Leia o texto para responder à questão.
Rei por prazo fixo
Na Europa, especialmente nos países do norte, as mordomias e facilidades concedidas a políticos são poucas. Não é incomum avistar um premiê usando transporte público para ir de casa até o serviço ou empurrando seu próprio carrinho de compras no supermercado, já que eles não têm direito a geladeira cheia paga pelos contribuintes. Recomendo aqui o livro de Claudia Wallin sobre a vida de políticos na Suécia.
Por que aqui é diferente? A culpa é dos americanos. Quando eles inventaram a instituição da Presidência, os modelos de governança em que podiam se inspirar eram as monarquias europeias. O presidente acabou se tornando um rei por prazo fixo. Embora sujeito a controles institucionais num sistema de freios e contrapesos, manteve direito a viver num palácio cercado por serviçais. Brasileiros imitamos a Presidência americana – com menos controles institucionais, é claro – e expandimos seus luxos para toda a corte de políticos e autoridades.
O sistema de segurança dos presidentes me parece muito mais um pretexto para a pompa do que um gênero de primeira necessidade. A verdade é que o presidencialismo é um sistema que, em vários aspectos, envelheceu mal.
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, 09.03.2016. Adaptado.)
Com a frase do último parágrafo “A verdade é que o presidencialismo é um sistema que, em vários aspectos, envelheceu mal.”, o autor sintetiza sua argumentação e conclui que a Presidência,
Leia o texto para responder à questão.
Rei por prazo fixo
Na Europa, especialmente nos países do norte, as mordomias e facilidades concedidas a políticos são poucas. Não é incomum avistar um premiê usando transporte público para ir de casa até o serviço ou empurrando seu próprio carrinho de compras no supermercado, já que eles não têm direito a geladeira cheia paga pelos contribuintes. Recomendo aqui o livro de Claudia Wallin sobre a vida de políticos na Suécia.
Por que aqui é diferente? A culpa é dos americanos. Quando eles inventaram a instituição da Presidência, os modelos de governança em que podiam se inspirar eram as monarquias europeias. O presidente acabou se tornando um rei por prazo fixo. Embora sujeito a controles institucionais num sistema de freios e contrapesos, manteve direito a viver num palácio cercado por serviçais. Brasileiros imitamos a Presidência americana – com menos controles institucionais, é claro – e expandimos seus luxos para toda a corte de políticos e autoridades.
O sistema de segurança dos presidentes me parece muito mais um pretexto para a pompa do que um gênero de primeira necessidade. A verdade é que o presidencialismo é um sistema que, em vários aspectos, envelheceu mal.
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, 09.03.2016. Adaptado.)
Assinale a alternativa em que a reescrita do trecho mantém-se fiel aos sentidos do texto e atende aos princípios de coesão e de coerência textuais, em conformidade com a norma-padrão.
Leia o texto para responder à questão.
Rei por prazo fixo
Na Europa, especialmente nos países do norte, as mordomias e facilidades concedidas a políticos são poucas. Não é incomum avistar um premiê usando transporte público para ir de casa até o serviço ou empurrando seu próprio carrinho de compras no supermercado, já que eles não têm direito a geladeira cheia paga pelos contribuintes. Recomendo aqui o livro de Claudia Wallin sobre a vida de políticos na Suécia.
Por que aqui é diferente? A culpa é dos americanos. Quando eles inventaram a instituição da Presidência, os modelos de governança em que podiam se inspirar eram as monarquias europeias. O presidente acabou se tornando um rei por prazo fixo. Embora sujeito a controles institucionais num sistema de freios e contrapesos, manteve direito a viver num palácio cercado por serviçais. Brasileiros imitamos a Presidência americana – com menos controles institucionais, é claro – e expandimos seus luxos para toda a corte de políticos e autoridades.
O sistema de segurança dos presidentes me parece muito mais um pretexto para a pompa do que um gênero de primeira necessidade. A verdade é que o presidencialismo é um sistema que, em vários aspectos, envelheceu mal.
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, 09.03.2016. Adaptado.)
Silepse é a concordância que se faz não com a forma gramatical das palavras, mas com o seu sentido, com a ideia que elas representam.
(Celso Cunha e Lindley Cintra. Nova gramática do português contemporâneo, 1985.)
Conforme apresentada, a concordância ideológica – silepse – ocorre na seguinte passagem do texto:
Leia o trecho do romance O cortiço para responder à questão.
Depois, via-se a velha Isabel, isto é, Dona Isabel, porque ali na estalagem lhes dispensavam todos certa consideração, privilegiada pelas suas maneiras graves de pessoa que já teve tratamento: uma pobre mulher comida de desgostos. Fora casada com o dono de uma casa de chapéus, que quebrou e suicidou- -se, deixando-lhe uma filha muito doentinha e fraca, a quem Isabel sacrificou tudo para educar,dando-lhe mestre até de francês.
A filha era a flor do cortiço. Chamavam-lhe Pombinha. Bonita, posto que enfermiça e nervosa ao último ponto; loura, muito pálida, com uns modos de menina de boa família. A mãe não lhe permitia lavar, nem engomar, mesmo porque o médico a proibira expressamente.
Tinha o seu noivo, o João da Costa, moço de comércio, estimado do patrão e dos colegas, com muito futuro, e que a adorava e conhecia desde pequenita; mas Dona Isabel não queria que o casamento se fizesse já. É que Pombinha, orçando aliás pelos dezoito anos, não tinha ainda pago à natureza o cruento tributo da puberdade, apesar do zelo da velha e dos sacrifícios que esta fazia para cumprir à risca as prescrições do médico e não faltar à filha o menor desvelo. No entanto, coitadas! daquele casamento dependia a felicidade de ambas, porque o Costa, bem empregado como se achava em casa de um tio seu, de quem mais tarde havia de ser sócio, tencionava, logo que mudasse de estado, restituí-las ao seu primitivo círculo social. A pobre velha desesperava-se com o fato e pedia a Deus, todas as noites, antes de dormir, que as protegesse e conferisse à filha uma graça tão simples que ele fazia, sem distinção de merecimento, a quantas raparigas havia pelo mundo; mas a despeito de tamanho empenho, por coisa nenhuma desta vida consentiria que a sua pequena casasse antes de “ser mulher”, como dizia ela. E “que deixassem lá falar o doutor, entendia que não era decente, nem tinha jeito, dar homem a uma moça que ainda não fora visitada pelas regras! Não! Antes vê-la solteira toda a vida e ficarem ambas curtindo para sempre aquele inferno da estalagem!”
(Aluísio Azevedo. O cortiço, 1981. Adaptado.)
Considere as passagens:
• “porque ali na estalagem lhes dispensavam todos certa consideração” (1º parágrafo);
• “uma pobre mulher comida de desgostos.” (1º parágrafo);
• “Chamavam-lhe Pombinha. Bonita, posto que enfermiça e nervosa ao último ponto” (2º parágrafo).
Mantendo-se o sentido do texto e atendendo-se à norma- -padrão, as passagens estão corretamente reescritas em:
Leia o poema para responder à questão.
Na cadeia
Na cadeia os bandidos presos!
O seu ar de contemplativos!
Que é das feras de olhos acesos?!
Pobres dos seus olhos cativos.
Passeiam mudos entre as grades,
Parecem peixes num aquário.
– Campo florido das Saudades,
Porque rebentas tumultuário?
Serenos... Serenos... Serenos...
Trouxe-os algemados a escolta.
– Estranha taça de venenos
Meu coração sempre em revolta.
Coração, quietinho... quietinho...
Porque te insurges e blasfemas?
Pschiu... Não batas... Devagarinho...
Olha os soldados, as algemas!
(Camilo Pessanha. Clepsidra, s/d.)
No poema, o aspecto inusitado se dá
Leia o poema para responder à questão.
Na cadeia
Na cadeia os bandidos presos!
O seu ar de contemplativos!
Que é das feras de olhos acesos?!
Pobres dos seus olhos cativos.
Passeiam mudos entre as grades,
Parecem peixes num aquário.
– Campo florido das Saudades,
Porque rebentas tumultuário?
Serenos... Serenos... Serenos...
Trouxe-os algemados a escolta.
– Estranha taça de venenos
Meu coração sempre em revolta.
Coração, quietinho... quietinho...
Porque te insurges e blasfemas?
Pschiu... Não batas... Devagarinho...
Olha os soldados, as algemas!
(Camilo Pessanha. Clepsidra, s/d.)
Os versos “Parecem peixes num aquário.” (2ª estrofe) e “Meu coração sempre em revolta.” (3ª estrofe) reportam, respectivamente, aos seguintes sentidos: