Discípulos de Hipócrates, defensores do ar puro, os médicos do século XIX acreditam nas virtudes do “ar livre”, nos danos do “ar mefítico”, viciado pelas grandes densidades populacionais. Atribuem à promiscuidade das multidões urbanas, aos amontoamentos dos cortiços (palavra dominante nos anos 1880) a propagação de doenças difundidas por contato, por “contágio”: epidemias, e logo a tuberculose.
(Michelle Perrot. Os excluídos da história: operários, mulheres e prisioneiros, 2017.)
Na Europa, essa “promiscuidade” e os “amontoamentos” decorreram
“Não posso recomendar aos judeus que usem o quipá (peça do vestuário judeu) todo o tempo e em qualquer lugar na Alemanha”, disse o comissário alemão Felix Klein. Ele afirmou que sua opinião sobre o assunto mudou devido a uma crescente desinibição social e brutalização da sociedade, que fizeram com que um tipo específico de preconceito aumentasse.
(“Governo alemão alerta judeus contra o uso do quipá”. www.agenciabrasil.ebc.com.br, 27.05.2019. Adaptado.)
O excerto faz alusão