Leia o texto de Fernando Gabeira para responder à questão.
Dizer “maconha” é espalhar um rastro de discórdia. Há quem afirme que ela destrói o cérebro e conduz ao crime. Há quem, como o escritor Carl Sagan, a considere maravilhosa. Há os que duvidam, os que ignoram, os que pesquisam e chegam a resultados frontalmente antagônicos.
Nos primeiros meses de 2000, cientistas da Califórnia chegaram à conclusão de que maconha dá câncer e cientistas ingleses concluíram que maconha cura câncer.
Se a Cannabis sativa fosse uma família, teria dois filhos. São irmãos de sangue, com a diferença de que num deles os exames detectam níveis mais altos de THC1 − o tetraidrocanabinol. O cânhamo, que entra na produção de 20 mil produtos importantes para a humanidade, tem um nível de THC inferior a 3%. A partir daí, entra em cena sua irmã, a maconha, que produz toneladas de bons e maus sonhos, com um teor de THC em torno de 6%. Na maioria dos países, a plantação de cânhamo e de maconha é igualmente proibida, um irmão pagando pelo outro, o cordeiro pelo lobo.
(A maconha, 2000. Adaptado.)
1THC: substância encontrada nas plantas do gênero Cannabis, que inclui o cânhamo e a maconha.
“Se a Cannabis sativa fosse uma família, teria dois filhos.” (3º parágrafo)
A frase que mantém o sentido original e está de acordo com a norma-padrão é:
Leia o poema de Alberto de Oliveira para responder à questão.
O muro
É um velho paredão, todo gretado1,
Roto2 e negro, a que o tempo uma oferenda
Deixou num cacto em flor ensanguentado
E num pouco de musgo em cada fenda.
Serve há muito de encerro a uma vivenda3;
Protegê-la e guardá-la é seu cuidado;
Talvez consigo esta missão compreenda,
Sempre em seu posto, firme e alevantado.
Horas mortas, a lua o véu desata,
E em cheio brilha; a solidão se estrela
Toda de um vago cintilar de prata;
E o velho muro, alta a parede nua,
Olha em redor, espreita a sombra, e vela,
Entre os beijos e lágrimas da lua.
(Parnasianismo, 2006.)
1 gretado: rachado.
2 roto: danificado.
3 vivenda: pequena casa de campo.
O muro, personificado no poema,
Leia o poema de Alberto de Oliveira para responder à questão.
O muro
É um velho paredão, todo gretado1,
Roto2 e negro, a que o tempo uma oferenda
Deixou num cacto em flor ensanguentado
E num pouco de musgo em cada fenda.
Serve há muito de encerro a uma vivenda3;
Protegê-la e guardá-la é seu cuidado;
Talvez consigo esta missão compreenda,
Sempre em seu posto, firme e alevantado.
Horas mortas, a lua o véu desata,
E em cheio brilha; a solidão se estrela
Toda de um vago cintilar de prata;
E o velho muro, alta a parede nua,
Olha em redor, espreita a sombra, e vela,
Entre os beijos e lágrimas da lua.
(Parnasianismo, 2006.)
1 gretado: rachado.
2 roto: danificado.
3 vivenda: pequena casa de campo.
Quanto aos tipos de complementos requeridos, o verbo “deixou” (1ª estrofe) é semelhante ao verbo da oração:
Leia o texto de Fernando Gabeira para responder à questão.
Dizer “maconha” é espalhar um rastro de discórdia. Há quem afirme que ela destrói o cérebro e conduz ao crime. Há quem, como o escritor Carl Sagan, a considere maravilhosa. Há os que duvidam, os que ignoram, os que pesquisam e chegam a resultados frontalmente antagônicos.
Nos primeiros meses de 2000, cientistas da Califórnia chegaram à conclusão de que maconha dá câncer e cientistas ingleses concluíram que maconha cura câncer.
Se a Cannabis sativa fosse uma família, teria dois filhos. São irmãos de sangue, com a diferença de que num deles os exames detectam níveis mais altos de THC1 − o tetraidrocanabinol. O cânhamo, que entra na produção de 20 mil produtos importantes para a humanidade, tem um nível de THC inferior a 3%. A partir daí, entra em cena sua irmã, a maconha, que produz toneladas de bons e maus sonhos, com um teor de THC em torno de 6%. Na maioria dos países, a plantação de cânhamo e de maconha é igualmente proibida, um irmão pagando pelo outro, o cordeiro pelo lobo.
(A maconha, 2000. Adaptado.)
1THC: substância encontrada nas plantas do gênero Cannabis, que inclui o cânhamo e a maconha.
Segundo o texto,
Leia o texto de Fernando Gabeira para responder à questão.
Dizer “maconha” é espalhar um rastro de discórdia. Há quem afirme que ela destrói o cérebro e conduz ao crime. Há quem, como o escritor Carl Sagan, a considere maravilhosa. Há os que duvidam, os que ignoram, os que pesquisam e chegam a resultados frontalmente antagônicos.
Nos primeiros meses de 2000, cientistas da Califórnia chegaram à conclusão de que maconha dá câncer e cientistas ingleses concluíram que maconha cura câncer.
Se a Cannabis sativa fosse uma família, teria dois filhos. São irmãos de sangue, com a diferença de que num deles os exames detectam níveis mais altos de THC1 − o tetraidrocanabinol. O cânhamo, que entra na produção de 20 mil produtos importantes para a humanidade, tem um nível de THC inferior a 3%. A partir daí, entra em cena sua irmã, a maconha, que produz toneladas de bons e maus sonhos, com um teor de THC em torno de 6%. Na maioria dos países, a plantação de cânhamo e de maconha é igualmente proibida, um irmão pagando pelo outro, o cordeiro pelo lobo.
(A maconha, 2000. Adaptado.)
1THC: substância encontrada nas plantas do gênero Cannabis, que inclui o cânhamo e a maconha.
“Nos primeiros meses de 2000, cientistas da Califórnia chegaram à conclusão de que maconha dá câncer e cientistas ingleses concluíram que maconha cura câncer.” (2º parágrafo)
No contexto em que se encontra, o trecho selecionado
Leia o texto de Marcelo Lopes de Souza para responder à questão.
A resposta padrão à pergunta O que é desenvolvimento? gira em torno da aceitação de que desenvolvimento e desenvolvimento econômico são sinônimos. Para muitos, esta é, ainda hoje, uma associação óbvia e imediata: tão óbvia e tão imediata que qualquer desconfiança a propósito de sua validade soa como uma impertinência. Seja lá como for, o presente autor tem sido, a esse respeito, radicalmente impertinente, tendo sua recusa da associação reducionista entre desenvolvimento e desenvolvimento econômico sido insistentemente martelada em vários trabalhos publicados anteriormente. Por que, entretanto, valeria a pena correr os riscos de semelhante afronta à opinião corrente?
Principie-se pelo esclarecimento do que seja desenvolvimento econômico. Ora, esse não se refere a outra coisa que não ao aumento da capacidade de uma sociedade produzir mais bens e de uma maneira melhor (isto é, produtos melhores produzidos mais eficientemente), de modo a satisfazer necessidades humanas. Logo, ele diz respeito, na melhor das hipóteses, a meios para se atingirem maiores qualidade de vida, justiça social etc. e não a fins.
No entanto, sob a guarida de uma certa ideologia do desenvolvimento, ainda hoje hegemônica, privilegia-se, na conceituação de desenvolvimento, exatamente sua dimensão econômica, levando a que se entronize um conceito que se define antes pelos meios, mediante os quais se pode aprimorar o modelo social capitalista, do que pelos fins que, de um ponto de vista social geral, deveriam nortear e dar concretude à expressão mudança para melhor. A referida ideologia, saliente-se, encobre interesses vinculados ao verdadeiro fim, que é a perpetuação desse modelo e, nesse contexto, dos benefícios de determinados grupos ou classes.
(O desafio metropolitano, 2000.)
Em sua argumentação, o texto