Plantas usam açúcar produzido na fotossíntese para saber a hora
Uma pesquisa revela que as plantas usam o açúcar produzido na fotossíntese para regular seu relógio biológico. Os cientistas descobriram os caminhos utilizados pelas células vegetais para ajustar os horários de atividade das plantas (crescimento, metabolismo e armazenamento) à quantidade disponível de açúcar, ou seja, de energia. Assim, quando a disponibilidade é menor, a planta reduz seu ritmo de atividade. Os resultados contribuirão em estudos, visando a aumentar a produtividade de cultivos como o da cana.
A pesquisa descobriu que as plantas possuem moléculas que atuam como vias de sinalização, no caso a via do SnRK1, que mede o nível energético da planta, e se conecta a um fator de transcrição, o bZIP63. “O fator de transcrição é um tipo de proteína que funciona como ‘interruptor molecular’, atuando diretamente no DNA, ‘ligando’ e ‘desligando’ genes”, [...] “Há evidências de que um dos genes em que o bZIP63 atua é do relógio biológico, o que faz com que a planta, conforme a energia disponível, altere os horários em que desempenha determinadas funções.”
Disponível em: < https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-biologicas/plantas-usam-acucar-produzido-na-fotossintese-para-saber-a-hora/>. Acesso em 14/09/2018 (adaptado).
Como base no texto e no conhecimento biológico sobre os assuntos tratados, assinale a única alternativa correta.
Um grupo de cientistas da Universidade de Yale, nos EUA, fez uma descoberta que pode revolucionar a forma como nos relacionamos com a comida. Acidentalmente, num estudo aplicado a ratos, encontraram uma forma de bloquear determinados "vasos linfáticos" para que não se engorde ao comer em excesso.
Anne Eichmann e Feng Zang são os responsáveis pela investigação que pretendia estudar ratos com obesidade mórbida. Com a ajuda de medicamentos, os cientistas bloquearam alguns vasos linfáticos, mas o resultado não foi o esperado. Mesmo com uma dieta rica em gordura, os animais mantiveram o peso inicial.
O estudo foi travado para perceber o processo que evitou que os ratos engordassem. Mais tarde, a investigação levou-os a dois genes que se tinham modificado no intestino dos ratos. Alguns "vasos linfáticos capilares" tinham sido destruídos, evitando o aumento de peso. "Criamos um rato que come gordura mas não engorda", concluiu Eichman.
Disponível em: <https://www.jn.pt/inovacao/interior/investigadores-descobrem-acidentalmente-forma-de-comer-sem-engordar-- 9714725.html?utm_source=Push&utm_medium=Web>. Acesso em 14/09/2018.
Assinale a única alternativa correta.
Um fotógrafo do Texas capturou o momento em que um enorme crocodilo come um membro menor de sua própria espécie
O fotógrafo Brad Streets foi atraído pela primeira vez para a cena quando viu algumas manchas de sangue flutuando nas águas do Brazos Bend State Park, em Needville, Texas.
Quando colocou os olhos sobre o crocodilo americano (Alligator mississippiensis) ele pensou que o animal estava mastigando um pássaro. Mas logo percebeu que estava mastigando algo muito mais familiar.
[...] Embora a cena possa parecer bastante chocante, o canibalismo não é tão raro no mundo dos crocodilos. De fato, um em cada 16 crocodilos será comido por um membro da sua própria espécie, muitos por membros da família que não são afetivos.
Disponível em: <https://noticiaalternativa.com.br/crocodilos-2/>. Acesso em 14/09/2018 (adaptado).
Considerando-se o texto e o canibalismo, é correto afirmar:
Leia com atenção os três textos abaixo e responda a questão a seguir.
Texto l
“A maratona é uma corrida contra o relógio, de 42,195 quilômetros e Eliud Kipchoge é o melhor intérprete que ela já viu. O campeão olímpico das Olimpíadas do Rio 2016 bateu o recorde mundial em Berlim em uma manhã de verão tardio, 20 graus às 11 da manhã, nem sombra de vento, deixando todo mundo memorizar uma marca atômica, 2h1m39s (um minuto e 18 segundos inferior ao recorde anterior, 2h2m57s, de seu compatriota Dennis Kimetto em 2014), um registro que como os recordes mundiais de Usain Bolt nos 100m e nos 200m resistirá como referência talvez durante décadas (a menos que no ano que vem, e também em Berlim, no mesmo circuito de rua plano em que foram batidos os últimos sete recordes mundiais, o mesmo Kipchoge, que já terá 34 anos, volte a batê-lo).”
Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/16/deportes/1537087475_911530.html>.
Texto ll
“O VO2 Máx é o volume de oxigênio que o corpo consegue “captar” para dentro dos pulmões por meio do sistema cardiovascular e empregar na produção de energia. Esse índice (ou coeficiente) pode ser obtido de maneira direta (pelo teste ergoespirométrico) ou indireta (fórmulas obtidas por equações). Com essa informação, é possível determinar limiares anaeróbicos, frequência cardíaca ideal e (até) estruturar períodos de treinamento. Por exemplo: quanto tempo o corredor deve ficar nos treinos de base, adaptativo, polimento, velocidade…Para melhorar o VO2 Máx de corredores mais experientes, estudos apontam os treinos intensivos, como os intervalados e fartleks.”
Disponível em: <https://www.ativo.com/corrida-de-rua/treinamento-de-corrida/vo2-maximo-uma-carta-na-manga/>.
Texto lll
Ritmo de prova de um atleta numa corrida qualquer, também conhecido como pace (inglês), é um valor que expressa o tempo necessário para que ele complete 1 km. Por exemplo um ritmo médio de um atleta de 6 min/km significa que ele precisa em média 6 minutos para vencer a distância equivalente igual a 1 km.
Os resultados nas corridas não chegam por acaso. São frutos de muitos estudos científicos, treinos, dedicação e também de fatores genéticos. Pelas informações repassadas, pode-se afirmar que o ritmo de prova apresentado por Eliud Kipchoge ao bater o recorde mundial na maratona de Berlim e as alterações celulares que permitem melhorar a captação de oxigênio ao se utilizar dos treinos intervalados e fartleks são, respectivamente,
Homem paraplégico volta a andar após estimulação elétrica nos EUA
Pesquisa ainda precisa ser expandida para que cientistas saibam quem poderá se beneficiar da terapia
Um paciente que ficou paraplégico em 2013 após um acidente conseguiu se manter em pé e dar alguns passos sem assistência graças a um tratamento de estimulação elétrica em sua medula espinhal.
É o primeiro caso de caminhada independente de uma pessoa com paralisia completa dos membros inferiores após lesão na medula, segundo artigo publicado nesta segunda (24) na revista científica Nature Medicine.
Os pesquisadores afirmam que, mesmo com um diagnóstico de total perda do controle motor, ainda é possível encontrar conexões neurais intactas no local do ferimento, e esses vínculos podem ser excitados.
O tratamento do americano Jered Chinnock, 29, começou com 22 semanas de reabilitação física. Em seguida, ele recebeu o implante de um eletrodo —responsável pela estimulação elétrica e inicialmente destinado para terapia contra dor— no canal medular, abaixo da área lesionada.
O eletrodo tem comunicação sem fio com uma central, o que permite controle fino sobre local, frequência e duração da estimulação elétrica.
O estímulo aplicado precisa ser muito específico para ter efeito. "Uma estimulação aleatória não funciona", afirmou em entrevista a jornalistas Kendall Lee, um dos pesquisadores responsáveis pela pesquisa.
Depois, o paciente passou por 43 semanas —cerca de 113 visitas durante um ano à Mayo Clinic, em Rochester, Minnesota (EUA) — de reabilitação multimodal junto à estimulação elétrica, que permitiu que os neurônios recebessem a sinalização da intenção de movimento.
“Isso nos mostra que essa rede de neurônios ainda pode funcionar depois da paralisia”, disse Lee, um dos pesquisadores responsáveis pela pesquisa.
Em uma esteira, o paciente conseguiu pisar e desenvolver uma caminhada somente com apoio dos próprios braços, sem assistência de treinadores ou aparelhos de sustentação de peso. Ao se movimentar no chão, foi necessário o auxílio de um andador com rodas e a ajuda de um assistente para facilitar o controle das passadas e do peso corporal.
O paciente conseguiu dar 331 passos, andar 102 metros e caminhar por 16 minutos com alguma assistência.
Christina de Brito, fisiatra do Hospital Sírio-Libanês que não teve participação na pesquisa, afirma que a estimulação elétrica em casos de lesões completas é utilizada para ativar a musculatura —evitando encurtamento de fibras e fazendo movimentos que eram habituais— e para aprimorar os músculos para possíveis recursos terapêuticos futuros. O que precisa evoluir na prática clínica, segundo ela, é a funcionalidade do estímulo, como a apresentada no estudo.
“Agora começa o verdadeiro desafio, que é entender como a caminhada aconteceu, por que e quais pacientes conseguirão se beneficiar”, afirmou Kristin Zhao, cientista também responsável pelo projeto.
Segundo os pesquisadores, ainda são necessários estudos mais amplos e com mais pacientes para determinar a validade e a eficácia do uso associado de terapia multimodal e estimulação elétrica.
Apesar da ressalva de que é preciso cuidado para não generalizar um relato de caso como possibilidade de tratamento para todos, Brito diz que se trata de uma boa notícia. "Abre-se uma perspectiva, uma possibilidade."
A pesquisadora do Sírio-Libanês também aponta para possibilidades terapêuticas futuras relacionadas a exoesqueletos, que, mesmo com as evoluções tecnológicas recentes, ainda são pesados e não tão funcionais. "Eles não funcionam com você vestindo e saindo andando, como imaginamos para o futuro."
Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2018/09/homem-paraplegico-volta-a-andar-em-esteira-apos estimulacaoeletrica- nos-eua.shtml>. Acesso em: 24/9/18.
Os resultados da pesquisa realizada com Jered Chinnock apontam para