Leia o trecho do conto “O fígado indiscreto”, de Monteiro Lobato, para responder a questão.
Que há um Deus para o namoro e outro para os bêbados está provado. Sem eles, como explicar tanto passo falso sem tombo, tanto tombo sem nariz partido, tanta beijoca lambiscada a medo sem maiores consequências afora uns sobressaltos desagradáveis, quando passos inoportunos põem termo a duos de sofá em sala momentaneamente deserta?
a duos de sofá em sala momentaneamente deserta? Acontece, todavia, que esses deuses, ao jeito dos de Homero, também cochilam: e o borracho parte o nariz de encontro ao lampião, ou a futura sogra lá apanha Romeu e Julieta em flagrante contato de mucosas petrificando-os com o clássico: “Que pouca-vergonha!…”.
Outras vezes acontece aos protegidos decaírem da graça divina.
Foi o que sucedeu a Inácio, o calouro, e isso lhe estragou o casamento com a Sinharinha Lemos, boa menina a quem cinquenta contos de dote faziam ótima.
Inácio era o rei dos acanhados. Pelas coisas mínimas avermelhava, saía fora de si e permanecia largo tempo idiotizado.
O progresso do seu namoro foi, como era natural, menos obra sua que da menina, e da família de ambos, tacitamente concertadas numa conspiração contra o celibato do futuro bacharel. Uma das manobras constou do convite que ele recebeu para jantar nos Lemos, em certo dia de aniversário familiar comemorado a peru.
(Cidades mortas, 2007. Adaptado.)
“Inácio era o rei dos acanhados. Pelas coisas mínimas avermelhava, saía fora de si e permanecia largo tempo idiotizado.” (5º parágrafo)
No contexto em que está inserido, o termo em destaque é um verbo
Leia o poema “Relógios e beijos”, do poeta alemão Heinrich Heine (1797-1856), traduzido para o português por Álvares de Azevedo (1831-1852), para responder a questão.
Quem os relógios inventou? Decerto
Algum homem sombrio e friorento:
Numa noite de inverno, tristemente
Sentado na lareira ele cismava,
Ouvindo os ratos a roer na alcova
E o palpitar monótono do pulso.
Quem o beijo inventou? Foi lábio ardente,
Foi boca venturosa, que vivia
Sem um cuidado mais que dar beijinhos…
Era no mês de maio. As flores cândidas
A mil abriam sobre a terra verde,
O sol brilhou mais vivo em céu d’esmalte
E cantaram mais doce os passarinhos.
(Lira dos vinte anos, 1996.)
Na comparação que faz entre “relógios” e “beijo”, o eu lírico
Leia o poema “Relógios e beijos”, do poeta alemão Heinrich Heine (1797-1856), traduzido para o português por Álvares de Azevedo (1831-1852), para responder a questão.
Quem os relógios inventou? Decerto
Algum homem sombrio e friorento:
Numa noite de inverno, tristemente
Sentado na lareira ele cismava,
Ouvindo os ratos a roer na alcova
E o palpitar monótono do pulso.
Quem o beijo inventou? Foi lábio ardente,
Foi boca venturosa, que vivia
Sem um cuidado mais que dar beijinhos…
Era no mês de maio. As flores cândidas
A mil abriam sobre a terra verde,
O sol brilhou mais vivo em céu d’esmalte
E cantaram mais doce os passarinhos.
(Lira dos vinte anos, 1996.)
“Quem os relógios inventou?”
Assinale a alternativa que expressa, na voz passiva, o conteúdo dessa oração.
Leia o poema “Relógios e beijos”, do poeta alemão Heinrich Heine (1797-1856), traduzido para o português por Álvares de Azevedo (1831-1852), para responder a questão.
Quem os relógios inventou? Decerto
Algum homem sombrio e friorento:
Numa noite de inverno, tristemente
Sentado na lareira ele cismava,
Ouvindo os ratos a roer na alcova
E o palpitar monótono do pulso.
