade a realidade dos outros. O mundo das crianças, por exemplo, ou o dos povos estranhos – sobretudo os chamados primitivos – era passado por este crivo deformante. Quando lembramos que Rousseau discerniu há mais de duzentos anos que o menino não é um adulto em miniatura, mas um ser com problemas peculiares, devendo o adulto esforçar-se por compreendê-lo em função de tais problemas, não dos seus próprios; e que, no entanto, depois de dois séculos a maioria dos brancos, civilizados, continua a tratar os seus filhos e alunos como se esta verdade não estivesse consagrada pelos teóricos e pela observação de todo dia, – quando pensamos nisso podemos, comparativamente, avaliar a força da chamada ilusão antropocêntrica.
O mais curioso é que, se desejarmos evitá-la, podemos ir ao erro oposto e exagerar as diferenças que há entre os indivíduos, os grupos, as idades, as civilizações. Querendo, por exemplo, fugir ao erro de considerar a criança um modelo reduzido, que deve ser ajustado o mais depressa possível às normas da gente grande, podemos acentuar as suas peculiaridades ao ponto de considerá-la uma espécie de ser diferente, que é preciso tratar como se vivesse à parte, num mundo também diferente, – sem norma nem barreira, guiado por uma lei obscura da própria evolução, que acabaria por domesticá-lo.
Em relação aos povos primitivos, a oscilação de atitude é igualmente acentuada. Nos quatro ou cinco séculos que decorreram da sua entrada mais ou menos direta para o convívio dos povos civilizados, eles têm sido considerados pendularmente como brutos e como seres privilegiados, através de concepções que assumem diversos matizes. Há cerca de meio século apareceu um modo renovado de encará-los como bichos, com todas as ressalvas da ciência e da filosofia. É a teoria famosa de Lévy-Bruhl, segundo a qual a mentalidade do primitivo seria, por assim dizer, qualitativamente diversa, na medida em que subordina a visão do mundo, não a princípios lógicos, como nós, mas a uma espécie de indiferenciação entre sujeito e objeto, entre as categorias e os corpos, de modo a definir um espírito “pré-lógico”, incapaz de abstrair e de observar o princípio de contradição.
(Literatura e sociedade, 2008. Adaptado.)
“[…] eles têm sido considerados pendularmente como brutos e como seres privilegiados, através de concepções que assumem diversos matizes.” (3º parágrafo)
Sem prejuízo do sentido geral do texto, os termos destacados podem ser substituídos, respectivamente, por