Quem o beijo inventou? Foi lábio ardente,
Foi boca venturosa, que vivia
Sem um cuidado mais que dar beijinhos…
Era no mês de maio. As flores cândidas
A mil abriam sobre a terra verde,
O sol brilhou mais vivo em céu d’esmalte
E cantaram mais doce os passarinhos.
(Lira dos vinte anos, 1996.)
Assinale o segmento que utiliza a sinestesia como recurso expressivo.
Leia o trecho do conto “O fígado indiscreto”, de Monteiro Lobato, para responder a questão.
Que há um Deus para o namoro e outro para os bêbados está provado. Sem eles, como explicar tanto passo falso sem tombo, tanto tombo sem nariz partido, tanta beijoca lambiscada a medo sem maiores consequências afora uns sobressaltos desagradáveis, quando passos inoportunos põem termo a duos de sofá em sala momentaneamente deserta?
a duos de sofá em sala momentaneamente deserta? Acontece, todavia, que esses deuses, ao jeito dos de Homero, também cochilam: e o borracho parte o nariz de encontro ao lampião, ou a futura sogra lá apanha Romeu e Julieta em flagrante contato de mucosas petrificando-os com o clássico: “Que pouca-vergonha!…”.
Outras vezes acontece aos protegidos decaírem da graça divina.
Foi o que sucedeu a Inácio, o calouro, e isso lhe estragou o casamento com a Sinharinha Lemos, boa menina a quem cinquenta contos de dote faziam ótima.
Inácio era o rei dos acanhados. Pelas coisas mínimas avermelhava, saía fora de si e permanecia largo tempo idiotizado.
O progresso do seu namoro foi, como era natural, menos obra sua que da menina, e da família de ambos, tacitamente concertadas numa conspiração contra o celibato do futuro bacharel. Uma das manobras constou do convite que ele recebeu para jantar nos Lemos, em certo dia de aniversário familiar comemorado a peru.
(Cidades mortas, 2007. Adaptado.)
Segundo o texto, a evolução da relação entre Inácio e Sinharinha Lemos foi facilitada
Leia o trecho do conto “O fígado indiscreto”, de Monteiro Lobato, para responder a questão.
Que há um Deus para o namoro e outro para os bêbados está provado. Sem eles, como explicar tanto passo falso sem tombo, tanto tombo sem nariz partido, tanta beijoca lambiscada a medo sem maiores consequências afora uns sobressaltos desagradáveis, quando passos inoportunos põem termo a duos de sofá em sala momentaneamente deserta?
a duos de sofá em sala momentaneamente deserta? Acontece, todavia, que esses deuses, ao jeito dos de Homero, também cochilam: e o borracho parte o nariz de encontro ao lampião, ou a futura sogra lá apanha Romeu e Julieta em flagrante contato de mucosas petrificando-os com o clássico: “Que pouca-vergonha!…”.
Outras vezes acontece aos protegidos decaírem da graça divina.
Foi o que sucedeu a Inácio, o calouro, e isso lhe estragou o casamento com a Sinharinha Lemos, boa menina a quem cinquenta contos de dote faziam ótima.
Inácio era o rei dos acanhados. Pelas coisas mínimas avermelhava, saía fora de si e permanecia largo tempo idiotizado.
O progresso do seu namoro foi, como era natural, menos obra sua que da menina, e da família de ambos, tacitamente concertadas numa conspiração contra o celibato do futuro bacharel. Uma das manobras constou do convite que ele recebeu para jantar nos Lemos, em certo dia de aniversário familiar comemorado a peru.
(Cidades mortas, 2007. Adaptado.)
Elipse é a omissão de um termo que o contexto linguístico permite facilmente suprir.
(Celso Cunha. Gramática essencial, 2013. Adaptado.)
Verifica-se a ocorrência de elipse no trecho: